sexta-feira, junho 27, 2008


«I bow my head in reverence to our ancestors for their sense of the beautiful in nature and for their foresight in investing beautiful manifestations of Nature with a religious significance.»
- Mahatma Gandhi (1869-1948)
«Não acreditem em nada só porque lhes foi dito. Não acreditem na tradiçãoapenas porque foi passada de geração em geração. Não acreditem em nada sóporque está escrito nos seus livros sagrados. Não acreditem em nada apenas porrespeito à autoridade de seus mestres. Mas qualquer coisa que, depois do devidoexame e análise, vocês achem que leva ao bem, ao benefício e ao bem-estar detodos os seres - nesta doutrina creiam e aferrem-se a ela e a tomem como guia.» - Siddhartha Gautama, o Buda

quarta-feira, junho 25, 2008


PB

Há muito tempo que não existem verdadeiros caçadores na Europa; apenas espingardeiros e matadores. Qualquer cretino consegue puxar um gatilho e espalhar uma nuvem de chumbo letal que, eventualmente, acabará por colidir com um animal indefeso – que muitas vezes é criado como qualquer animal doméstico! (Chamam a isto divertimento e desporto!...) Mas tirar uma boa foto de animais selvagens (sobretudo em Portugal, onde a bicharada vive permanentemente aterrorizada do homem) sem os perturbar, isso sim exige qualidades inestimáveis e contribui para o nosso crescimento pessoal e até para o desenvolvimento de uma espiritualidade telúrica de respeito pela teia da vida.

EU TB TENHO DIREITO À PARVOICE DAS CITAÇÕES BÍBLICAS? ENTÃO CÁ VAI UMA ATRIBUÍDA AO PRÓPRIO J. CRISTO:
«Quanto àqueles meus inimigos que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os diante de mim.» ( Lucas 19:27)
Mais um exemplo dessa intolerância sanguinolenta bem explícita na bíblia; esta é suposto ter sido dita por Jeová, o tal “deus único” :
«aniquilai todos os povos que o Senhor vosso Deus coloque no vosso caminho; vossos olhos não devem mostrar piedade para com eles(...)». (Deuteronómio 7:16)

terça-feira, junho 24, 2008


Discordo da maioria dos pedagogos que consideram ser Educação Ambiental (EA) parte integrante da Educação Cívica e ponto final. A EA não se pode confinar a mandamentos (do género «não deitem o lixo para o chão», «abstenham-se de fumar junto de não fumadores» e «dêem prioridade aos peões nas passadeiras») que, acima de tudo, são noções básicas de higiene e civilidade. A EA é inalienável da EC, partilhando dos seus desideratos, mas transcende os seus limites, necessitando ir muito mais fundo e longe [do que isso], abrangendo todos os aspectos de convivência e tendo um papel preponderante na formação holística dos indivíduos – que inclui as orientações filosóficas, políticas e espirituais, baseadas no amor e no respeito pelo planeta como um organismo vivo que nos sustenta.
O principal problema que afecta a humanidade é de ordem espiritual; todos os outros, por maior que sejam, derivam deste. Teremos que reaprender a considerar sagradas todas as formas de vida.

segunda-feira, junho 23, 2008


Quando falamos na necessidade de nos sentirmos ligados a algo (um poder transcendente) maior do que nós (o que muitas chamam “divino”, e eu natureza), os antigos gregos e os romanos davam-lhe um nome: para os primeiros, era Aretê; quanto aos segundos, era virtus (daí as virtudes…)

quinta-feira, junho 19, 2008

Got Dirt? Beyond Nature-Deficit Disorder

“In South Carolina, a truckload of dirt is the same price as a video game!" reports Norman McGee, a father in that state who bought a small pickup-load of dirt for his daughter and friends.

McGee is turning consciousness into action. So is Liz Baird, who keeps a "wonder bowl" available for her children.

When Baird was a little girl she would fill her pockets with natural wonders--acorns, rocks, mushrooms. "My Mom got tired of washing clothes and finding these treasures in the bottom of the washer or disintegrated through the dryer," Liz recalls. "So she came up with 'Liz's Wonder Bowl,' and the idea was that I could empty my pockets into the bowl. I could still enjoy my treasures, and try to find out what things were, and not cause trouble with the laundry."

McGee and Baird are among the thousands of parents who have joined - and are leading - an international children and nature movement. Sometimes known as Leave No Child Inside, the effort is bringing together people from all walks of life, who are creating grassroots regional campaigns, state and national legislation, and changes in their own families to help children become happier, healthier and smarter.

An emerging body of scientific knowledge links nature time to longer attention spans, better cognitive functioning, reduction of stress, and strengthened family bonds. What better way to enhance parent-child attachment than to walk in the woods together, disengaging from distracting electronics, advertising, and peer pressure?

Howard Frumkin, director of the National Center for Environmental Health at Centers for Disease Control, recently describes the clear benefits of nature experiences to healthy child development, and to adult well-being.

