Ironicamente, quando Bento XVI fez a sua primeira visita ao Brasil (em Maio de 2007), os média brasileiros aproveitaram a ocasião para entrevistar Leonardo Boff, dando um novo alento à difusão das ideias (cristã) reformistas que o Vaticano considera ameaçadoras.
Apesar do Brasil estar dilacerado por gravíssimos problemas ecológicos e sócio-económicos, à sua chegada Bento XVI declarou que o que mais o preocupa nesse país é a perda de asseclas (católicos) que se têm bandeado aos milhares para as igrejas evangélicas de tradição estadunidense. Nas declarações seguintes, o Papa, pretendendo convencer os brasileiros com um truque barato de prestidigitação Exegética, asseverou que a evangelização católica por aquelas latitudes tropicais não se fez à custa da destruição das culturas indígenas. Pois, mas já ninguém pode ignorar que os jesuítas, na sua caça às almas, pretendendo uma despótica uniformização cultural (por mais que uns poucos até tivessem tentado uma abordagem paternalista com os ameríndios), não recorreram apenas ao verbo bíblico, tendo as armas e as doenças (com destaque para a varíola) servido de poderosos instrumentos evangelizantes.
Confirmando o fracasso desta representação diplomática do Vaticano, o Papa foi pedir “lulas” ao Presidente da República Barsileira, apresentando-lhe uma proposta para uma concordata destinada a minar a laicização do Estado. Concretamente, os pedidos requisitados por Bento XVI (pelo menos o que transpirou para os média) foram: voltar a obrigatoriedade do ensino do catolicismo nas escolas públicas; isenções fiscais para a Igreja Católica; e alterações na legislação que deveria negar o direito ao aborto e o acesso livre aos contraceptivos. O «não!» de Lula teve todo o impacto de um colossal pirete feito pelo próprio Cristo Rei do Rio de Janeiro. embrulha lá, ó nazi FDP!
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