quarta-feira, maio 30, 2007

Petróleo, o sangue envenenado da nossa civilização.

A indústria petroquímica tem sido fecunda/pródiga/generosa em provocar doenças laborais gravíssimas. Estão lembrados do caso de Porto Marghera (Veneza, Itália)? Nos anos (1970) e 80 foi provado judicialmente a razia de cancros e tumores vários (sobretudo provocados pelo cloreto de vinilo) entre os empregados dessa empresa petroqúimica.

Dificilmente poderiam poluir mais os três complexos petroquímicos portugueses herança do estado Novo. A saber: o de Lisboa (que encerrou aquando da «Expo 98», para que os estrangeiros não vissem como se poluía desbragada e despreocupadamente - em Portugal…), o de Leixões e o de Sines.

Olhando para montante do problema, a extracção do petróleo tem implicações muito mais graves do que a maioria julga saber. Com frequência processa-se em territórios indígenas e em áreas ditas "protegidas". A desflorestação é apenas o início das hostilidades. De seguida abrem-se, de forma rectilínea, centenas de km de brechas sísmicas que, de forma periódica, são sujeitas a explosões de considerável magnitude (muitos animais, com destaque para os peixes, perecem deste modo). Através da análise das ondas sísmicas, poder-se-á determinar a ocorrências de jazidas de petróleo.

Uma vez encontradas ressonâncias promissoras, a selva não deixará de tremer, pois logo chegará uma horda de maquinaria pesada para arrasar com a vegetação (devido à construção de estradas, acampamentos, heliportos e aeroportos, poços de extracção, …).

Na extracção do crude são utilizadas substâncias químicas extremamente perigosas (tais como: coagulantes, dispersantes, biocidas, fungicidas, agentes de controlo de parafinas, sulfatos, cianeto, metais pesados, além do petróleo em si) e até materiais radioactivos que vão logo água abaixo, ou ficam precariamente armazenados em charcos sem qualquer protecção impermeabilizante. (As constantes infiltrações nos solos por vezes tem contacto directo com os aquíferos que abastecem de água "potável" algumas cidades, como é o caso de Diyarbakir na Turquia, devido às explorações da Shell.) O resultado é o mesmo, uma vez que as chuvas em pouco tempo se encarregam de libertar estes tóxicos.

Por falar na chuva, nesses locais esta costuma ser negra de tão inquinada com as partículas em suspensão resultantes da combustão de substâncias tóxicas (que, ainda por cima, frequentemente provocam incêndios nas áreas circundantes). Outras partes não comercializáveis do crude são utilizadas para asfaltarem estradas utilizadas exclusivamente pelos camiões das companhias petrolíferas e pelos madeireiros, e contribuem igualmente para a grave contaminação do solo e da água.

Geralmente as populações que habitam as áreas alvo dessa desmesurada degradação ambiental, não merecem um tratamento melhor do que a recebida pelos outros seres silvestres. As doenças fazem imensas baixas entre os indígenas e o seu gado. Se se opõem, o exército, às ordens das multinacionais do petróleo, encarrega-se de silenciar essas vozes molestas (veja-se o caso da Shell, da Chevron e da Exxon/Mobil na Nigéria e em Cabinda, e da BP na Colômbia, da Elf no Congo, da Total em Myanmar, da Texaco na Indonésia e do governo australiano a celebrar acordos de exploração do petróleo de Timor Leste com o regime ditatorial de Suharto, entre muitos outros exemplos deploráveis). A corrupção pelo dinheiro é outra táctica comum utilizada pelas empresas petrolíferas para enfraquecer os opositores.

Em breve, as comunidades autóctones não têm outro remédio senão partir para engordarem os bairros de lata das cidades, ou integrar os numerosos prostíbulos que vão surgindo expressamente para satisfação dos trabalhadores das companhias petrolíferas. Para a maioria das vítimas, o álcool passa a ser a única miragem lenitiva nesta realidade soturna e desesperada.

www.ecuanex.apc.org/oilwatch/espanol/index.html

www.moles.org/ProjectUnderground/drillbits.html

www.tierra.org/index.asp

Um processo de descolonização mal feito, líderes errados e o domínio comercial e financeiro das corporações e bancas ocidentais (com a protecção que recebem dos seus governos)fez com que, para a maioria dos países africanos possuir os recusrsos naturais mais cobiçados internacionalmente (e que se possam saquear e transportar)se tenha tornado numa terrível maldição para as populações locais. A poluição causada pela industria extractiva, embora costume ter graves consequências para os ecossistemas – incluindo as pessoas e o seu gado - , é de somenos importância comparado com as acções homicidas dos exércitos (governamentais, rebeldes e milícias paramilitares). Vejamos alguns exemplos.