"In the same way that protecting water and protecting air are strategies for promoting public health, protecting natural landscapes can be seen as a powerful form of preventive medicine," he says. He believes that future research about the positive health effects of nature should be conducted in collaboration with architects, urban planners, park designers, and landscape architects. "Of course, there is still much we need to learn, such as what kinds of nature contact are most beneficial to health, how much contact is needed and how to measure that, and what groups of people benefit most. But we know enough to act."

If you're a parent who missed out on nature as a child, now's your chance. Indeed, all the gifts of nature that come to children also come to the good adult who introduces a child to nature.

Young people are acting, too, by becoming natural leaders in the movement. For example, a seven-year-old girl in Virginia rounded up her friends and enrolled them in her own Girls Gone Wild in Nature Club. Together they organize backyard camp-outs and bug hunts.

In Mississippi, teenager Josh Morrison founded Geeks in the Woods for his friends and fellow geeks everywhere. He defines "geek" as a "gaming environmentally educated kid," and says he and his friends -- "tired of being labeled" tech addicts -- can have their PlayStations and their outdoor time too: "We could be the generation that makes a U-turn back to...a balance between virtual reality and what sustains all life...nature."

Five Actions You Can Take Today

1. Go for a family walk when the moon is full. There's a whole new set of animals, sights and sounds out there. Listen to animals calling. Owls and bats are looking for prey. Watch for things glowing, like worms and fungus on trees. And look up at the stars.

2. Help your child discover a hidden universe. Find a scrap board and place it on bare dirt. Come back in a day or two, lift the board, and see how many species have found shelter there. Identify them with the help of a field guide. Return to this universe once a month, lift the board and discover who's new.

3. Tell your children stories about your special childhood places in nature. Then help them find their own: leaves beneath a backyard willow, the bend of a creek, the meadow in the woods. Let it become their intimate connection with the natural world.

4. Revive old traditions. Collect lightning bugs at dusk, release them at dawn. Make a leaf collection. Keep a terrarium or aquarium. Go crawdadding--tie a piece of liver or bacon to a string, drop it into a creek or pond, wait until a crawdad tugs.

5. Invent your own nature game. One mother's suggestion: "We help our kids pay attention during longer hikes by playing 'find ten critters'--mammals, birds, insects, reptiles, snails, and other creatures. Finding a critter can also mean discovering footprints, mole holes, and other signs that an animal has passed by or lives there."

Adapted from «LAST CHILD IN THE WOODS» by Richard Louv, © 2008. Reprinted by permission of Algonquin Books of Chapel Hill.

In our families and our communities, it's time to take action. That's why the new, expanded 2008 edition of "Last Child in the Woods" contains a "Field Guide" with 100 Actions that families and communities can take, along with discussion questions, a report on the movement, and other resources for parents, educators, conservationists, business people and community leaders.

For more information on the Second Edition of "Last Child in the Woods: Saving Our Children from Nature-Deficit Disorder," go to www.lastchildinthewoods.com. To help build the movement, please join the Children & Nature Network at www.childrenandnature.org

Richard Louv, recipient of the 2008 Audubon Medal, is the author of seven books. The chairman of the Children & Nature Network (www.cnaturenet.org), he is also honorary co-chair of the National Forum on Children and Nature.


quarta-feira, junho 18, 2008

Quando o Rosa do Céu nos chulou um BMW, murmurou para os seus botões: «até que enfim tenho à disposição um carro digno de um presidente como eu!»


Entre os vários imperadores romanos que perseguiram os cristão, nenhum o fez com maior vilania e violência do que Nero. Para ele os cristãos foram um óptimo bode expiatório pelo incêndio de Roma. De início o seu plano funcionou. O forte descontentamento popular devido aos disparates governativos de Nero foi desviado contra os demonizados cristãos. Mas não tardou a que a maioria dos romanos (pagãos) se indignasse com a crueldade sádica do seu imperador, considerando que tinham sido ultrapassados todos os limites do aceitável – mesmo considerando que se tratava de uma sociedade habituada a ver e a desfrutar entusiasticamente da violência extrema como um espectáculo de entretenimento das massas e de afirmação do poder imperial. (Nero chegou a mandar untar com petróleo os cristão para os queimar vivos! Essas macabras tochas humanas foram utilizadas para iluminar a arena do circo de Roma – enquanto feras devoravam outros seguidores de Cristo -, a colina do Vaticano e até uma festa privada do Imperador…)
Como derradeiro teste de fé, os soldados tinham ordens para darem aos prisioneiros cristãos a opção de abjurarem publicamente a sua religião em troca das suas vidas. Anulando os instintos de sobrevivência, os cristãos mantiveram-se fiéis às suas convicções. Então, os romanos começaram a admirar, com emotivo respeito, a bravura estóica, a fidelidade às suas ideologias e a solidariedade entre os irmãos de fé frente ao martírio. De forma imprevisível, as autoridades repressivas do Estado aperceberam-se que o exemplo dos cristãos estava a levar à conversão de muitos romanos desejosos de comungar com Cristo, com a sua mensagem e com a impavidez beatífica dos seus seguidores.

