terça-feira, dezembro 29, 2009

“Os crentes não acreditam nas religiões e nos deuses dos outros. Os ateus também não.”

“Se Cristo realmente disse “Eu não vim trazer a paz mas a espada”, esta é a única profecia do Novo Testamento que se cumpriu.”
Robert Green Ingersoll

“Por que somos tão presunçosos a ponto de achar que um ser infinito precisa do nosso louvor?”
Robert Green Ingersoll

“Não é lícito ao Estado nem aos indivíduos ignorar as obrigações religiosas ou tratar como iguais as demais religiões.”
Papa Leão XIII

“Acho muito bonito que os pobres aceitem sua sorte, que a compartilhem com a paixão de Cristo.”
Madre Teresa de Calcutá

“Eu não acredito que qualquer tipo de religião deva jamais ser introduzida no sistema público de ensino dos Estados Unidos.”
Thomas Edison

“Eu não acho que fomos feitos pra coisa alguma, nós somos apenas produtos da evolução. Você pode até dizer ‘Nossa, sua vida deve ser horrível já que não acredita que há um propósito’, mas eu não ligo.”
James Watson

“O escopo da ciência é limitado? Sim, sem dúvida: limitado a tratar daquilo que existe, não daquilo que gostaríamos que existisse.”
André Díspore Cancian

“O Evolucionismo é uma mistura de fatos e teorias. O Criacionismo não é nenhum deles.”
Autor Desconhecido

“Fundamentalismo é nunca ter que admitir os próprios erros.”
Autor Desconhecido

“Suponhamos que a evolução das espécies não ocorreu. Por que teríamos automaticamente que aceitar a versão do Gênesis para a criação? Cada povo tem seu próprio mito da criação. Não é a Bíblia contra o evolucionismo, é a Bíblia contra os egípcios, maias, nórdicos, gregos, celtas…”
Judith Hayes

“Uma visita ao hospício mostra que a fé não prova nada.”
Friedrich Nietzsche

“Se Deus existisse, a fé se tornaria desnecessária e todas as religiões entrariam em colapso.”
Ron Barrier

“É melhor ser escravo no Brasil e salvar sua alma que viver livre na África e perdê-la.”
Padre Antônio Vieira

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Em 1560 uma forte epidemia de varíola matou a maioria dos índios que se encontravam nas missões, contribuindo para o desespero desse grupo étnico que contemplava a sua própria extinção. Sendo naturalmente supersticiosos, sem os conhecimentos científicos que nos séc.s XIX e XX se desenvolveram na Europa, tendemos a interpretar as doenças (em especial as que são novidade) como uma intervenção nefasta de entidades e forças sobrenaturais (ex.: demónios), associados a complexos de culpa. Quando essas patologias fatais/letais chegam com os nossos inimigos [humanos], é inevitável pensarmos em guerra biológica (mesmo desconhecendo esse termo moderno). Os padres das missões tampouco conseguiam vencer a varíola, dando prioridade aos baptismos in extremis. Tal prática passou a ser encarada pelos índios como um “golpe de misericórdia”, parte de uma sinistra cabala conduzida pelos europeus para acabar com eles. ( Ronaldo Vainfas, 2006)

Quando se torna dominante uma nova ameaça que pretende extinguir um estilo de vida tradicional e todo o seu sentido, o conseqüente sentimento de impotência extrema perante um inimigo aparentemente invencível pelos meios convencionais de resistência, geralmente procura-se o consolo e escapatória (alienação?) espiritual na religião. Neste situação crítica, os cultos emergentes tendem a nutrir-se da ufania nostálgica por um passado cheio de glórias cujo reflexo no presente vai ficando cada vez mais embaçado, tornando-se até alvo de desrespeito pelo jovens apenas familiarizados com uma realidade demasiado penosa. A busca pela reestruturação e renovação social tende a apelar aos poderes sobrenaturais, adaptando e canibalizando novos elementos até da cultura alóctone que os oprime.


No séc. XVI um movimento messiânico de características milenaristas surgiu entre os índios tupi na Bahia. Radialmente, começou a espalhar-se pelo litoral (e teve o seu auge em 1585). Os seus líderes eram pajés (pajés-açu) dos mais conceituados entre a sua etnia, pois, para além de curandeiros e guardiões da sua cultura, acreditava-se que tinham o poder de comunicar directamente com o espírito dos mortos, convocando-os para os seus objectivos – que não eram modestos: recuperariam o mitológico paraíso tupi, a “terra sem males”, onde seria invertido o jugo colonialista: massacre dos escravocratas e tornar servos dos índios os restantes estrangeiros. Havia também castigos terríveis para os índios colaboracionistas ou simplesmente resignados à exploração de que eram vítimas.
Estas profecias foram apelativas até para os escravos negros, alguns dos quais aderiram ao novo culto que tinha matizes sincréticas. E isto porque os seus líderes tinham sido criados em missões. O principal deles fora rebaptizado como António, mas dizia ser a reencarnação de Tamandaré (o mito primordial dos tupinambás, cujo nome significa “o salvo das águas”, o que poderá leva a extrapolações geminadas com o mito judaico-cristão de Moisés), para além de se autoproclamar Papa. (Não seria certamente pela sua modéstia que mais impressionava os seus seguidores.) Como se isso fosse pouco, a sua mulher (muito activa no culto Tupanasu) denominava-se Santa Maria Mãe de Deus. Não é, pois, de admirar, que as rebeliões indígenas desse cariz fossem chamadas de “santidades”.
A Igreja e a Coroa portuguesa não podiam tolerar tamanha heresia que ameaçava a ordem estabelecida de acordo com os interesses dos europeus, até porque esta seita incentivava os escravos indígenas a se rebelarem, fugindo dos seus opressores brancos, ou mesmo atacando-os fisicamente.

Consta que os tupis e os guaranis há muito que acalentavam um mito edénico, a que chamavam y vy mara ey / I Vi Mara Ei (ou seja, “Terra Sem Males”). Tal como outros mitos deste género encontrado na generalidade das culturas humanas, a terra prometida era idealizada em pressupostos sobrenaturais e até pleonasticamente contra natura; obviamente que não no sentido de agressão irresponsável à natureza silvestre, mas pela materialização dos anseios humanos por vencer as regras que a natureza nos impõe e que caracteriza a nossa humanidade.
Trata-se da nostalgia de uma perfeição quimérica extrapolada para uma utopia biorregional; um estado espírito que se quer ver refletido no horizonte geográfico.
A maioria de nós deseja ver-se livre da decadência física, da doença, da dor; da escassez de alimentos e outras privações físicas; e da maior e mais velha das angústias: a morte. Focando para além do nosso umbigo, na esfera social, seria óptimo a erradicação dos conflitos; a conquista da serenidade budista, livre de desejos irrealizados, bem como a harmonia total com um ambiente cornucopiano.

Tudo isto providenciado por um deus particular, o criador do mundo, que para estes povos seria Nhanderuvussu, operando milagres a partir da sua oca mágica situada no centro do paraíso.
Ironicamente, enquanto muitos europeus recém chegados à América do Sul ali queriam ver a materialização do seu paraíso bíblico,(começando por Colombo) , os tupis e guaranis geralmente procuravam o seu paraíso para Oriente, algures onde o sol “se levanta”, talvez do outro lado do oceano. Segundo o Prof. Hernani Donato, os índios tupi, aproximadamente a cada 25 anos, faziam migrações em massa (podiam chegar aos milhares de peregrinos) em busca do referido paraíso. Num árduo e perigoso périplo, cujo destino geográfico era a meta que desvalorizava as adversidades físicas e as contingências temporais.
A última vez que tal aconteceu foi no final do séc. XIX, e só terminou em 1912. Das centenas de índios que iniciaram essa migração , poucas dezenas deram-na por término, quando o etnólogo Curt Nimuendaju os ajudou a estabelecerem um assentamento onde hoje é a reserva Araribá.
A maior dessas migrações registadas pelos europeus, aconteceu em 1549. Desta feita, uns 14 mil tupis fizeram uma rota inversa. Partindo do litoral brasileiro, rumaram até aos Andes peruanos, onde alguns antropólogos situam a sua proveniência étnica. Quase inevitavelmente, foram desafortunados: apenas 3 centenas deles alcançaram Chachapoya, onde terminou a saga dramática, já que foram postos na ferros pelos espanhóis que os consideraram espiões dos portugueses.




quarta-feira, dezembro 23, 2009


Oi Leila!
Está tudo bem com a "Princesa do Bananal"?
Como raios te posso enviar os textos prometidos, se tu me deste um endereço electrónico expirado/bloqueado?! Cria uma conta no Gmail, por favor!
cuida-te e diverte-te!
Paulo

domingo, dezembro 20, 2009


Survival celebrates 40 years of success in campaign for tribal peoples’ rights 15 DecemberNews & media

The human rights organization Survival International celebrates its 40th birthday this month, and is highlighting the huge advances in tribal peoples’ rights since 1969.

Survival focuses on supporting tribes under threat, and its campaigns alongside tribal people and local organizations have achieved many remarkable successes, including:

• The creation of the Yanomami Park in Brazil in 1992. A fifth of the Yanomami Indians had died in seven years after goldminers invaded their land, but since their territory was legally protected their numbers have recovered and are increasing
• India’s recognition of the Jarawa tribe’s right to choose their own future, 2004. The Indian government had planned in the 1990s forcibly to settle the isolated Jarawa of the Andaman Islands in villages outside their forest, which would have destroyed them
• The Kalahari Bushmen landmark court victory in 2006. The Bushmen were evicted from the Central Kalahari in 2002 to make way for future diamond mining. With Survival’s support they fought and won a case in the Botswana High Court, which affirmed their right to live on their land. Survival’s campaign with the Bushmen also targeted De Beers diamond company, which abandoned its exploration on the Bushmen’s land.