O assassinato de 2 milhões de sudaneses em consequência de uma guerra civil, também está ligado com o petróleo nacional. O exército do governo tem atacado sistematicamente (até com aviões bombardeiros) os aldeões que vivam em terras onde foi encontrado petróleo, ou que fiquem no caminho das vias de acesso aos poços de petróleo.

No Congo, nos últimos 10 anos, foram mortas 4,5 milhões de pessoas. Os conflitos étnicos e políticos não escondem o facto de que a luta fratricida se centra igualmente no controlo minas de ouro, de urânio, de diamantes e de outros metais que até há poucas décadas eram desprezados mas que agora são muito procurados pelos fabricantes de telemóveis e de videojogos (que pouco se importam com o que as suas actividades tem custado às populações locais)

Actualmente as províncias diamantíferas do nordeste de Angola assemelham-se ao velho oeste Norte americano durante a corrida do ouro.

Angola depende da Província de Cabinda para manter o volume de exportações de petróleo. Mas os habitantes de Cabinda reivindicam a sua soberania política, independente do governo angolano. A sua luta é antiga e muito têm sofrido pelo seu desejo de autodeterminação. Portugal é em grande parte culpado por este conflito, pois ofereceu Cabinda a Angola quando reconheceu a independência dessa ex-colónia, desapontando tremendamente os cabindenses, que ansiavam pela sua própria independência, e lavando daí as maõs.

A guerra civil Angolana deixou claro que a avidez pelo petróleo e a força dospetrodólares em muito transcende as ideologias políticas. 60% do petróleo que Angola eporta destina-se aos EUA. Este país que apoiou terrorismo, golpes de Estado, ditaduras e guerras por todo o mundo em nome da sua luta incondicional ao comunismo, não teve problemas de consciência em colocar-se do lado do Presidente "socialista" José Eduardo dos Santos e do seu movimento para a Libertação de Angola (MPLA) contra a Unita (União nacional para a Libertação otal de Angola) do capitalista rebelde Jonas Sabimbi. A estes últimos, Washington dava "apoio moral" e ajudava em algumas transacções de pedras preciosas e até lhes vendiam algumas armas, mas como o governo controlava às áreas petrolíferas (e aí têm operado corporações como a Chevron-Texaco, a Exxon, a Shell e a Elf) era principalmente ao MPLA que os EUA favoreceram, não ligando às cores das bandeiras e com as quase inacreditáveis atrocidades cometidas por ambos os lados contra a população civil. (A guerra saldou-se em mais de 1,5 milhões de pessoas mortas e na maior população mundial de amputados e estropiados.) Houve até episódios politicamente caricatos em que mercenários sul-africanos conotados com a extrema-direita defenderam instalações petrolíferas cubanas contra ataques da Unita…

EUA

Os norte-americanos constituem 5% da população mundial, mas consomem mais de 25% de todo o petróleo (numa média de 20 milhões de barris por dia.). O seu país detém 3% das reservas de petróleo conhecidas e importam 61% do petróleo que consomem. São os maiores poluidores do mundo.

Com evidente simbolismo, nos EUA os cidadãos têm como principal documento de identificação a carta de condução – que é o suficiente para adquirirem legalmente uma arma de fogo, invocando o direito garantido pela 2ª emenda à Constituição; este é um perigoso anacronismo do tempo em que o governo incentivava e contava com as milícias populares para se tornarem livres do jugo britânico pela via armada.

Algumas curiosidades tragicómicas do centro do império: No estado do Utah é ilegal um homem ser surpreendido em público com uma erecção visível sob as roupas, mas o volume de uma arma de fogo combinada com os trajes para atender aos serviços religiosos, é socialmente aceite…;

Aos 18 anos de idade os cidadãos ganham o direito legal de votar na liça político-partidária; 3 anos depois podem beber álcool em locais públicos; mas com apenas 16 anos de vida já podem tirar a carta de condução de automóveis…;

Los Angeles (Califórnia) é provavelmente a cidade mais moldada ao automóvel e onde o seu culto é mais forte. Por isso, não é de estranhar que aí se tenha tornado uma prática comum os assassinatos ao estilo «drive-by shooting», em que alguns energúmenos ajustam contas disparando de carros em movimento.

