É elucidativo que a palavra pânico (ou seja, o medo mais agudo, aquele que escapa ao nosso controlo emocional) tenha a sua raiz etimológica no deus Pan, que, para os gregos, representava as forças silvestres, o sexo, a paixão e outras manifestações do hedonismo libertário e telúrico (tendo, pois, grande afinidade com o deus Dionísio). Pan assumia a forma física de um sátiro e tocava uma flauta, como se esse instrumento fosse as cordas vocais dos elementos vegetais; a voz de Gaia (ou, para ser mais fiel à lenda, essa flauta foi elaborada com uma cana que resultou da transformação em planta da ninfa Syrinx, após ela ter consumado uma relação sexual com Pan).
As pessoas ficavam horrorizadas com a aparência e com o apelo misterioso da música de Pan.
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