As the only organization dedicated to campaigning for tribal peoples worldwide, Survival has also supported tribal people in bringing about broader changes which help them better defend their rights. Survival’s director Stephen Corry says, ‘Tribal peoples’ rights are now enshrined in international law, and in the constitutions of many countries, particularly in South America. The indigenous movement worldwide is more vocal and powerful than it has ever been. Uncontacted tribes threatened with extinction are the focus of international public attention for the first time.

‘Attitudes are changing too: tribal peoples, once reviled as ‘primitive’ or patronised as ‘noble savages’, are much better understood now as the vibrant, contemporary societies they really are.

‘All of these things have changed for the better since 1969. Yet we continue to see the extinction of entire tribes. Tribal people are still disregarded, thrown off their land, and in too many cases, killed by those who want their land or what’s underneath it.

‘I’m incredibly proud of Survival’s many successes in the defence of tribal peoples’ rights. But there is a long way to go before we can say our job is done.’

Notes for editors:

Survival International does not claim sole responsibility for the developments listed above or below. Survival works closely with indigenous communities and organizations, and its campaigns serve to amplify existing indigenous struggles on a global stage. Other organizations and individuals also played a part in many of the victories cited here.

In addition to those mentioned above, notable successes include:

• 1974: Helping the Andoke tribe of Colombia, decimated during the rubber boom, buy themselves out of debt bondage.
• 1987: The World Bank ceased its funding of the Indonesian government’s hugely controversial ‘Transmigration’ programme, which moved millions of Indonesians from the central islands to remote areas such as Papua, displacing Papuan tribes from their land.
• 1989-1990: Survival funded an emergency healthcare project for the Yanomami in Brazil, stemming the spread of malaria that was decimating the tribe. The project was later developed by Brazilian NGOs, who trained Yanomami as healthcare workers.
• 1993: The Colombian government created a reserve for the nomadic Nukak Indians. The reserve was enlarged in 1997.
• 1997: The Bangladeshi government signed a Peace Accord with the Jumma tribes of the Chittagong Hill Tracts, committing the government to removing military camps from the area and ending violence and theft of the Jummas’ land. Most of the provisions of the accord have yet to be implemented, but the current government has committed itself to doing so.
• 1999: A regional governor issued a five-year moratorium on all oil licences on the land of the Yugan Khanty hunter-gatherers in Siberia. Such exploration in other areas had polluted forests and rivers, and made the land uninhabitable for the Khanty.
• 2002: India’s Supreme Court ordered the closure of a highway running through the land of the Jarawa tribe. However, the road remains open, in violation of the court order.
• 2003: Following a twenty-year campaign by Survival, the Brazilian government legally protected the land of the nomadic Awá tribe, some of whom are uncontacted. Invasion of their land by outsiders had brought disease and violence, killing many Awá.
• 2007: The conservation organization African Parks withdrew from its agreement with the Ethiopian government to manage the Omo National Park, home of the Mursi and other tribes. African Parks had failed to consult the tribes, and had banned them from hunting and cultivating food in the park.

Mining company’s scare tactics against human rights NGO 14 DecemberNews & media

Metals giant Vedanta Resources’ Indian subsidiary has launched an unprecedented attack on Survival International, apparently to drive its researchers out of an area where the company is planning to mine.

The mining company has falsely accused Survival of ‘forcedly interacting’ with the Dongria Kondh tribe who live around the area earmarked for mining, and of causing ‘unrest.’ Vedanta has prompted a police investigation into Survival, with officers making a late night visit to a hotel where they believed Survival researchers were staying.

Survival researchers were in the Niyamgiri area of Orissa, east India, to talk with members of the Dongria Kondh community whose future is threatened by a proposed Vedanta mine on their sacred mountain.

Pavan Kaushik, Vedanta Group’s head of corporate communications, wrote to journalists alleging that ‘foreign NGOs including Survival International… are provoking innocent tribal’s to defame the government and the company’. In the letter, he attacked ‘foreigners’ for ‘freely moving in the region’ and alleged that they were circulating ‘false information’. The letter also invites journalists to contact the regional Superintendent of Police, who is named as available for interview.

In September the British government ruled that Vedanta had repeatedly failed to respect the human rights of the Dongria Kondh, demanding a change in the company’s behaviour. The government asked Survival to report back on what steps Vedanta had taken to implement these ‘essential’ changes before the end of the year.

Gordon Bennett, a London barrister who represented the Kalahari Bushmen in their historic win over the Botswana government, has been acting on behalf of the Dongria Kondh in their complaint over Vedanta’s behaviour, and accompanied the Survival researchers.

He said today, ‘We have not circulated any false information about Vedanta’s mining activities. All the information we have given the Dongria has been culled from Vedanta’s own mining plan, which it has never troubled to discuss with the Dongria itself. We have not ‘forcedly interacted’ with the Dongrias: on the contrary we have been warmly welcomed by all those we have been able to meet.

‘We have not provoked ‘innocent tribals’ to defame either the government or Vedanta. It is true to say however that feelings run high in Niyamgiri and that many Dongria regard Vedanta with suspicion and distrust. They believe that their way of life is under serious threat.

‘We have done nothing to create ‘misunderstanding’. It is Vedanta which has done this, both by its refusal to meet with us, and more importantly by its repeated failure either to consult the Dongria about its plans for their sacred hills, or to pay any regard to their views.’

He added, ‘If Vedanta has nothing to hide, it is difficult to understand why it has gone out of its way to obstruct our inquiries. Their press release is entirely without foundation.’

Survival researcher Dr. Jo Woodman is available for interview in India on +91 9953 409 060. For other media enquiries please contact Miriam Ross on +(44) (0)20 7687 8734 or mr@survivalinternational.org

Vedanta’s letter to journalists
Foreign NGOs creating unrest in Lanjigarh

Date: Wed, 9 Dec 2009 17:14:18 +0530
From: “Pavan Kaushik”

Dear Sir,

You may kindly like to go through the background below which is a serious matter as foreign NGOs are creating unrest in Lanjigarh and provoking people to talk against the government and the company. I would request if you could kindly depute some one to do this story please.. I have also mentioned the phone numbers of SP Kalahandi and also the COO of Vedanta in Lanjigarh for any reference or talking over phone please.

Ill be grateful if you could kindly take up this issue please.

Regards

Pavan Kaushik
Head – Corporate Communication
Vedanta Group
Phone: 9928844499

Foreign NGOs creating unrest in Lanjigarh

Recently the statement of Hon’ble Steel and Mines Minister of Orissa, Mr. Raghunath Mohanty, stating that ‘Not a single tribal family would be displaced due to this mining project’ and also that ‘No Dongria Kondha tribe live at the proposed mining area of Lanjigarh located between Rayagada and Kalahandi districts’ has been a lot unrest in the foreign NGOs who have been circulating a lot of false information about the entire mining activity in Orissa.

There has been a sudden movement of foreigners / foreign NGOs in Lanjigarh, Kalahandi district in the past few days. Strangely foreigners coming on tourist visa from countries like Italy, Germany, Australia, Denmark, UK etc. have become frequent and they are freely moving in the region. These people have been forcedly interacting with local tribals and disturbing their peace. A local NGO is supporting the visits. The local people have taken this very seriously and are opposing their entry into their region. The unrest has also got reported to local police authorities who are now looking into the matter of this sudden movement of foreign NGOs including Survival International. These foreign NGOs are provoking innocent tribals to defame the government and the company, Vedanta Group. This is being done to create misunderstanding and an environment of unrest before the visit of Central Team of MoEF that is scheduled to visit the Niyamgiri shortly.

The world is taking note of India starting bauxite mining after a gap of over 25 years. Once the bauxite mine at Niyamgiri starts, India will be placed as one of the largest aluminium producer in the world.

Niyamgiri range of hills has 250 sq. cm large foot print. The actual mineralization area in the proposed mining project is only 3.5% KM, that also having a depth of about 30 metres on the top. This truth has put a complete dent on the false information being circulated by these foreign NGOs that proposed mining will completely destroy the Niyamgiri mountain. Actually speaking, Bauxite extraction will actually benefit the environment, because it removes a hard rocky layer called laterite which would allow rain water to percolate deep inside the soil, increasing afforestation post-mining. Vedanta highlighted that with the use of best technology the plant is meeting all the required compliances in respect of air and water pollution, rather Lanjigarh Refinery is amongst the few in the world to have attained zero discharge status.

The Orissa government has constituted a Special Purpose Vehicle (SPV) in the name of Lanjigarh Project Area Development Foundation (LDADF), with contribution of State Government as 25%, Orissa Mining Corporation as 26% and Sterlite Industries Ltd as 49%, as directed by the Supreme Court. The Revenue Divisional Commissioner (RDC) – Southern Division is the Chairman of the Special Purpose Vehicle which on its first meeting itself decided to take up development projects worth Rs. 17.70 crore in the areas of health, education, road, infrastructure development that are required for the upliftment of Dongria and Kutia Kondha tribes, the Minister added.

Earlier, the Hon’ble Supreme Court of India, while granting permission vide the judgement dated August 8, 2008, had looked all aspects including tribal development, wild life impact, environment impact, and sustainable development in the area connected with this project, taking into account all arguments, and came to the conclusion that starting mining operation at Niyamgiri Hills, subject to fulfilment of all statutory requirement, will definitely give a boost to the development of the entire area. Since mining is an important source of revenue generation, such projects should be encouraged along with principle of sustainable development so that these areas can be brought to the main line, the Hon’ble Court had observed.