Não é à toa que o país em causa é onde existem mais pessoas automobilizadas e armadas. O poder da tecnologia de destruição inebria. Não devemos olvidar que grande parte da tecnologia que o mundo rico utiliza corriqueiramente são as sobras de desenvolvimentos militares.

Só em meados de 2005 é que o líder da nação mais poluidora do mundo admitiu publicamente a existência do fenómeno das alterações climáticas associadas às actividades humanas. No entanto, manteve a sua posição de não alterar asregras do sistema industrial e de todo o modo de vida estado-unidense baseado no petróleo barato, na hegemonia dos petrodólares e no consumismo-desperdício irresponsável, insistindo que há demasiadas incertezas quanto às causas-efeitos dos fenómenos climatéricos desastrosos e que o melhor é continuar a estudar o assunto porque «quanto mais soubermos, melhor poderemos agir» (sic). Pois claro, todos nós, e sobretudo os iraquianos, sabemos que W. Bush só intervém de forma drástica quando em posse de provas irrefutáveis...
(As "armas de destruição maciça" que a administração Bush Jr. e a
escumalha que p acompanha temem é a escassez do petróleo e o fim da hegemonia dos petrodólares.)



O petróleo e a guerra

Nas últimas décadas têm sido óbvias as intenções de Estados imperialistas que movem guerras sobretudo por causa do petróleo (se não para o roubarem, pelo menos para garantirem a fluidez do "ouro negro" em direcção à suas indústrias) e apoiam governos corruptos e tirânicos de modo a que possam explorar o "ouro negro" sem os entraves das considerações sociais e ecológicos. De formas mais subtis (por não serem mediáticas), as multinacionais que comercializam o petróleo têm influências vinculativas nas legislações ambientais, patrocinam a corrupção e a violência organizada e arbitrária.

A guerra contra o Iraque (protagonizada por Bush II) tem custado, desde o seu começo, aos contribuintes norte-americanos 137 milhões de dólares por dia! Mas que importância tem isso, quando as empresas petrolíferas norte-americanas estão a ganhar rios de dinheiro com o petróleo iraquiano? E a comercialização desse petróleo também está associada ao negócio das armas (com Israel, por exemplo).

Isto tudo em nome da "democracia" e da "liberdade"…. Insistem no bloqueio a Cuba, mas isso não os impede as empresas norte-americanas de fazerem negócios com a Coreia do Norte… Quando se trata dos poderosos encherem os bolsos, torna-se irrelevante a coerência política.

Se Cuba assentasse sobre jazidas de petróleo tão ricas como as do Iraque, há várias décadas que tinha sido ocupada pelo exército norte-americano.

Em relação ao petróleo que obtém do Médio Oriente, o governo dos EUA despende mais recursos a assegurar a protecção militar (incluindo as empresas militares privadas) desse combustível, do que as receitas que dele obtém. (Nos anos 90, o governo estadunidense subtraio ao erário público 60 mil milhões de dólares para assegurar que esse petróleo chegava em segurança às suas costas, mas os lucros totais da sua venda foi de 10 mil milhões de dólares anuais.)

A Arábia Saudita é o principal cliente da industria de armamento estadunidense, para além de ter nas suas mãos alguns dos políticos e lobistas de Washington.

O combustível barato é considerado praticamente um direito constitucional nos EUA. Quando Bush II avançou para a 2ª Guerra no Golfo Pérsico, para muitos dos seus compatriotas anónimos que apoiaram esta aventura imperialista era-lhes quase indiferente se o governo lhes mentira sobre a existência de armas de destruição maciça no Iraque, desde que o fluxo de petróleo continuasse abundante e barato no seu país. Como sabemos, enganaram-se redondamente, pois as corporações que mandam em Washington (DC) tiveram lucros inusitadamente obscenos com a guerra e com a venda de petróleo importado, mas os preços do combustível vendido aos estadunidenses disparou em flecha.

