segunda-feira, novembro 27, 2006

A harpia ferra os dentes num calcanhar de Aquiles...

Nunca Alpiarça teve um executivo camarário com uma “moral” tão rasteira e que se empenha tanto em destruir as vidas dos que ousam criticá-los. O tempo e a energia que gastam nessas tácticas execráveis (julgando esses merdolas que assim garantem o poder absoluto) se fosse investido em projectos de verdadeiro desenvolvimento sustentável (bem sabem eles o que isso é!), então Alpiarça seria mesmo um lugar agradável para se viver e um exemplo (pela positiva, para variar) em que todo o país poderia almejar.
Vou dar-vos um exemplo da injustiça vingativa que resulta do abuso de poder de quem (a vereadora) não tema menor ética nem cultura democrática.
Qualquer pessoa que me conhece minimamente sabe que eu com frequência utilizo o espaço Internet cá do burgo. Um dia qualquer, no início do Verão, quando o referido espaço tinha como monitor o Nuno Gaspar, cheguei lá com urgência de enviar um e-mail (o meu servidor em casa estava indisponível). Mas todos os computadores estavam ocupados e faltava muito para alguém deixar um livre. (Curiosamente, estava lá também a irmã da vereadora que, nesse preciso momento, consultava este blog…Que divertido!) Como um favor habitual que o Nuno Gaspar fazia a quase toda a gente, por um instante cedeu-me o “seu” computador. Por um azar do caraças, nesse momento surgiu o marido da vereadora (o tal que começou este sarrabulho todo entre mim e ela, ao lhe ir fazer a queixinha intriguista de que me tinha visto na companhia da Manuela Cunha dos Verdes, algo que a vereadora teve a ousadia de proibir até à coordenadora do RIPIDURABLE…). Ele lançou-me um olhar que dizia algo do género: «comia-te o fígado se te apanhasse num beco escuro!...» Eu respondi com um sorriso sereno que dizia «até podes tentar, mas olha que te lixas – de várias maneiras…» , e continuei com os meus afazeres.
Reparei que o seu olhar furibundo saltou de mim para o Nuno Gaspar. Soube logo que isso se iria traduzir em chatices para ele. Assim foi. Nas semanas seguintes apareceram por lá garotos protegidos da vereadora, ou ligados a ela por amigos comuns, que interrogavam incessantemente o Nuno sobre as suas ligações a mim e ao meu blog…Ainda por cima, o Nuno é meu vizinho e já somos amigos há muito tempo.
Mesmo antes desse incidente, eu tinha o cuidado de colocar textos em dias (ex.: domingo) e/ou a horas em que o centro Internet estava fechado. Tampouco consultava o meu blog quando lá ia. E até andei “desaparecido” durante uns tempos”, a fim de não lhe causar problemas. Ironicamente, tenho quase a certeza que o Nuno nunca teve pachorra sequer para ler este blog ou outros que tenham que ver com politiquices. Simplesmente não tem interesse nessas brigas.
Não obstante, sabia que a vereadora se iria vingar num inocente que estava numa posição frágil. Por todo o mundo, em qualquer regime despótico da história, o calcanhar de Aquiles dos presos políticos eram e são os seus entes queridos mais próximos. Percebem o paralelismo?...
Em breve o Nuno Gaspar foi chamado ao gabinete da vereadora que o cumulou com insinuações (que, aparentemente, poderiam aludir à sua ligação amistosa comigo) e com exigências de consultar a lista dos utilizadores do espaço Net. Logo a seguir, o Nuno, apesar de ser um funcionário excelente (é extremamente competente a lidar com computadores e simultaneamente um exemplo de simpatia, prestabilidade, dedicação e com valores morais sólidos, além de ter mão nos putos desordeiros sem ofender ninguém), como estava há vários a nos a recibos verdes, foi posto na rua.
A vereadora sabia perfeitamente que o Nuno, devido a ter ficado órfão de pai precocemente, teve que assumir responsabilidades adultas bem difíceis e, em todos os anos que trabalhou para a autarquia, nunca causo o menor problema e até fartou-se de poupar dinheiro à autarquia ao reparar à borla e com frequência os computadores do espaço net, oferecendo até material seu . Mas aquela tipa é completamente paranóica e, como tal deve ter ficado convencida de que o espaço net deveria ser um foco de agitadores-mirins, onde eu recolhia informações e conduzia o meu blog… Na verdade, quando lá estava o Nuno, aquilo parecia uma constante tertúlia sobre futebol e carros, e por isso não me apelava passar lá muito tempo, por mais simpático que me pareça o Nuno.
De realçar que escrevo esta denuncia á revelia do Nuno Gaspar. Creio que ele não ficará contente por isso, mas é algo que é preciso dizer-se e, ademais, ele já foi lixado.
Que FDPs!!! Isso, continuem a dar-lhes demasiado poder…
PB