The Hon’ble Supreme Court of India also observed that there is abject poverty in the area and the area is lacking with regards to health, education, infrastructure, communication, to name a few. On the recommendation of the apex court, the Company agreed for investing 5% of the profit or Rs. 10 crore, which ever is more, from this project, for the developmental works within 50 km of the project area.

Vedanta has been saying this all along that bauxite is a hard rock that exists above 900 metres from the surface and therefore the Niyamgiri hills are neither crop nor inhabitants-friendly.

The bauxite-alumina project at Lanjigarh in Kalahandi district in Orissa would initiate investment of over Rs. 10,000 crore by Vedanta. Over 5000 local people have worked to build the Lanjigarh Plant. Kalahandi district of Orissa is one of the most backward district in India and the project is expected to change the profile of the entire district bringing considerable direct and indirect employment, infrastructure development, community development, social-economic development and empowerment.

Mines are generally located in the remote areas and development of such projects not only bring prosperity of that area but also add considerable value to the State’s exchequer.

India is a mineral rich country and at par with countries like Canada, Australia, South Africa and Brazil. The minerals have contributed significantly to the GDP’s of these countries and have become alternative source of revenue to the government. The same model should work for India as well.

Regards

Pavan

You can speak to the following two people on the above:-

1. Chief Operating Officer of Lanjigarh, Dr. Mukesh Kumar. His mobile number is +91 9937251216.

2. SP Kalahandi is Mr. Manohar Das – +91 9437158022, 06670230207, 06670230216

terça-feira, dezembro 15, 2009







Através da sua filosofia pseudocientífica, René Descartes consolidou uma ideia há muito defendida pela Igreja: que a mente é uma entidade com vida própria, independente do cérebro/neurofisiologia; sobretudo via a necessidade de desassociar a mente do restante corpo físico. Essa epistomologia cavou, ou aprofundou o fosso que separa o ser dos objectos degradantes, perecíveis, ilusórios, impuros; enfim, da natureza e da nossa fragilidade animal . Apesar de ter ficado conhecido como “o rei da dúvida”, o seu questionamento obsessivo não o livrou de dar continuidade a preconceitos que são basilares das religiões abraâmicas (seguindo também a tradição platónica). Assim, Descartes “confirmou” até para os laicos que apenas os homens tinham “alma”, assim como sensibilidade e verdadeiros sentimentos. Os animais (ditos irracionais) não passariam de máquinas para nosso usufruto, numa hierarquia monolítica e irreconciliável.
Este filósofo teve uma fortíssima influência na cultura Ocidental, e ainda hoje os conservadores algo empedernidos insistem nesta visão. Felizmente que até a ciência já confirmou que entre a nossa espécie e os outros animais (pelo menos os vertebrados) a base emocional é a mesma, apenas divergindo em graus de complexidade e intensidade.
É chocante, mas pude constatar que, nos dias que correm, no Pantanal bem como noutras regiões do Brasil, se castram cavalos com extrema crueldade; sem anestesia; nem sequer suturam a ferida. A única “caridade” que condescendem (meramente por razões económicas) aos eqüinos é uma injecção de antibiótico. Enquanto um cavalo é barbaramente mutilado, as próximas vítimas são obrigadas a assistir bem ao lado, tremendo de pavor.



É um erro revisionista grosseiro tentar ver o padre António Vieira (1608-1697) como um defensor dos oprimidos, segundo os actuais padrões morais e político-filosóficos. Entre o padre Vieira e Dom Pedro Casaldáliga há um fosso ideológico profundo que só poderá ser preenchido pelo zietgeist (espírito da época).
Vieira tinha consciência do inferno quotidiano que arrostavam os escravos [no Brasil]. Tal certamente que chocava a sua sensibilidade – que não era, em absoluto, igualitária. Incapaz de pensar fora da cartilha jesuíta, ele acreditava que os escravos eram seres inferiores que necessitavam da “salvação” espiritual oferecida pela Igreja, pois eram oriundos de uma “terra de danação” (sic); ou seja, onde predominava o paganismo animista.
Se Vieira pretendia agitar consciências entre a elite escravocrata, junto das suas principais vítimas a intenção era contrária; deveria incutir-lhes uma atitude de mansa resignação. No seu “Sermão Décimo Quarto” (de 1653), Vieira, dirigindo-se a escravos de um engenho baiano, assevera que inveja a triste condição deles – equiparável ao sofrimento de Cristo entre os homens – já que tal lhes “garantiria” um cantinho no reino dos céus. A seu ver, tudo o que penassem à sombra da cruz seria melhor do que terem continuado em áfrica, dominada por “demónios e vícios abominantes”.
Na verdade, ele pouco se preocupou com a escravidão dos negros, que era uma prática com tradição mesmo em Portugal. Até no Brasil era normal os clérigos possuírem escravos maioritariamente oriundos de África. (É curioso que, devido a alguns atritos que Vieira teve com a Inquisição, esta última, esmiuçando o passado do polémico padre à procura de podres incriminantes, foi incapaz de determinar se no seu sangue corriam genes negros ou ameríndios; só sabiam que estava “contaminado” com uma dessas “raças inferiores”. )
Vieira chegou mesmo a sugerir a intensificação do contingente de escravos negros e a sua relocação para o norte, a fim de que os fazendeiros pudessem prescindir da mão-de-obra indígena.
Embora mais notória e alvo de algumas aclamações ingênuas, a defesa de Vieira em nome dos índios seguia a mesma tortuosa linha argumentativa. No que concerne ao modo como os fazendeiros maltratavam os seus escravos, o que mais afligia Vieira era o facto de esses ricos colonos descuravam as suas obrigações evangélicas na doutrinação dos índios; matando-os de trabalho, não sobrava nem tempo nem disposição para a “palavra do Senhor”. Vieira queria os índios ordeiros e leais, súbditos tanto do Rei de Portugal como de Cristo. (Recorde-se que vez alguma a bíblia condena a escravatura; Cristo até sugeriu que essa prática iria continuar no seu reino de mil anos, após o Armagedão...) Assim, se a “salvação” dos índios passava por retirá-los da tirania dos fazendeiros, seria somente para os colocar em missões sob a custódia da Companhia de Jesus, onde eram catequizados e convertidos em trabalhadores obedientes e orgulhosos da sua nova condição europeizada. Mas essas missões sofriam ataques freqüentes de milícias caucasianas – que ele descreveu como perpetradores de um genocídio indígena! Vieira admirava as qualidades guerreiras dos índios. Por isso, visionava para eles outra utilidade: deveriam fundar um exército, à laia de cruzados, para defender, com sangue derramado, os interesses da sua ordem religiosa. A idéia de que os índios tinham o direito de continuar a viver do seu modo tradicional, tal como o tinham feito por milhares de anos antes da chegada de Colombo ao Novo Mundo, estava fora de cogitação para o padre Vieira.
Este homem sempre namorou o poder mundano das régias esferas políticas, influenciando directamente governantes. Era ainda um mestre da oratória e um exímio artífice das letras. Se houve uma causa que ele abraçou energicamente foi a de tentar impedir a deportação e expropriação dos judeus em Portugal (embora os quisesse ver convertidos ao cristianismo), pois ele acreditava que eram indispensáveis investidores na construção de um império ultramarino; chegando a profetizar a ascensão de uma monarquia universal liderada por um príncipe português.



Viagem redentora


Apenas sobreviveram 4 dos 600 homens que integraram a expedição liderada por Pánfilo de Narváez em 1528. Alvar N. Cabeza de Vaca, por ter narrado a sua fabulosa aventura na corte espanhola, chegando mesmo a deixá-la escrita para a posteridade, tornou-se o mais conhecido desses sobreviventes. Este homem tinha 38 anos quando a ambição o levou a desembarcar na Florida. Inspirado pelas descobertas e pelos saques riquíssimos conseguidos pelos seus compatriotas (sob o comando de Cortez), Cabeza de Vaca, que era um veterano de guerra, tendo derramado muito sangue em conflitos na Europa, estava disposto a empilhar tantos cadáveres de indígenas quanto fossem necessários para se apossar das riquezas das míticas cidades douradas do novo continente. Mas, como as “terras selvagens” e os seus povos não queriam ser conquistados, os espanhóis sofreram mais agruras do que podiam suportar. Acima de tudo, a verdadeira riqueza que lá se encontrava só poderia ser descoberta e experimentada se os europeus se abrissem a um processo redentor de metamorfose espiritual-civilizacional, deixando-se possuir pelo Espírito da Terra.
Frederick Turner, no seu livro – fundamental! – intitulado “O Espírito Ocidental Contra a Natureza”, diz-nos que foi isso o que aconteceu ao espanhol Cabeza de Vaca e aos seus três companheiros que conseguiram alcançar a Nova Espanha em 1536, percorrendo, desde 1528, milhares de Kms por territórios aparentemente hostis, que hoje correspondem à Florida, ao Texas e ao México.
Frederick Turner é um excelente escritor assim como um ecofilósofo de primeira. As suas ideias adequam-se de forma perfeita ao que eu gostaria de acreditar. O problema é que, embora infrequente, me tenho deparado com dados palusíveis que contradizem algumas das mais sedutoras ideias defendidas pelo referido autor. Tal faz-me recuar para a barricada do meu cepticismo familiar, reavaliando posições.