Como secretário adjunto de Rumsfeld, Paul Wolfowitz foi um dos principais arquitectos da guerra mais impopular para os NA desde o final do seu envolvimento no conflito vietnamita.
Ao Congresso afirmou que essa sua guerra não iria custar quase nada aos contribuintes NA porque esperava que o petróleo iraquiano rendesse uns 50 a 100 mil milhões de dólares em dois anos, o que deveria ser suficiente para
auto financiar a reconstrução do país.
À revista «Vanity Fair» este homem declarou que as pretensas armas de destruição maciça iraquianas foram um reles pretexto para a invasão do Iraque. «Por razões burocráticas centrámo-nos nessa questão, as armas de destruição maciça, visto ser este o único motivo que granjearia a concordância de todo o mundo» (sic) para uma guerra ilegal. Centenas de milhar de mortos, opressão e tortura de iraquianos, o país à beira de uma guerra civil, bem como o roubo do seu petróleo – tudo por «razões burocráticas»?!

A seguir, Paul Wolfowitz foi promovido a presidente do Banco Mundial, onde não tardou a envolver-se num escândalo por ter atribuído, de forma altamente irregular, um ordenado principesco à sua namorada que também trabalha nessa instituição. Por alguma razão, os média acharam que isso era mais grave do o facto de Wolfowitz não ter qualquer experiência como economista nem nunca ter cultivado valores solidários, o que até condiz com o longo historial de patrocínio de desastres sociais e ambientais; de pura extorsão através das dívidas externas e das taxas de juros; e de constantes atropelos aos ideais de democracia que muitos ocidentais julgam ser um bem adquirido.

Convém não esquecer que Paul Wolfowitz é co-presidente da empresa de armamento «Munitions Industrial Base Task Force» que beneficia de chorudos contratos com o Pentágono. Também foi (e continua a ser extra oficialmente, tal como o sinistro Richard Pearl)

conselheiro de Bush para a política externa em relação a Israel, o que lhe tem dado a oportunidade de lucrar com a venda de armas e programas de treino militar. Mesmo assim, os seus dividendos com as actividades beligerantes do império estão muito aquém dos que tem amealhado (através da empresa Halliburton) o vice-presidente dos EUA, Dick Cheney.

Se a administração Bush, sob o pretexto da “guerra ao terrorismo”, não se tivesse empenhado muito mais em enriquecer obscenamente as empresas que mais poder exercem sobre a Casa Branca (ex.: Halliburton, Bechtel, Lockheed Martin) com uma guerra absurda e ilegal, poderia, com relativa facilidade, ter travado a multinacional de tecnologia nuclear – estritamemnte para fins militares e terroristas - que o Dr. Khan dirigia a partir do Dubai.

O Tio Sam, após o atentado ao WTC, apostou no reforço coercivo da aliança com o Paquistão ao ponto de, nesciamente, subestimar o Dr. Khan.

A cultura do automóvel sérvio inteiramente os objectivos do complexo industrial-militar. A aliança entre os industrias mais poderosos dos EUA – Henry Ford, Rockfeller e Harvey Firestone foi essencial para aimplementação da cultura do automóvel, que , serviu inteiramente os objectivos do complexo industrial-militar. Os referidos grão-capitães da indústria controlavam, respectivamente, a produção de automóveis, combustíveis fósseis e pneus. Não foi apenas a expansão dos transportes públicos que boicotaram, Mas os próprios esforços de guerra dos EUA (nos anos 40), já que forneciam aos nazis petróleo & diesel, borracha sintética, alumínio e veículos militares que escasseavam no seu país, para além de terem financiado a ascenção política de Hitler.

Como é que a dinastia dos Bush conseguiu tanto poder na cena política e corporativa norte-americana? O avô (Prescott Bush) e o bisavô (George Walker)
do actual presidente George Walker Bush foram ambos capitalistas que apoiaram (ideológica e financeiramente) a escalada política de Hitler, desde os anos 20 até ao controlo da Alemanha nazi. Os Bush amealharam uma fortuna à custa do trabalho escravo proveniente dos campos de concentração (incluindo Auschwitz). Mesmo após o termino da guerra, a dupla Walker&Bush estiveram envolvidos na lavagem de dinheiro proveniente de saques aos tesouros nazis
(“ladrão que rouba a ladrão...").