quinta-feira, novembro 23, 2006

terça-feira, novembro 14, 2006

Por estes dias chegou-me às mãos o suplemento do semanário «O Ribatejo» (edição n.º 1097, de 10 de Novembro de 2006) dedicado a Alpiarça sob o pretexto das comemorações do centenário da Casa dos Patudos. Trata-se um trabalho de “jornalismo” tão fraquinho que só pode ser considerado publirreportagem, mas tem alguma importância para a promoção cá do burgo. Não obstante, cingindo-me aos assuntos que mais me dizem respeito na referida publicação, há alguns elementos que merecem uns reparos. Para já, a Sr.ª vereadora cometeu o erro de que eu estava à espera: entregou ao pasquim em causa uma foto (em boa hora divulgada neste blog no mês de Setembro) que pertence à colecção de (13) diapositivos que ela me roubou e que, supostamente, deveriam ser editados apenas numa colecção de postais. Pois bem, eu detenho os direitos (registados) dessas imagens (que não é a primeira vez que a vereadora utiliza de forma abusiva e desonesta). Apesar da tipa ter um canudo que o contraria, parece-me que ela percebe tanto de leis como o meu cão… Qualquer um sabe que não se pode utilizar – muito menos no circuito público – imagens de terceiros sem a autorização expressa nesse sentido. Com tantos esquemas dolosos que a fulaninha tem utilizado para me furtar as referidas imagens, até se esqueceu de me pedir que assinasse uma autorização que lhe permita utilizá-las na tal colecção de postais que a câmara municipal me encomendou… arma-se em espertalhona, mas é tão burrinha! Provavelmente nem teria competência para gerir uma casa de massagens…
Neste país onde impera uma mentalidade terceiro-mundista, a profissão de político deve ser a única que permite a quaisquer merdolas incompetentes gerir uma quantidade obscena de fundos públicos (que o Estado nos exturque a todos sem assegurar minimamente a qualidade dos serviços essenciais – a educação, a saúde e a gestão sustentável dos recursos naturais) sem necessitarem nem se esforçarem por dominar as matérias das pastas a que se aferram. Ouvi dizer que chama a isto “democracia”…
Já que a referida vereadora adora o protagonismo fácil associado a tachos onerosos, e sendo do domínio público que há poucas coisas de que os políticos gostam mais do que aparecer na “comunicação social” ao lado de jovenzinhos apolíticos, então sugiro que a garotada de Alpiarça organize aqui o primeiro concursos nacional de escarretas e que a convide para ser o alvo… de todas as atenções mediáticas.
Talvez 13 diapositivos vos pareçam coisa pouca, mas se eu os vendesse prescindindo completamente dos direitos de autor (ou seja, podendo o comprador utilizá-los quantas vezes e para que fins lhe desse na gana, sem necessitar de referir o autor), os preços estabelecidos pela generalidade dos fotógrafos nacionais para estes casos, dava perfeitamente para comprar um carro novo… (E olhem que eu até dei – de forma totalmente gratuita – à autarquia mais de uma dezena de diapositivos, para além daquelas que foram escolhidas para a colecção de postais! Não conheço mais nenhum fotógrafo profissional que cometesse tão tresloucado acto de generosidade e de boa fé) Demorei 7 meses (sempre disponível e no terreno, o que significou fazer muitas noitadas para fotografar animais extremamente esquivos) a terminar o trabalho. (Ainda por cima, ao contrário do que aconteceu nos últimos anos, esse período correspondeu a um péssimo ano para tirar fotos no exterior, estando quase sempre a atmosfera baça) Tive imensas despesas (para além do meu equipamento muito caro, tive que alugar material que me custou os olhos da cara, e, por exemplo, para conseguir apenas uma foto em que tive que atirar com o carro para uma valeta profunda, afim de ter a perspectiva correcta de cima do capo, custou-me 250 euros de arranjo na oficina…). No Final, pagaram-me 1500 euros (que nos saiu dos impostos a todos). Do ponto de vista pecuniário, este biscate foi um desastre e apenas o aceitei por deferência a um amigo que, quando estava associado ao executivo camarário, me fez esse convite. E como contabilizar as inúmras chatices e a perda de tempo que tenho tido com esta merda toda?!
Após várias reuniões com a vereadora ficou estabelecido que a autarquia só poderia utilizar essas imagens numa colecção de postais e com a referência ao autor. Ele sempre concordou com estas condições (repetidas até à exaustão na altura própria), até ao dia em que me disse que o Sr. Presidente tinha achado o eu trabalho muito caro e que, como não havia nenhum documento escrito (apesar da minha insistência, ele sempre se esquivou à assinatura de um contrato de trabalho nesse sentido) sobre nosso acordo verbal, ela, armada em espertalhona, declarou que as fotos passavam a pertencer integralmente à autarquia! Estupefacto, retorqui-lhe o óbvio: que, apesar da minha ingénua boa-vontade, tivera o cuidado de registar as fotos em meu nome nas devidas instituições e que, portanto, ela não as poderia utilizar sem a minha autorização (algo que ela se apresou a fazer num outdoors cujo trabalho horroroso da gráfica desvirtuou completamente a qualidade das imagens originais e que, ainda por cima, custaram mais ao erário público do que a edição da colecção de postais). A harpia contorceu-se toda, passando o seu sorriso sacana a um esgar de fúria. Como o seu esquema imbecil se viu num beco sem saída, argumentou que tinha um recibo verde assinado por mim e que isso seria suficiente para "provar" que as fotos eram dela... Pois se o tal recibo nem sequer especifica que eu fiz um trabalho de fotografia para a autarquia...
A partir daí deixou de falar comigo (tirando além aquela vez, anterior à inauguração deste blog, em que me encontrou no parque de estacionamento da câmara me ter atacado de forma gratuita e disparatada, com uma peixeirada ofensiva…) e finge que não tem os slides em sua posse. Não sei o que ganha com isso, mas provavelmente um dia destes alguém (que não eu; provavelmente outra criança que o ouviu dos pais) cometerá a indelicadeza órfã de ética de dizer às suas filhas que a mãe é uma ladra…