Passaram os primeiros 6 anos como escravos entre as tribos que habitavam o litoral da região actualmente conhecida como o Texas, sentindo-se maltratados tanto pelos seus captores (que conheciam bem a crueldade e iniquidade dos espanhóis), como pela natureza que não correspondia às suas noções de paraíso idílico... quando finalmente conseguiram escapar, iniciaram uma saga que, por mais desafios físicos que tenha representado, poderá ter sido fundamentalmente uma viagem de purificação e de crescimento espiritual.
Arrastados por dramáticas contingências, estes europeus não faziam ideia de que estavam prestes a ser protagonistas das mais mirabolantes, irónicas e inspiradoras aventuras do colonialismo genocida perpetrado pelos europeus.
Numa das tribos que os acolheu (ou os escravizou?), foram feitos ajudantes de curandeiros/xamãs, e consta que não se deram nada mal nessas novas tarefas. Ainda não sentiam que tinham descoberto uma insuspeita vocação (ou dom?) e muito menos estavam conscientes da auroral e telúrica epifania que despontava nas suas mentes confusas.
Continuando a fugir em direcção à civilização, a sua fama benfazeja precedia-os e por todo o lado as tribos queriam acolher os curandeiros brancos, coagindo-os a ajudar os desfalecido. Com o tempo, todos eles acabaram por assumir-se como curandeiros (miscigenando o pouco que conheciam entre as religiões dos dois continentes em colisão cultural), tornando-se lendária a sua competência. +++ A seu favor, além de uma estranha sorte, contava ainda um atractivo exótico. Os indígenas ficaram deveras espantados com o aspecto deste europeu assim como dos seus companheiros – incluindo um marroquino de pele escura.
Acrescentavam-lhes uma “aurea sobrenatural”, pois eles agiam de forma de forma oposta ao que era esperado do seu povo e sobretudo dos seus líderes.
Os índios estavam estavam extremamente receptivos a este género de visões.

+++ Actualmente restam poucos xamânes nómadas. Sem recurso à tecnologia, provavelmente os calauaias (que alguns especulam serem herdeiros dos misteriosos saberes místico-medicinais que se desenvolveram em Tihuanaco) são os que percorrem as maiores distâncias por toda a América do Sul.
Tal como o próprio Cabeza de Vaca relatou, a credulidade dos índios transformou a sua rota de fuga num movimento messiânico. Uma multidão seguia-os e a fama dos estrangeiros precedia a sua chegada às povoações indígenas, onde as pessoas lhes entregavam as suas riquezas materiais implorando-lhes por curas milagrosas. Pelo menos inicialmente, os atemorizados e confusos europeus, sabendo-se impotentes para fazer prevalecer a sua vontade pela força das armas, reagiram da outra maneira mais típica da sua cultura: oportunismo e impostura.
Para eles tudo não passava de pantomima fraudolenta, limitando-se a imitar alguns gestos ritualísticos dos curandeiros locais, acrescentando-lhes o sinal da cruz e uma Ave Maria (sic). Cabeza de Vaca assevera ter chegado a emular o maior truque místco (do mito) de Jesus Cristo: “ressuscitou” um índio!
A credulidade espiritual e a auto-sugestão (histérica) dos seus seguidores conduziu a uma tal dependência psicológica que chegou a provocar uma tragédia/catástrofe numa das aldeias em que os anfitriões se mostraram demasiado relutantes (através da súplica pacífica) em os deixar partir. Os estrangeiros perderam a paciência e protestaram irados. Tal atitude – antagónica com a cultura de cordialidade dos índios, sobretudo no que diz respeito aos assuntos do foro sacrossanto - causou um pânico generalisado – ao ponto de muitos índios adecerem, oito dos quais chegaram mesmo a perecer vítimas de distúrbios psicossomáticos. O pior é que esse incidente dramático só fez aumentar a fama dos seus alegados poderes sobrenaturais. E assim prosseguiram a improvável saga, escudados por um temor reverente superior ao que os índios atribuiam aos feiticeiros/curandeiros das suas etnias.



Nao creio que seja uma ingenuidade excessivamente lírica, deduzir que, à medida que aprendiam e adoptavam os costumes dos ameríndios seus anfitriões, descobriram a essência da felicidade que transcende as particularidades/idiossincrasias culturais; o elo espiritual que une todos os homens e estes à natureza que os sustenta. Durante anos cultivaram o prazer de praticar a generosidade abnegada e a pobreza material, indispensáveis à riqueza, ao fortalecimento e à credibilidade espiritual. Sentiram-se agraciados pelas dádivas da natureza; contribuiram para a cura de doentes que neles confiaram inteiramente; apaziguaram disputas e conquistaram a amizade e o respeito daqueles que inicialmente odiavam e temiam (muitos dos quais passaram a ser seus companheiros de viagem).


Regressados à civilização, ninguém queria aceitar que eles se tinham “indianizado” devido ao velho pavor (típico da tradição judaico-cristã) de que civilização é um artifício precário que tende a “degenerar”, assilvestrando. Os seus relatos fantásticos foram distorcidos para alimentar a quimera do ouro americano e os redimidos pareceram esquecer o que aprenderam entre os ameríndios, voltando a contagiar-se com a febre mortal da ganância; pelo menos metade deles voltou a juntar-se a expedições e perderam a vida à procura do ouro na terra onde tinham encontrado o maior dos bens.

Convivência...

sexta-feira, dezembro 11, 2009

"Human history becomes more and more a race between education and catastrophe."

- H. G. Wells

“Não há cultura que não se ampare no sagrado, quer seja ele religioso ou não. Mesmo os laicos do Ocidente europeu estão ligados ao sagrado: o sagrado da igauladade, da liberdade e da fraternidade.” – Alberto da Costa e Silva
“O vendedor de nitratos é como um traficante de drogas que, depois de prender um rapaz com a primeira dose, está certo de ter achado um cliente fiel até à morte.” – Laura Conti


“Nada é maravilhoso demais para ser verdade.” – Michael Faraday

“Todo o optimista é mal informado.” – Paulo Francis

"Malditas todas as cercas que nos impedem de amar!" - [Dom] Pedro Casaldáliga

quinta-feira, dezembro 10, 2009

“Milhões de hectares para [serem transformados em] madeira que estão ociosos, e outros milhões que as comunidades [indígenas] não cultivam nem cultivarão, para além de centenas de depósitos de minerais que não se podem trabalhar pelo tabu de ideologias superadas, por preguiça ou pela lei do cachorro do chacareiro: se eu não faço, ninguém pode fazer. O velho comunista anticapitalista do séc. XIX se disfarçou de proteccionista no séc. XX; e troca outra vez de camiseta no séc. XXI para ser ambientalista... Criaram a figura do nativo silvícola não integrado em nome do qual milhões de hectares não podem ser explorados. ” – Alan Garcia, Presidente da República do Peru . este filho-da-puta é mais um neoliberal lacaio de Washington e do grande capital, que tem sido conivente e até mesmo ordenado detenções arbitrárias, espancamentos e massacres de comunidades indígenas que se opõem à venda da selva (sobretudo para as companhias petrolíferas, madeireiros. Essa luta está a acontecer agora. Informem-se junto das ONG (ex.: Human Rights Watch e Amnistia Internacional)

quinta-feira, novembro 26, 2009

Uncontacted tribe’s forest bulldozed for beef
9 November

The only uncontacted tribe in South America outside the Amazon is having its forest rapidly and illegally bulldozed by ranchers who want their land to graze cattle for beef.

The Ayoreo-Totobiegosode is the only uncontacted tribe in the world currently losing its land to beef production.

The ranchers’ operations were exposed by satellite photos taken on 1 November. Since 2 November, an ad by Survival publicising the deforestation has been playing on a major Paraguayan radio station, Radio Nanduti.

The ranchers, from Brazilian company Yaguarete Pora S.A., are operating on the tribe’s land in Paraguay despite having their licence suspended by the Environment Ministry in August for previous illegal clearance.

They are clearing the forest, the home of the Ayoreo-Totobiegosode tribe, using bulldozers alleged to belong to Jacobo Kauenhowen, owner of a large bulldozer business in a nearby Mennonite colony.

‘This is a serious threat to the Totobiegosode. The illegal deforestation carried out by Yaguarete in Paraguay is continuing without any control whatsoever,’ said the Paraguayan NGO GAT, which is working to protect the Ayoreo’s lands.

Last year Yaguarete, together with another Brazilian company, River Plate S.A., destroyed thousands of hectares of the tribe’s land.

Some of the Totobiegosode have already been contacted and have relatives among those who remain uncontacted.

Survival director, Stephen Corry, said today, ‘The Totobiegosode are the most vulnerable uncontacted tribe in the world. A tragedy is unfolding right before our eyes – and the satellite camera’s lens. President Lugo must not sit back and watch as Paraguay’s most vulnerable people see their homes and livelihoods annihilated.’

terça-feira, novembro 17, 2009


10 reasons why organic can feed the world
Ed Hamer and Mark Anslow

1st March 2008

Can organic farming feed the world? Ed Hamer and Mark Anslow say yes, but we must eat and farm differently
Organic farms have the potential to become energy exporters1 Yield

Switching to organic farming would have different effects according to where in the world you live and how you currenlty farm.

Studies show that the lessindustrialised world stands to benefit the most. In southern Brazil, maize and wheat yields doubled on farms that changed to green manures and nitrogenfixing leguminous vegetables instead of chemical fertilisers. In Mexico, coffee-growers who chose to move to fully organic production methods saw increases of 50 per cent in the weight of beans they harvested. In fact, in an analysis of more than 286 organic conversions in 57 countries, the average yield increasewas found to be an impressive 64 per cent.

The situation is more complex in the industrialised world, where farms are large, intensive facilities, and opinions are divided on how organic yields would compare.