Transcendendo os interesses na indústria petrolífera, a guerra continua a ser um negócio de família para os Bush. William Bush é tio do actual presidente (sendo o irmão mais novo daquele que foi presidente dos EUA entre 1989 e 1993) que, uns meses antes do seu sobrinho tomar de assalto a Casa Branca, aceitou o convite para pertencer ao conselho administrativo da empresa
Engineered Support Systems Inc. (ESSI). Esta fornece uma panóplia de materiais
para o exército (ex.: radares, geradores, blindagens, abrigos para ataques químicos e biológicos, etc...). O "tio Bucky" (como é conhecido pela
família) é um homem de negócios astuto. Com a aproximação da invasão do Iraque, aproveitou para adquirir o máximo de acções da sua empresa, sabendo que isso o faria milionário em pouco tempo. Assim foi. A ESSI tem ganho vários contratos (de dezenas de milhões de dólares) com o exército, não se coibindo de apimentar/fermentar os seus preços (é que, à semelhança do que tem sucedido com a Halliburton, alguns desses contratos foram-lhes entregues
de bandeja, sem passarem por concursos públicos; mais, no Pentágono, a supervisão e aprovação dos mesmos ficou a cargo de alguém que acabou por ser condenada a uma pena de prisão efectiva por ter favorecido fraudulentamente a Boeing. Oficiais do departamento de defesa assinalaram
irregularidades nesses contratos, mas não as consideraram dignas de uma investigação mais aprofundada)
Entretanto, a ESSI expandiu os seus negócios, aliando-se aos governos da Arábia Saudita, de Israel e até da China.
O "tio Bucky" deve dar graças aos céus (e aos seus) por, na lotaria cósmica, não lhe ter calhado um Mahatma Gandhi como sobrinho...


Essa riqueza foi depois investida em negócios do petróleo e finalmente no impulsionar das carreiras políticas dos seus descendentes.
Nos anos (19)30, a América dos ricos estava assumidamente seduzida pela ideologia e metodologia fascista (que foi o laboratório corporativo da pilhagem imoral que estamos a viver à escala global). O presidente Franklin Roosevelt tentou, com o seu programa político denominado "New Deal Administration", tirar o país do buraco financeiro da recessão, fazendo com que os barões corporativos pagassem somas minimamente justas de impostos, apoiou empresas públicas para que estas assegurassem o fornecimento de bens essenciais, aprovou algumas leis de protecção social, nomeadamente aos trabalhadores. Por este motivo, os capitalistas norte-americanos queriam vê-lo fora da casa branca - vivo ou morto! - , não estando dispostos a esperar por novas eleições presidenciais, até porque se arriscavam a que fosse reeleito. Assim, em 1933 (no mesmo ano em que Hitler chegou ao topo do poder estatal, um grupo de conspiradores endinheirados contactou/tentou cooptar o general Smedley Butler, pedindo-lhe que encabeçasse um golpe de Estado que o levaria a ocupar o célebre gabinete oval. (Além de alguma argumentação fascista, entregaram-lhe uma avultada maquia para que reunisse um pequeno exército de mercenários/terroristas.) Mas qual a razão de terem eleito este general para se tornar um ditador-marionete? É que, mais do que ser na altura o "herói de guerra" mais condecorado, o velho Marine tinha um impressionante currículo , utilizando o exército dos EUA com o intuito de, no estrangeiro, preparar o terreno para o controlo financeiro por parte das empresas do seu país. Vale a pena ler a declaração que Butler proferiu numa convenção da Americam Legion, em Connecticut, 1931.
«Passei 33 anos a desempenhar o papel de homem de força de alta roda/classe
ao serviço do Big Business (grande capital), para a Wall Street e para os banqueiros. Em suma, fui um ganster do capitalismo... «(...) Ajudei a limpar a Nicarágua para a International Banking House of Brown Brothers, entre 1909 e 1912. ajudei a tornar o México (...) seguro para os interesses da indústria petrolífera [norte-]americana, em 1916. no mesmo ano, subjuguei a resistência da República Dominicana ao monopólio das empresas de açúcar [norte-]americanas. Ajudei a tornar o Haiti e Cuba sítios decentes para que os rapazes do National City [Bank] aí pudessem sacar dividendos. Ajudei a violar meia dúzia de republicas da América Central para benefício de Wall Street... Na China, em 1927, eu tornei possível que a Standard Oil pudesse fazer as suas conquistas comerciais ser ser molestada... Tinha ao meu dispor óptimos meios de intimidação. Por isso fui recompensado com honras, medalhas, promoções... Poderia até ter dado algumas dicas ao Al Capone. Afinal, o melhor que ele conseguiu foi operar extorsões em três cidades; os Marines operaram em três continentes.»
Felizmente o general Butler não estava interessado em continuar a ajudar os capitalistas mais ambiciosos, e muito menos em derrubar ilicitamente o presidente Roosevelt. Mas, a fim de reconhecer todos os implicados na conspiração, fingiu alinhar com eles, e, uns meses mais tarde, denunciou-os a todos ante a MacCormack-Dickstein House Committee. O golpe de Estado foi, deste modo, frustrado, mas nenhum dos conspiradores multi-milionários e extremamente influentes na vida política (incluindo os responsáveis pela General Motors, pela Du Pont, pelo Morgan bank, pela Good Year e pela JP Millan) foram chamados a depor;
nenhuma sansão legal pesou sobre eles, continuando descaradamente/impunemente a boicotar as políticas sociais de Roosevelt.
Ainda hoje há pelo menos 57 grandes corporações estado-unidenses que fazem negócios (impunemente) com os governos oficialmente declarados inimigos e com todo o género de déspotas.