Voltando ao referido suplemento sobre a nossa terra,
Todo o capítulo intitulado «Turismo ambiental em Alpiarça» merece um sorrio amarelo, pois as informações nele contidas (fornecida pela Drª Vanda aos “jornalistas” que se limitaram a papagueá-las )não dão um único exemplo de verdadeiro turismo ambiental! De forma sub-repticiamente reveladora, omite qualquer referência à nossa maior jóia ambiental : o Paul dos Patudos. E isto quando a tipa vai para outros lados laurear a pevide para se vangloriar de se “cabeça de fila” (sic) do projecto RIPIDURABLE! (Já agora, para além de terem gasto uma porrada de dinheiro em viagens de auto-recreamento ditas “formativas”; de adquirirem equipamento fotográfico topo de gama; editarem um par de folhetos com banalidades acerca das zonas húmidas – mas sem darem o mínimo destAque ao nosso paul…, como é que justificam a gestão de fundos europeus para o RIPIDURABLE ?! porque é que o projecto tem estado parado? Como é que a U E deixa a autarquia de Alpiarça trair grosseiramente os objectivos do referido projecto, nomeadamente com a tentativa de implementação no mesmo local de um incompatível projecto de turismo elitista?
É claro que esta “amnésia” mui conveniente se deve ao facto de os seus planos (ex.: campo de golfe, condomínio de luxo, lagoa para motas d’água, …) para o paul serem essencialmente o seu golpe de “misericórdia”, e, muito por minha causa, neste momento são demasiado polémicos para que o executivo camarário tenha coragem de os discutir pelas vias democráticas.
Têm o descaramento de fazer referência à Reserva Natural do Cavalo do Sorraia (um estatuto auto atribuído e pernosticamente ridículo para o espaço em questão, mas isso é outra estória de somenos importância), quando recentemente afastaram quem criou e dinamizou esse projecto… além de que o executivo camarário tem igualmente boicotado todas as iniciativas (ex.: museu arqueológico, colóquios e congressos, etc…) no sentido de que sejam reabilitadas as estações arqueológicas de importância mundial, apenas porque os alpiarcenses mais competentes e dinâmicos nesta matéria não pertencem ao seu séquito.
Realmente, a hipocrisia e a consequente demagogia barata deste executivo camarário só tem paralelo com a sua arrogância antidemocrática e com a sua incompetência!! Como é que podem gabar as “excelências” da sua intervenção na Vala de Alpiarça (citando o novo slogan do presidente: «regresso ao rio», leia-se «regresso ao esgoto»…), quando o Dr. Roda do Céu é, nos últimos anos, o principal responsável por a vala estar reduzida a uma lamentável cloaca?! A intervenção que fizeram nas margens foi uma péssima operação de cosmética, em que desperdiçaram uma pipa de massa sem sequer seguirem as recomendações do estudo de impacto ambiental que tinham encomendado. A quem é que lhe apetece ir passear para um lugar imundo, fedorento e quase sem sombras?
Como é que conseguem ter a cara-de-pau de continuar a asseverar que vão recuperar a aldeia palafítica do Patacão (ao estilo balneários de praia nórdica ?!) e a sua respectiva praia fluvial?! Recorde-se que autorizaram a extracção industrial de areias no mesmo sítio (com um enorme impacto paisagístico e o corte – ilegal – de um caminho público que seguia ao longo do Tejo), além de que o Ministério do Ambiente lhes chumbou a praia fluvial devido à elevada poluição das águas… e desde quando é que o “nosso presidente” se coíbe por pormenorezinhos como a defesa da saúde pública?... Estes tipos nem sequer são competentes em atirar-nos areia para os lhos, enquanto fazem as suas negociatas.
O que mais me fode é que o Estado, através dos impostos que nos exturque, me force a pagar os ordenados de gentalha que se dedica a destruir as coisas que entronizam o meu afecto! Sempre que olho para o edifício da Câmara Municipal, perscruto a fachada à procura de um botão que faça accionar um autoclismo gigantesco capaz de mandar a escumalha ir “passear” para a bela vala…
Para os tipos da «Alpiarça é a razão» que estão obcecados com sinecuras políticas e esperam que o Rosa do Céu vos carregue ao colo, só vos digo que abram os olhos! Os contactos político-partidários-corporativos e o pecúlio que
esse tipo está a juntar são apenas para se safar sozinho longe daqui…