Research by the University of Essex in 1999 found that, although yields on US farms that converted to organic initially dropped by between 10 and 15 per cent, they soon recovered, and the farms became more productive than their all-chemical counterparts. In the UK, however, a study by the Elm Farm Research Centre predicted that a national transition to all-organic farming would see cereal, rapeseed and sugar beet yields fall by between 30 and 60 per cent. Even the Soil Association admits that, on average in the UK, organic yields are 30 per cent lower than non-organic.

So can we hope to feed ourselves organically in the British Isles and Northern Europe? An analysis by former Ecologist editor Simon Fairlie in The Land journal suggests that we can, but only if we are prepared to rethink our diet and farming practices.

In Fairlie’s scenario, each of the UK’s 60 million citizens could have organic cereals, potatoes, sugar, vegetables and fruit, fish, pork, chicken and beef, as well as wool and flax for clothes and biomass crops for heating. To achieve this we’d each have to cut down to around 230g of beef (½lb), compared to an average of 630g (1½lb) today, 252g of pork/bacon, 210g of chicken and just under 4kg (9lb) of dairy produce each week – considerably more than the country enjoyed in 1945. We would probably need to supplement our diet with homegrown vegetables, save our food scraps as livestock feed and reform the sewage system to use our waste as an organic fertiliser.

2 Energy

Currently, we use around 10 calories of fossil energy to produce one calorie of food energy. In a fuel-scarce future, which experts think could arrive as early as 2012, such numbers simply won’t stack up.

Studies by the Department for Environment, Food and Rural affairs over the past three years have shown that, on average, organically grown crops use 25 per cent less energy than their chemical cousins. Certain crops achieve even better reductions, including organic leeks (58 per cent less energy) and broccoli (49 per cent less energy).

When these savings are combined with stringent energy conservation and local distribution and consumption (such as organic box schemes), energy-use dwindles to a fraction of that needed for an intensive, centralised food system. A study by the University of Surrey shows that food from Tolhurst Organic Produce, a smallholding in Berkshire, which supplies 400 households with vegetable boxes, uses 90 per cent less energy than if non-organic produce had been delivered and bought in a supermarket.

Far from being simply ‘energy-lite’, however, organic farms have the potential to become self-sufficient in energy – or even to become energy exporters. The ‘Dream Farm’ model, first proposed by Mauritius-born agroscientist George Chan, sees farms feeding manure and waste from livestock and crops into biodigesters, which convert it into a methane-rich gas to be used for creating heat and electricity. The residue from these biodigesters is a crumbly, nutrient-rich fertiliser, which can be spread on soil to increase crop yields or further digested by algae and used as a fish or animal feed.

3 Greenhouse gas emission and climate change

Despite organic farming’s low-energy methods, it is not in reducing demand for power that the techniques stand to make the biggest savings in greenhouse gas emissions.

The production of ammonium nitrate fertiliser, which is indispensable to conventional farming, produces vast quantities of nitrous oxide – a greenhouse gas with a global warming potential some 320 times greater than that of CO2. In fact, the production of one tonne of ammonium nitrate creates 6.7 tonnes of greenhouse gases (CO2e), and was responsible for around 10 per cent of all industrial greenhouse gas emissions in Europe in 2003.

The techniques used in organic agriculture to enhance soil fertility in turn encourage crops to develop deeper roots, which increase the amount of organic matter in the soil, locking up carbon underground and keeping it out of the atmosphere.

The opposite happens in conventional farming: high quantities of artificially supplied nutrients encourage quick growth and shallow roots. A study published in 1995 in the journal Ecological Applications found that levels of carbon in the soils of organic farms in California were as much as 28 per cent higher as a result. And research by the Rodale Institute shows that if the US were to convert all its corn and soybean fields to organic methods, the amount of carbon that could be stored in the soil would equal 73 per cent of the country’s Kyoto targets for CO2 reduction.

Organic farming might also go some way towards salvaging the reputation of the cow, demonised in 2007 as a major source of methane at both ends of its digestive tract. There’s no doubt that this is a problem: estimates put global methane emissions from ruminant livestock at around 80 million tonnes a year, equivalent to around two billion tonnes of CO2, or close to the annual CO2 output of Russia and the UK combined. But by changing the pasturage on which animals graze to legumes such as clover or birdsfoot trefoil (often grown anyway by organic farmers to improve soil nitrogen content), scientists at the Institute of Grassland and Environmental Research believe that methane emissions could be cut dramatically. Because the leguminous foliage is more digestible, bacteria in the cow’s gut
are less able to turn the fodder into methane. Cows also seem naturally to prefer eating birdsfoot trefoil to ordinary grass.

4 Water use

Agriculture is officially the most thirsty industry on the planet, consuming a staggering 72 per cent of all global freshwater at a time when the UN says 80 per cent of our water supplies are being overexploited.

This hasn’t always been the case. Traditionally, agricultural crops were restricted to those areas best suited to their physiology, with drought-tolerant species grown in the tropics and water-demanding crops in temperate regions.

Global trade throughout the second half of the last century led to a worldwide production of grains dominated by a handful of high-yielding cereal crops, notably wheat, maize and rice. These thirsty cereals – the ‘big three’ – now account for more than half of the world’s plant-based calories and 85 per cent of total grain production.

Organic agriculture is different. Due to its emphasis on healthy soil structure, organic farming avoids many of the problems associated with compaction, erosion, salinisation and soil degr dation, which are prevalent in intensive systems. Organic manures and green mulches are applied even before the crop is sown, leading to a process known as ‘mineralisation’ – literally the fixing of minerals in the soil. Mineralised organic matter, conspicuously absent from synthetic fertilisers, is one of the essential ingredients required physically and chemically to hold water on the land.

Organic management also uses crop rotations, undersowing and mixed cropping to provide the soil with near-continuous cover. By contrast, conventional farm soils may be left uncovered for extended periods prior to sowing, and again following the harvest, leaving essential organic matter fully exposed to erosion by rain, wind and sunlight.

In the US, a 25-year Rodale Institute experiment on climatic extremes found that, due to improved soil structure, organic systems consistently achieve higher yields during periods both of drought and flooding.

5 Localistion

The globalisation of our food supply, which gives us Peruvian apples in June and Spanish lettuces in February, has seen our food reduced to a commodity in an increasingly volatile global marketplace.

Although year-round availability makes for good marketing in the eyes of the biggest retailers, the costs to the environment are immense.

Friends of the Earth estimates that the average meal in the UK travels 1,000 miles from plot to plate. In 2005, Defra released a comprehensive report on food miles in the UK, which valued the direct environmental, social and economic costs of food transport in Britain at £9 billion each year. In addition, food transport accounted for more than 30 billion vehicle kilometres, 25 per cent of all HGV journeys and 19 million tonnes of carbon dioxide emissions in 2002 alone.

The organic movement was born out of a commitment to provide local food for local people, and so it is logical that organic marketing encourages localisation through veg boxes, farm shops and stalls. Between 2005 and 2006, organic sales made through direct marketing outlets such as these increased by 53 per cent, from £95 to £146 million, more than double the sales growth experienced by the major supermarkets. As we enter an age of unprecedented food insecurity, it is essential that our consumption reflects not only what is desirable, but also what is ultimately sustainable. While the ‘organic’ label itself may inevitably be hijacked, ‘organic and local’ represents a solution with which the global players can simply never compete.

6 Pesticides

It is a shocking testimony to the power of the agrochemical industry that in the 45 years since Rachel Carson published her pesticide warning Silent Spring, the number of commercially available synthetic pesticides has risen from 22 to more than 450.

According to the World Health Organization there are an estimated 20,000 accidental deaths worldwide each year from pesticide exposure and poisoning. More than 31 million kilograms of pesticide were applied to UK crops alone in 2005, 0.5 kilograms for every person in the country. A spiralling dependence on pesticides throughout recent decades has resulted in a catalogue of repercussions, including pest resistance, disease susceptibility, loss of natural biological controls and reduced nutrient-cycling.

Organic farmers, on the other hand, believe that a healthy plant grown in a healthy soil will ultimately be more resistant to pest damage. Organic systems encourage a variety of natural methods to enhance soil and plant health, in turn reducing incidences of pests, weeds and disease.

First and foremost, because organic plants grow comparatively slower than conventional varieties they have thicker cell walls, which provide a tougher natural barrier to pests. Rotations or ‘break-crops’, which are central to organic production, also provide a physical obstacle to pest and disease lifecycles by removing crops from a given plot for extended periods. Organic systems also rely heavily on a rich agro-ecosystem in which many agricultural pests can be controlled by their natural predators.

Inevitably, however, there are times when pestilence attacks are especially prolonged or virulent, and here permitted pesticides may be used. The use of organic pesticides is heavily regulated and the International Federation of Organic Agriculture Movements (IFOAM) requires specific criteria to be met before pesticide applications can be justified.

There are in fact only four active ingredients permitted for use on organic crops: copper fungicides, restricted largely to potatoes and occasionally orchards; sulphur, used to control additional elements of fungal diseases; Retenone, a naturally occurring plant extract, and soft soap, derived from potassium soap and used to control aphids. Herbicides are entirely prohibited.

7 Ecosystem impact

Farmland accounts for 70 per cent of UK land mass, making it the single most influential enterprise affecting our wildlife. Incentives offered for intensification under the Common Agricultural Policy

are largely responsible for negative ecosystem impacts over recent years. Since 1962, farmland bird numbers have declined by an average of 30 per cent. During the same period more than 192,000 kilometres of hedgerows have been removed, while 45 per cent of our ancient woodland has been converted to cropland.

By contrast, organic farms actively encourage biodiversity in order to maintain soil fertility and aid natural pest control. Mixed farming systems ensure that a diversity of food and nesting sites are available throughout the year, compared with conventional farms where autumn sow crops leave little winter vegetation available.