Quando, em 1908, se descobriu petróleo/crude no Irão, os homens que dirigiam o império britânico exigiram que se intensificasse a sua presença militar no médio Oriente, a fim de se apossarem desse precioso recurso. Poucos como Churchil foram capazes de perceber a importância (num futuro próximo) do petróleo para a economia do império, dando um segundo impulso à industrialização, como o combustível que iria substituir o carvão. Não tardou a que a frota naval britânica abandonasse a tecnologia a vapor, convertendo-se ao petróleo. No final da I Guerra Mundial, um proeminente político Inglês declarou que «os Aliados flutuaram para a vitória numa onda de petróleo!»…

No séc. XIX os recursos naturais e toda a soberania económica do Irão (que ainda se chamava Pérsia) foram vendidos aos ingleses pelo Xá Nasir-al-Din que, mesmo assim, estava permanentemente endividado devido ao seu obsceno hedonismo perdulário, pouco ou nada se importando com as necessidades do “seu povo”. Os iranianos viviam então numa miséria cada vez mais escravizada pelas corporações inglesas.

O Xá acabou por ser assassinado em 1896. Foi substituído pelo seu filho que deu continuidade às políticas desastrosas. (É provável que a história acabe por reconhecer que o feito mais significativo do novo monarca foi, em 1901, ter vendido o direito exclusivo de prospecção e exploração do petróleo iraniano ao britânico William Knox. )

Numa sucessão de governantes ineptos e corruptos, que se transformaram em meros títeres das potências europeias, das quais se destacava a Grã-Bretanha e a Rússia. Os maiores representantes políticos destes dois últimos países, no decurso de uma reunião em S. Petersburgo celebrada em 1907, acordaram dividir entre si o Irão, sem sequer consultarem as autoridades iranianas.

Doze anos depois, Grã-bretanha consumou plenamente as suas pretensões imperialistas no Irão, ao impor o ignóbil/deplorável “acordo” Anglo-Persa, em que se auto atribuíam o direito exclusivo de controlar o exército, o tesouro e as redes de transporte e comunicações iranianas. (Andrew Patrick, 2005)

Tais abusos insustentáveis fomentaram um crescente nacionalismo entre a população oprimida e explorada que começou a organizar a contestação ao controlo do seu país por parte de estrangeiros gananciosos e sem escrúpulos. Inevitavelmente, acabaram por encontrar um “campeão libertador”. Chamava-se Reza Khan e, através de um golpe de Estado militar, tornou-se no exterminador da dinastia dos Xás que leiloaram ao desbarato o Irão. Khan (cuja formação militar tinha sido adquirida nas brigadas cossacas) instituiu um regime de terror, não tolerando quaisquer vozes opositoras. Mas foi também responsável por uma revolução laica e pela modernização (ao estilo ocidental) das infra-estruturas urbano-industriais e ainda pela recuperação de sectores fundamentais à economia nacional que estavam em mãos estrangeiras. A khan deve-se igualmente a mudança de nome do país (de Pérsia para Irão).