A credibilidade de Nero como estadista dificilmente poderia ser pior: não passava de um garoto depravado e sádico que desprezava o exército e o Senado; o seu hedonismo insaciável levava-o a entregar-se a actividades indignas para alguém da sua posição social, quebrando as mais basilares regras do protocolo imperial (ex.: tornava público a sua vida sexual desregrada e perseguiu uma carreira como actor e como condutor de quadrigas de competição).
Nem os seus familiares estavam a salvo do seu sadismo homicida: assassinou um meio irmão, a mãe (Agripina), e duas esposas (uma das quais, chamada Popaia, foi por ele pontapeada na barriga quando estava grávida, com resultados fatais)…

A reconstrução de Roma arrastou-se por mais tempo do que o povo estava disposto a tolerar. Para agravar a situação, Nero desperdiçou o erário público na edificação de um palácio cujas dimensões e luxo não tinham par na história do império romano, enquanto que a fome insinuava-se no quotidiano dos seus patrícios até há pouco habituados a uma prosperidade cheia de possibilidades de diversão.
Consta que, ao ver o seu palácio pronto, Nero terá declarado: «finalmente posso viver numa casa digna de um ser humano» …
Mas esse esplendor obscenamente luxuoso e as respectivas comodidades sofisticadas nunca chegaram a ser plenamente usufruídas… Nero suscitava tamanho ódio que, logo após ter sido oficializada a sua morte, os romanos, desejosos de apagar da memória o tirano facínora, destruíram e saquearam o magnífico palácio.
Os abusos de Nero levaram o Senado romano a decretar que o ensandecido Imperador era um inimigo público e, como tal, deveria ser detido pela força; arrastado pelas ruas de Roma completamente nu; chicoteado e, finalmente, arrojado da rocha Tarpeia.
Ao perceber que não tinha escapatória, Nero decidiu frustrar os seus algozes, escolhendo a forma como morreria. Assim, suicidou-se esfaqueando-se no pescoço – muitos investigadores estão convencidos de que é a esse ferimento na “cabeça” (sic) que João de Patmos alude quando descreve a sua “besta” apocalíptica.
Sem uma base factual sólida que o corrobore, para a posteridade ficou registado que as últimas palavras de Nero foram: «que grande artista morre comigo!...»


PB

sábado, junho 14, 2008

Em 2007 a ONU anunciou que, pela primeira vez na história da humanidade, as pessoas urbanizadas no mundo tornaram-se maioritárias. Um bilião delas vive em condições indignas e insalubres sem conseguirem escapar à extrema pobreza.
Por ex., na África subsariana as crianças que vivem em cidades de barracas estão muito mais vulneráveis a contraírem doenças fatais devido à ingestão de água contaminada, bem como doenças respiratórias, do que as que vivem no campo.
O êxodo rural já alcança anualmente os 27 milhões de pessoas (fenómeno que se verifica com maior expressão na China).
A ONU prevê que no ano de 2050 a população mundial seja composta por 9 a 12 biliões de pessoas, a maior parte das quais concentrada em grandes centros urbanos rodeados por uma crescente devastação ambiental. Assim domesticados (do latim domus, que significa casa) e arregimentados em malsãs dependências, cujas bases económicas pouco ou nada têm a ver com as leis naturais (economia de casino e de exploração insustentável). As consequências desta situação só poderão ser desastrosas a uma escala sem precedentes…

*PB

sexta-feira, junho 13, 2008



A China acabou de se tornar no 1º país do mundo a proibir os sacos de plástico. Muito bem!

sábado, junho 07, 2008



A pretexto de mais uma oportunidade de expor o seu port-folio, não posso deixar de expressar aqui o meu apreço pelo Ricardo Hipólito.
(Deve ser mais um motivo de frustração para os que querem – de forma patológica – o poder absoluto e Alpiarça, que nenhum dos fotógrafos minimamente interessantes que por cá se encontram, alinhe com eles. Aliás, nem fotógrafos nem ninguém realmente talentosa e idealista...)
Os textos do Ricardo Hipólito são, há muito tempo, os únicos que eu leio no pasquim papa-hóstias cá deste triste burgo.
Parece-me que já pouco ou nada tem a provar sobre as suas competências e amor desmedido por Alpiarça e pelo seu povo que ainda guarda uma réstia da honestidade, a camaradagem e a dignidade que as lutas político-partidárias têm negado. Muito nos tem dado este homem! Daria um bom presidente desta autarquia, mas, feliz ou infelizmente, não parece interessado em, por ora, seguir por essa estrada tortuosa sobretudo porque tem a inteligência e o bom senso de não bailar sob a batuta dos partidos políticos, nem cobiçar sinecuras e negociatas.

quinta-feira, junho 05, 2008





Um Portugal que os políticos querem ocultar… o desordenamento do território nacional tem enchido criminosamente os bolsos aos industriais que têm os políticos a comer-lhes nas mãos… É assim que se hipoteca o futuro! A “democracia” passa a ser o direito à escravidão assalariada para podermos todos andar de automóvel, enquanto a televisão nos desvia a atenção para o facto de andarmos a envenenar os próprios filhos…