Organic production systems are designed to respect the balance observed in our natural ecosystems. It is widely accepted that controlling or suppressing one element of wildlife, even if it is a pest, will have unpredictable impacts on the rest of the food chain. Instead, organic producers regard a healthy ecosystem as essential to a healthy farm, rather than a barrier to production.

In 2005, a report by English Nature and the RSPB on the impacts of organic farming on biodiversity reviewed more than 70 independent studies of flora, invertebrates, birds and mammals within organic and conventional farming systems. It concluded that biodiversity is enhanced at every level of the food chain under organic management practices, from soil micro-biota right through to farmland birds and the largest mammals.

8 Nutritional benefits

While an all-organic farming system might mean we’d have to make do with slightly less food than we’re used to, research shows that we can rest assured it would be better for us. In 2001, a study in the Journal of Complementary Medicine found that organic crops contained higher levels of 21 essential nutrients than their conventionally grown counterparts, including iron, magnesium, phosphorus and vitamin C. The organic crops also contained lower levels of nitrates, which can be toxic to the body.

Other studies have found significantly higher levels of vitamins – as well as polyphenols and antioxidants – in organic fruit and veg, both of which are thought to play a role in cancer-prevention within the body.

Scientists have also been able to work out why organic farming produces more nutritious food. Avoiding chemical fertilizer reduces nitrates levels in the food; betterquality soil increases the availability of trace minerals, and reduced levels of pesticides mean that the plants’ own immune systems grow stronger, producing higher levels of antioxidants. Slower rates of growth also mean that organic food frequently contains higher levels of dry mass, meaning that fruit and vegetables are less pumped up with water and so contain more nutrients by weight than intensively grown crops do.

Milk from organically fed cows has been found to contain higher levels of nutrients in six separate studies, including omega-3 fatty acids, vitamin E, and beta-carotene, all of which can help prevent cancer. One experiment discovered that levels of omega-3 in organic milk were on average 68 per cent higher than in non-organic alternatives.

But as well as giving us more of what we do need, organic food can help to give us less of what we don’t. In 2000, the UN Food and Agriculture Organization (FAO) found that organically produced food had ‘lower levels of pesticide and veterinary drug residues’ than non-organic did. Although organic farmers are allowed to use antibiotics when absolutely necessary to treat disease, the routine use of the drugs in animal feed – common on intensive livestock farms – is forbidden. This means a shift to organic livestock farming could help tackle problems such as the emergence of antibiotic-resistant bacteria.

9 Seed-saving

Seeds are not simply a source of food; they are living testimony to more than 10,000 years of agricultural domestication. Tragically, however, they are a resource that has suffered unprecedented neglect. The UN FAO estimates that 75 per cent of the genetic diversity of agricultural crops has been lost over the past 100 years.

Traditionally, farming communities have saved seeds year-on-year, both in order to save costs and to trade with their neighbours. As a result, seed varieties evolved in response to local climatic and seasonal conditions, leading to a wide variety of fruiting times, seed size, appearance and flavour. More importantly, this meant a constant updating process for the seed’s genetic resistance to changing climatic conditions, new pests and diseases.

By contrast, modern intensive agriculture depends on relatively few crops – only about 150 species are cultivated on any significant scale worldwide. This is the inheritance of the Green Revolution, which in the late 1950s perfected varieties Filial 1, or F1 seed technology, which produced hybrid seeds with specifically desirable genetic qualities. These new high-yield seeds were widely adopted, but because the genetic makeup of hybrid F1 seeds becomes diluted following the first harvest, the manufacturers ensured that farmers return for more seed year on year.

With its emphasis on diversity, organic farming is somewhat cushioned from exploitation on this scale, but even Syngenta, the world’s third-largest biotech company, now offers organic seed lines. Although seedsaving is not a prerequisite for organic production, the holistic nature of organics lends itself well to conserving seed.

In support of this, the Heritage Seed Library, in Warwickshire, is a collection of more than 800 open-pollinated organic varieties, which have been carefully preserved by gardeners across the country.

Although their seeds are not yet commercially available, the Library is at the forefront of addressing the alarming erosion of our agricultural diversity.

Seed-saving and the development of local varieties must become a key component of organic farming, giving crops the potential to evolve in response to what could be rapidly changing climatic conditions. This will help agriculture keeps pace with climate change in the field, rather than in the laboratory.

10 Job creation

There is no doubt British farming is currently in crisis. With an average of 37 farmers leaving the land every day, there are now more prisoners behind bars in the UK than there are farmers in the fields.

Although it has been slow, the decline in the rural labour force is a predictable consequence of the industrialisation of agriculture. A mere one per cent of the UK workforce is now employed in land-related enterprises, compared with 35 per cent at the turn of the last century.

The implications of this decline are serious. A skilled agricultural workforce will be essential in order to maintain food security in the coming transition towards a new model of post-fossil fuel farming. Many of these skills have already been eroded through mechanisation and a move towards more specialised and intensive production systems.

Organic farming is an exception to these trends. By its nature, organic production relies on labour-intensive management practices. Smaller, more diverse farming systems require a level of husbandry that is simply uneconomical at any other scale. Organic crops and livestock also demand specialist knowledge and regular monitoring in the absence of agrochemical controls.

According to a 2006 report by the University of Essex, organic farming in the UK provides 32 per cent more jobs per farm than comparable non-organic farms. Interestingly, the report also concluded that the higher employment observed could not be replicated in non-organic farming through initiatives such as local marketing. Instead, the majority (81 per cent) of total employment on organic farms was created by the organic production system itself. The report estimates that 93,000 new jobs would be created if all farming in the UK were to convert to organic.

Organic farming also accounts for more younger employees than any other sector in the industry. The average age of conventional UK farmers is now 56, yet organic farms increasingly attract a younger more enthusiastic workforce, people who view organics as the future of food production. It is for this next generation of farmers that Organic Futures, a campaign group set up by the Soil Association in 2007, is striving to provide a platform.

Africa doesn't need a green revolution. It needs agroecology
Dan Taylor

23rd September, 2009

Green Revolution architect Norman Borlaug is credited with 'feeding India'. But the feat took more than hybrid varieties and fertiliser, and it will take a much more sophisticated approach to help Africa feed itself
The conditions for a Green Revolution in Africa are not, and have never been, in placeThe recent death of Norman Borlaug the ‘grandfather’ of the Green Revolution makes this a good time to reflect on food and farming in the 21st Century and the Malthusian Time Bomb that he sought to defuse.

It is often suggested that Borlaug succeeded in achieving significant yield increases in crops in Asia through a combination of dwarf varieties, inputs in the form of inorganic fertlisers and irrigation.

However, the Green Revolution was institutional as well as agronomic, with the state providing the infrastructural support needed for making this transformation successful.

The conditions for a Green Revolution in Africa are not, and have never been, in place. Recent interventions such as the Millennium Development Project, Alliance for a Green Revolution for Africa or even the up-to-now successful input subsidy in Malawi are unlikely to be sustainable.

The flaw in these interventions is the narrow perspective adopted: agricultural sustainability cannot be reduced to questions of production alone. Neither is agricultural sustainability simply the wise and careful stewardship of the land. Both views remove farming from its social, economic, political and historical determinants. Rather, it would be better to recognise the need for social transformation that embeds agriculture as stewardship in webs of social relationships that link production, consumption, questions of equity and environmental justice.

Think in systems

Agricultural ecology, or agroecology, provides a shorthand for this complex understanding of the biological, socio-economic and cultural elements that embody an agricultural ecosystem. Hence agroecology introduces agricultural systems that mimic the natural ecosystems they have replaced, and maintains the link between the cultivation of the land and the culture of the people who farm it. In direct contrast to the universalising message of the New Green Revolution, agroecology is particular, contextual and nuanced. It strikes a balance between production, stability and resilience through diversification rather than intensification.

The traditional agricultural systems that industrial agriculture has replaced were characterised by diversified strategies. Farmers would plant a number of different crops in the same field - for example, maize, sorghum and millet could be intercropped with cowpeas and pumpkins in its drier upper limits. Meanwhile the retention of useful natural tree species or the cultivation of others combines annual and perennial crops in this rich mosaic.

These agricultural systems make the fullest possible use of agroecological niches and conserve the resource base on which agriculture depends, ensuring production in the long term. Each crop has different times of planting, growth habit and maturity date, thus extending the growing season and reducing peak labour demands by lengthening the period of harvest. The outcome is to lower the risk of crop failure and hunger, and to offer a more diverse and healthy diet.

Growing for growth

Given current population pressures, agroecology needs to look forwards to other ways of maintaining and enhancing soil fertility. We, at Find Your Feet, support farmers to conserve their soils by rotating their crops, applying compost, taking measures against soil erosion and introducing leguminous crops. We also encourage farmers to save seed that is adapted to local conditions. This is in contrast to the present over-reliance on high yielding modern seed varieties - normally hybrid maize - and fertilisers. Our on-farm trials in Malawi have demonstrated that, under field conditions, there is no real benefit in using hybrid maize over open-pollinated varieties given the fact that the main constraints to maize production are soil fertility and soil moisture.

In doing so we are not suggesting panaceas but alternatives that require knowledge and perspicacity. We believe that there are specific solutions to specific farming problems, not a one-size-fits-all agriculture that is often proposed by the advocates of high input industrial agriculture. Some solutions may be technical, requiring a drought resistant crop, others, social and political, such as the need for agrarian reform.

The relevance of looking at agriculture from an agroecological standpoint is not confined to the developing world. Here in Europe/UK, the industrial model of agriculture has led to a rural crisis. The emphasis on farming as business has lead to fewer, larger farms and a declining rural economy, with consequent depopulation of rural areas. Agroecology recognises agriculture’s multifunctionality - its role in creating and/or maintaining the landscape as well as producing food, providing employment, and conserving biodiversity.