Entretanto, eclodiu a II Guerra Mundial e os Aliados encontraram a desculpa perfeita para usurparem o poder a Reza Khan, pois ele tinha-se assumido como simpatizante de Hitler e tinha contas a ajustar com Estaline e os seus sequazes, podendo o Irão servir de base para ataques militares nazis contra a União Soviética.

Em 1941, os ocidentais conseguiram substituir Khan por um dos seus filhos que tinha sido educado em Londres e nem sequer sabia falar a língua oficial do seu país natal. Este iraniano muito british permitiu aos seus amos britânicos continuarem, praticamente sem resistência, com o saque corporativo. Tal levou a um drástico agudizar da pobreza no Irão. O povo definhava com fome e doenças; sem direito a assistência social e ao saneamento básico. Os que estavam empregados na indústria petrolífera não tinham melhor sorte, arrostando um ambiente demasiado insalubre e a rotina exaustiva por salários miseráveis. Para piorar a situação, eram confrontados com as chocantes disparidades socio-económicas da comunidade inglesa que os explorava vivendo em grande luxo.

Os protestos populares eclodiram nas ruas e chegaram ao parlamento iraniano, que, por ser controlado pela força ocupante, falhou em implementar as reformas reivindicadas pelo povo que deveria servir.

Nas eleições de 1951, foi eleito (com quase 100% dos votos!) primeiro-ministro Mohamed Mossadegh. Este homem ferozmente nacionalista tinha ideais socialistas que julgava harmonizar com os verdadeiros desideratos do seu país. Uma das medidas mais impactantes que promulgou quase de imediato foi a nacionalização do petróleo que lhes estava a ser roubado por flibusteiros corporativos.

A Grã-Bretanha moveu diligências traiçoeiras para substituir Mossadegh por outro dos seus vassalos, mas o novo homem forte do Irão respondeu à altura, expulsando do seu país os representantes de Sua majestade a Rainha Isabel, tendo igualmente cortado relações diplomáticas com o império britânico.

Nos EUA, o presidente Harry Truman não pareceu muito perturbado com a revolução iraniana, mas a abordagem do seu sucessor, o general Eisenhower, seria muito diferente…

Vivia-se o início da Guerra-fria. Os espiões ingleses e estadunidenses entregavam aos seus chefes relatórios alarmistas, em que afirmavam que Teerão se estava a submeter completamente aos ditames de Moscovo.

Dwight Eisenhower ficou convencido de que tinha que actuar em conformidade com os apelos de Londres (que já mantinha um sério embargo económico ao Irão). As duas nações que se julgavam os maiores baluartes da “democracia capitalista” uniram esforços contra a expansão do “comunismo” (onde se incluía todos os governos que tomassem medidas proteccionistas contra a predação colonialista das corporações apoiadas pelos governos e exércitos dominantes no Ocidente) . A CIA dirigiu a «Operação Ájax» que dispôs de uma verba quase ilimitada para subornar militares iranianos, intrigar, conspirar, contratar guerrilheiros urbanos, sabotadores, vândalos e agitadores. (A título de curiosidade refira-se que um dos agentes da CIA que teve mais relevância nesta operação foi Kermit Roosevelt, neto do presidente Theodore Roosevelt, que, em 1980, publicou um livro com revelações bombásticas sobre a até aí secreta «Operação Ájax», que poderá ter estabelecido as linhas mestras da política externa estadunidense no que toca ao arranjo de governos ditatoriais submissos às conveniências do seu complexo militar-industrial.)

A 19 de Agosto de 1953 Mossadegh é deposto. Como substituto provisório, foi nomeado (por imposição da Grã-Bretanha) o general Zahedi. Logo regressou ao Irão o Xá Pahlevi (que estava exilado em Roma) a fim de assumir poderes ditatoriais, tornando-se no maior cliente de armas do Tio Sam. Pahlevi instituiu a polícia secreta Savak (inspirada na Mossad israelita) que perseguiu impiedosamente toda a oposição. Devido a pressões ocidentais bem como ao gosto por um estilo de vida que tinha adquirido no estrangeiro, o novo Xá, em 1962, conduziu umas políticas destinadas à laicização muito forçada da sociedade. A par da sua «revolução branca» (destinada a favorecer a elite urbana em detrimento da maioria pobre que habitava as zonas rurais, tendo como resultado a ruínas da agricultura, o êxodo rural, os bairros da lata e a pobreza mais pungente), tirou poderes aos líderes religiosos e proibiu o uso do véu nas mulheres. Uma escola islâmica tentou resistir a estas medidas, mas foi tomada de assalto pelas forças armadas - que mataram 70 estudantes. (Stephen Kinzer, 2004)

Até á deposição de Mossadegh, a generalidade dos iranianos admiravam e simpatizavam profundamente com os estadunidenes, mas a situação inverteu-se por culpa de Washington.