In the face of impending and dramatic climate change, we need to do more to build resilience into our farming systems. This can best be achieved by looking to agroecology as the way forward because it will rebuild the countryside and the webs of social and ecological relationships on which it depends. We acknowledge Borlaug’s contribution to increasing agricultural yields but question the path he took to do so – the neglect of the environment in the singular concern for productivity gains was short-sighted in the extreme. It is a legacy that we must address if we are to resolve the environmental crisis of today.

Dan Taylor is the director of Find Your Feet








segunda-feira, novembro 16, 2009




Anualmente pelo menos 1,8 milhões de crianças (menores de 5 anos) morre de diarréia. Mas essa doença é “apenas” o último estágio de uma tragédia maior que insistimos em ignorar. Sabemos que 90% desses óbitos infantis estão directamente ligados à contaminação das águas e à falta de saneamento básico.
Dentro da referida faixa etária, as infecções respiratórias agudas cobram a vida de uns 2 milhões, 70% dos quais são conseqüência de problemas ambientais de origem antrópica. O pior é que dentro das casas dessas crianças vitimizadas é onde a poluição atmosférica s revela mais grave.
Já agora, a Sociedade Brasileira de Cardiologia assevera que os riscos de (síndrome da) morte súbita em crianças recém-nascidas é 5 vezes maior nas casas de fumadores...


Relação entre agrotóxicos, transgenicos e morte de células-humanas
“O glifosato estimula a morte das células de embriões humanos”
Por Darío Aranda, do jornal Página/12


Gilles-Eric Seralini, referência europeia no estudo de agrotóxicos, confirmou os efeitos letais do glifosato em células humanas de embriões, placenta e cordão umbilical. Alertou sobre as consequências sanitárias e ambientais, e exigiu a realização de estudos públicos sobre transgênicos e agrotóxicos. Quando publicou suas pesquisas, recebeu críticas e desaprovações. Leia a seguir.

Gilles-Eric Seralini é especialista em biologia molecular, professor da Universidade de Caen (França) e diretor do Comitê de Pesquisa e Informação sobre Engenharia Genética (Criigen). E se transformou em uma dor de cabeça para as empresas de agronegócio e para os resolutos defensores dos transgênicos. Em 2005, descobriu que algumas células da placenta humana são muito sensíveis ao herbicida Roundup (da empresa Monsanto), inclusive em doses muito inferiores às utilizadas na agricultura. Apesar de seu abundante currículo, foi duramente questionado pelas empresas do setor, desqualificado pelos meios de comunicação e acusado de “militante verde”, entendido como fundamentalismo ecológico.

Mas, em dezembro passado, voltou à tona. A revista científica Pesquisa Química em Toxicologia (Chemical Research in Toxicology) publicou seu novo estudo, em que constatou que o Roundup é letal para as células humanas. Segundo o trabalho, doses muito abaixo das utilizadas em campos de soja provocam a morte celular em poucas horas. “Mesmo em doses diluídas mil vezes, os herbicidas Roundup estimulam a morte das células de embriões humanos, o que poderia provocar mal-formações, abortos, problemas hormonais, genitais ou de reprodução, além de diversos tipos de cânceres”, afirmou Seralini em seu laboratório na França.

Suas pesquisas fazem parte da bibliografia à qual o Comitê Nacional de Ética na Ciência faz referência em sua recomendação para se criar uma comissão de especialistas que análise os riscos do uso do glifosato.

O pesquisador havia decidido estudar os efeitos do herbicida sobre a placenta humana depois que uma análise epidemiológica da Universidade de Carleton (Canadá), realizado na província de Ontário, havia vinculado a exposição ao glifosato (ingrediente base do Roundup) com o risco de abortos espontâneos e partos prematuros. Mediante provas de laboratório, em 2005, Seralini confirmou que em doses muito baixas o Roundup provoca efeitos tóxicos em células placentárias humanas e em células de embriões. O estudo, publicado na revista Environmental Health Perspectives, indicou que o herbicida mata uma grande proporção dessas células depois de apenas 18 horas de exposição a concentrações menores do que as utilizadas no uso agrícola.

Indicava ainda que esse fato poderia explicar os abortos e nascimentos prematuros experimentados por trabalhadoras rurais. Também ressaltava que, em soluções entre 10 mil e 100 mil vezes mais diluídas que as do produto comercial, ele já não matava as células, mas bloqueava sua produção de hormônios sexuais, o que poderia provocar dificuldades no desenvolvimento de ossos e no sistema reprodutivo de fetos. Alertava sobre a possibilidade de que o herbicida seja perturbador endócrino e, sobretudo, instava à realização de novos estudos. Só obteve a campanha de desprestígio.

Em 2007, publicou novos avanços. “Trabalhamos em células de recém-nascidos com doses do produto cem mil vezes inferiores às que qualquer jardineiro comum está em contato. O Roundup programa a morte das células em poucas horas”, havia declarado Seralini à agência de notícias AFP. Ressaltava que “os riscos são, sobretudo, para as mulheres grávidas, mas não só para elas”.

Em dezembro, a revista norte-americana Pesquisa Química em Toxicologia (da American Chemical Society) outorgou a Seralini 11 páginas para difundir seu trabalho, já finalizado. Focalizou-se em células humanas de cordão umbilical, embrionárias e da placenta. A totalidade das células morreram dentro das 24 horas de exposição às variedades do Roundup. “Estudou-se o mecanismo de ação celular diante de quatro formulações diferentes do Roundup (Express, Bioforce ou Extra, Gran Travaux e Gran Travaux Plus). Os resultados mostram que os quatro herbicidas Roundup e o glifosato puro causam morte celular. Confirmado pela morfologia das células depois do tratamento, determina-se que, inclusive nas concentrações mais baixas, ele causa uma grande morte celular”, denuncia na publicação, que indica que, mesmo com doses até dez mil vezes inferiores às usadas na agricultura, o Roundup provoca danos em membranas celulares e morte celular. Também confirmou o efeito destrutivo do glifosato puro, que, em doses 500 vezes menores às usadas nos campos, induz à morte celular.

Gilles-Eric Seralini tem 49 anos, nasceu na Argélia, vive em Caen, pesquisa a toxicidade de variedades transgênicas e herbicidas, é consultor da União Europeia em transgênicos e é diretor do Conselho Científico do Comitê de Pesquisa e Informação sobre Engenharia Genética (Criigen). “Publiquei três artigos em revistas científicas norte-americanas de âmbito internacional, junto com investigadores que faziam seu doutorado em meu laboratório, sobre a toxicidade dos herbicidas da família do Roundup sobre células humanas de embriões, assim como da placenta e sobre células frescas de cordões umbilicais, as quais levaram aos mesmos resultados, mesmo que tenham sido diluídas até cem mil vezes. Confirmamos que os herbicidas Roundup estimulam o suicídio das células humanas. Sou especialista nos efeitos dos transgênicos, e sabemos que o câncer, as doenças hormonais, nervosas e reprodutivas têm relação com os agentes químicos dos transgênicos. Além disso, esses herbicidas perturbam a produção de hormônios sexuais, pelo qual são perturbadores endócrinos”, afirma Seralini.

“O glifosato é menos tóxico para os ratos do que o sal de mesa ingerido em grande quantidade”, indicava uma propaganda da Monsanto há uma década, citada na extensa pesquisa jornalística “O mundo segundo a Monsanto”, de Marie-Monique Robin. No capítulo quatro, chamado “Uma vasta operação de intoxicação”, Seralini é contundente: “O Roundup é um assassino de embriões”. Fato confirmado com a finalização de seus ensaios, em dezembro de 2008.

A contundência e difusão do trabalho provocaram que a companhia de agrotóxicos mais poderosa do mundo quebrasse seu silêncio - apesar de que a sua política empresarial é não responder estudos ou artigos que não lhe sejam favoráveis. Mediante um comunicado e diante da agência de notícias AFP, a Monsanto França voltou a deslegitimar o cientista. “Os trabalhos efetuados regularmente por Seralini sobre o Roundup constituem um desvio sistemático do uso normal do produto com o fim de denegri-lo, apesar de ter se demonstrado sua segurança sanitária há 35 anos no mundo”.

A antiguidade do produto no mercado é o mesmo argumento utilizado na Argentina pelos defensores do modelo de agronegócio. As organizações ambientalistas reforçam que essa defesa tem seu próprio beco sem saída. O PCB (produto químico usado em transformadores elétricos e produzido, dentre outros, pela Monsanto) também foi utilizado durante décadas. Recebeu centenas de denúncias e foi vinculado com quadros médicos graves, mas as empresas continuavam defendendo seu uso baseado na antiguidade do produto. Até que a pressão social obrigou os Estados a realizarem estudos e, com os resultados obtidos, proibiu-se seu uso. “Com o glifosato, acontecerá o mesmo”, respondem as organizações.

Depois de uma pesquisa na Argentina do doutor Andrés Carrasco, na que se confirmou o efeito devastador em embriões anfíbios, as empresas do setor reagiram com intimidações, ameaças e pressões. Isso lhe soa familiar?

Sim, e muito. Com minhas pesquisas, as empresas também reagiram muito mal. Em vez de criticar os pesquisadores, uma grande empresa responsável que não tem nenhuma capacitação em toxicologia teria que se colocar em dúvida e pesquisar. Em dezembro de 2008, quando o nosso último artigo foi publicado, o Departamento de Comunicação da Monsanto disse que estávamos desviando o herbicida de sua função, já que ele não foi feito para atuar sobre células humanas. Esse argumento é estúpido, não merece outro qualificativo. É muito surpreendente que uma multinacional tão importante admitisse, com esse argumento, que não realiza ensaios de seu herbicida com doses baixas sobre células humanas antes de colocá-lo no mercado. Dever-se-ia proibir o produto apenas por esse reconhecimento corporativo.

Qual foi o papel dos meios de comunicação em suas descobertas?

Jornais e televisões falaram sobre os nossos estudos, se dão conta de que o mundo está se deteriorando por causa desses contaminantes, e que muitas doenças desencadeadas por esses produtos químicos já são vistas também nos animais e reduzem dramaticamente a biodiversidade. Mas também é preciso ter presente que o lobby das empresas é muito forte, que fazem chegar informações contraditóriasaos meios de comunicação, que finalmente desinformam a opinião pública e influenciam os governos.

Em 1974, a Monsanto havia sido autorizada a comercializar o herbicida Roundup, “que passaria a se converter no herbicida mais vendido do mundo”, ufana-se a publicidade da empresa. Em 1981, a companhia se estabeleceu como líder da pesquisa biotecnológica, mas recém em 1995 foi aprovada uma dezena de seus produtos modificados geneticamente, entre eles a Soja RR (Roundup Ready)”, resistente ao glifosato.

Monsanto promovia o Roundup como “um herbicida seguro e de uso geral em qualquer lugar, desde gramados e hortas, até grandes bosques de coníferas”. Também defendia que o herbicida era biodegradável. Mas, em janeiro de 2007, ela foi condenada pelo tribunal francês de Lyon a pagar multas pelo crime de “propaganda enganosa”. Os estudos de Seralini foram utilizados como prova, junto a outras pesquisas. A Justiça da França teve como eixo a falsa propriedade biodegradável do agrotóxico e até deu um passo mais: afirmou que o Roundup “pode permanecer de forma duradoura no solo e inclusive se estender para as águas subterrâneas”.

Diante da campanha de desprestígio, Seralini recebeu o apoio da Procuradoria Geral de Nova Iorque (que havia ganhado outro juízo contra a Monsanto, também por propaganda enganosa). A revista científica Environmental Health Perspectives publicou um editorial para destacar suas descobertas, e a revista Chemical Research in Toxicology se propôs publicar o esquema completo do modo de ação toxicológico.

“A Monsanto sempre entregou estudos ridículos sobre o glifosato apenas, enquanto que o Roundup é uma mistura muito mais tóxica do que só o glifosato. O mundo científico sabe disso, mas muitos preferem não ver ou não atacar as descobertas. No entanto, a empresa defendia que era inócuo. Confirmamos que os resíduos do Roundup representam os principais contaminadores das águas dos rios ou de superfície. Por outro lado, recebemos o apoio de partes dos pesquisadores que encontraram efeitos semelhantes, explicando assim abortos naturais e desastres nas faunas autóctones”, explica Seralini.

Com um mercado concentrado e um faturamento estratosférico, a indústria transgênica é denunciada por seu poder de incidência com aqueles que devem controlá-la. Até a Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos EUA (o âmbito de controle competente) é acusada de ter cedido a suas pressões. Em agosto de 2006, líderes sindicais da EPA acusaram as autoridades do organismo de ceder diante da pressão política e permitir o uso de químicos prejudiciais.

“Correm-se graves riscos em fetos, grávidas, crianças e idosos”, denunciavam. A EPA havia omitido os estudos científicos que contradiziam aqueles patrocinados pela indústria dos pesticidas. “A direção da EPA prioriza antes a indústria da agricultura e os pesticidas do que a nossa responsabilidade em proteger a saúde dos nossos cidadãos”, finalizava o comunicado.

Seralini reafirma o poder econômico das agroquímicas e lembra que as oito maiores companhias farmacêuticas são as oito maiores companhias de pesticidas e de transgênicos, dentre as quais a Monsanto tem um papel protagônico. Por isso, pede a realização urgente de testes com animais de laboratório durante dois anos, como - segundo explica - ocorre com os medicamentos na Europa.

“Há um ingrediente político e econômico no tema, claramente, do qual as companhias estão por trás”, denuncia. Ele se reconhece um obsessivo do trabalho, adverte que há uma década analisa diariamente todos os informes europeus e norte-americanos de controles sanitários de transgênicos. E não tem dúvida: “Os únicos que fazem testes são as próprias companhias, porque são ensaios caríssimos. As empresas e os governos não deixam que esses trabalhos sejam vistos. Esses estudos deveriam ser realizados por universidades públicas e deveriam ser públicos”.

“Há 25 anos trabalho com as perturbações dos genes, das células e dos animais provocadas por medicamentos e contaminantes. Advertimos o perigo existente e propomos estudos públicos. Mas, em vez de aprofundar estudos e nos reconhecer como cientistas, querem tirar importância acadêmica chamando-nos ‘militantes ambientalistas’. Sabemos claramente que o ataque provém de empresas que, se os estudos forem feitos, deverão retirar seus produtos do mercado”, denuncia Seralini, que, hoje, adverte sobre o efeito sanitário não apenas dos agrotóxicos, mas sim dos alimentos transgênicos e de seus derivados.

Ele recorda que, com o milho transgênico (também tratado com Roundup) alimentam-se os animais que depois a população come (frangos, vacas, coelhos e porcos) e explica que todos os produtos que contêm açúcar de milho (molhos, balas, chocolates e refrigerantes, dentre outros) devem ser objeto de urgentes estudos.

“Há anos trabalhamos sobre a toxicidade dos principais contaminadores. Confirmamos que o Roundup é também o principal contaminante dos transgênicos alimentares, como a soja ou o milho transgênico, o que pode levar a um problema de intoxicação dos alimentos a longo prazo”.

A afirmação de Seralini vai em sintonia com as denúncias de centenas de organizações sociais, urbanas e rurais e de movimentos internacionais como a Via Campesina (grupo internacional de agricultores, índios, sem terra e trabalhadores agrícolas), que exigem alimentos sadios.



• A reportagem é de Darío Aranda, publicada no jornal Página/12, 21-06-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto




Pesquisador argentino que comprovou efeitos nocivos do glifosato é perseguido



Há duas semanas, o professor de embriologia Andrés Carrasco denunciou no jornal Página/12 os efeitos devastadores do composto herbicida glifosato sobre os embriões humanos (ver ). Esperava uma reação, "mas não tão violenta": foi ameaçado, armaram uma campanha de desprestígio contra ele e até afirmaram que suas investigações não existiam.



Em entrevista publicada no jornal Página/12 em 03/05/09, Carrasco contesta e renova suas acusações contra as multinacionais da agroquímica.



Veja aqui alguns trechos:



(...)



“Você esperava uma reação como a que ocorreu?



Não. Foi uma reação violenta, desmedida e suja. Sobretudo porque não descobri nada novo, só confirmei algo a que outros haviam chegado por outros caminhos. Por isso, não entendo porque tanta agitação das empresas. É preciso lembrar que a origem do trabalho remonta a contatos com comunidades vítimas do uso de agrotóxicos. Elas são a prova mais irrefutável do que eu investiguei com um sistema e modelo experimental com o trabalho de 30 anos, e com o qual eu confirmei que o glifosato é devastador em embriões anfíbios. Mesmo em doses muito abaixo das usadas na agricultura, ocasiona diversas e numerosas deformações.



Por que a difusão se transforma em um problema?



Porque não há canais institucionais confiáveis que possam receptar pesquisas desse tipo, com poderosos interesses contrários. Então, a decisão pessoal foi torná-la pública, já que não existe razão de Estado, nem interesses econômicos das corporações que justifiquem o silêncio quando se trata da saúde pública. É preciso deixar claro: quando se tem um dado que só interessa a um círculo pequeno, podemos guardá-lo até que o tenhamos ajustado até o menor detalhe e canalizá-lo pelos meios para esse pequeno círculo. Mas quando demonstramos fatos que podem ter impacto na saúde pública, é obrigação dar-lhe uma difusão urgente e massiva.”



(...)



“Por que o setor científico não estuda?



Porque não é em todo o mundo que há essa enorme quantidade de hectares com soja como ocorre na Argentina. Há quase 18 milhões de hectares. Do ponto de vista ecotoxicológico, o que acontece na Argentina é quase um experimento em massa.”



(...)



Leia a íntegra da entrevista em:

http://tinyurl.com/adrescarrasco



N.E.: Já relatamos diversos exemplos de pesquisadores que foram execrados no meio acadêmico após divulgarem resultados de pesquisas comprovando efeitos nocivos de plantas transgênicas à saúde e ao meio ambiente. Um dos mais famosos é o do pesquisador Ignacio Chapela, da Universidade de Berkeley, na Califórnia (EUA), que em 2001 descobriu que o pólen do milho transgênico havia contaminado variedades crioulas de milho no México, centro de origem da cultura, apesar de o cultivo de milho transgênico nunca ter sido autorizado no país. Outro caso notório é o do pesquisador Arpad Pusztai, do Instituto Rowett, um dos mais renomados da Grã-Bretanha, que foi punido e demitido em 1998 após divulgar resultados negativos sobre alimentos transgênicos.



Estes e outros casos do gênero são mostrados em detalhes no filme “O Mundo Segundo a Monsanto”, da jornalista francesa Marie-Monique Robin (http://stopogm.net/?q=node/548).



3. Monsanto doa laboratório a faculdade argentina



A Monsanto, multinacional da soja transgênica e dos agrotóxicos, doou um laboratório e mais um equipamento, somando cerca de 300 mil dólares, à faculdade de Ciências Agrárias de Zavalla, na Argentina, onde todo ano se formam centenas de engenheiros agrônomos.