Estavam criadas as condições para uma revolução de cariz nacionalista e islamita. E foi o que aconteceu em 1979.


Iraque

Voltando atrás, a descoberta do petróleo iraniano no início do séc. XX levou à intensificação das prospecções no Iraque, e todos estavam convencidos de que era só uma questão de tempo até as jazidas do "ouro negro" iraquiano fossem alcançadas.

Em 1909, a corporação «Anglo Persian Oil» passou a controlar a

exploração dos poços de petróleo naquela região, sempre com os seus
interessem bem defendidos pelo exército britânico. Antes da I Guerra mundial
oficialmente ser iniciada, Londres já tinha elaborado um plano para conquistar
o sul do Iraque, por ser aí que tinham encontrado petróleo em abundância e
facilmente acessível.
Em 1914 as tropas britânicas (que dispunham de tecnologia de destruição
inigualável) ocuparam Bassorá. Dois anos depois conquistaram Bagdá, e
passados outros dois anos foi a vez de Mosul capitular também. Os otomanos
turcos foram os mais castigados por esta invasão e usurpação dos seus
recursos naturais. As mais altas hierarquias do exército invasor insistiram em
afirmar-se como "libertadores", e justificaram o seu domínio imperialista
como condição sine qua non para que as nações muçulmanas se tornassem
civilizadas... A história repete-se com a dinastia Bush.

O movimento árabe, subjugado pelos turcos, ansiava pela libertação e os seus líderes sentiam-se preparados para formar nações independentes.

O célebre lawrence da Arábia,como agente especial do exército britânico, ajudou a coligação de tribos árabes a derrotar o império otomano. Por mais que admirasse os seus companheiros de guerrilha no deserto. Lawrence sabia que os estava a trair, pois os seus superiores hierárquicos na longínqua Inglaterra não tinham a menor intenção de cumprir as promessas (de reconhecimento da autodeterminação) feitas aos árabes.
Na Conferência de Paz de Paris, a França e a Inglaterra dividem entre si o
Médio Oriente e parte de África. O Iraque e a Palestina fizeram parte do
saque britânico, o que levou a revoltas um pouco por todo o mundo árabe,
sobretudo por parte dos iraquianos que estavam saturados dos abusos
colonialistas. O exército britânico conseguiu esmagar essas revoltas, mas a
situação tornara-se insustentável (e militarmente controlável) por muito
mais tempo. Então o império resolveu colocar à frente do Iraque o Rei
Feisal, que era um árabe pró-britânico e com maiores ambições de riqueza
pessoal do que inflamado por um nacionalismo árabe.
Em 1932 o Iraque é reconhecido como um Estado independente. A fortuna pessoal do Rei Feisal crescia à conta das negociatas do petróleo com os seus senhores do Reino Unido, e de uma forma proporcional às clivagens/assimetrias sociais
que enfraqueciam a sociedade iraquiana.
Sucedeu-o no trono o seu filho Feisal II. Mas este reinou por pouco tempo. Em 1958 um golpe militar, liderado pelo general Kassin, toma conta do governo e
executa o rei deposto. Para surpresa tanto da maioria dos iraquianos como da
comunidade internacional, Kassin tenta implementar reformas radicais, com
destaque para a distribuição mais equitativa da riqueza (contemplando uma
reforma agrária) e para a emancipação das mulheres. Tal pareceu demasiado
liberal e socialista para as alas mais conservadoras que se juntaram no partido
Bahas (onde já militava Saddam Hussein).
Os EUA secretamente apoiaram este partido, temendo que o Iraque se convertesse
na Cuba do Médio Oriente e lhes atrapalhasse os negócios do petróleo e das
armas. Deu-se então outro golpe militar, que fez rolar a cabeça de Kassin.
Foram estes eventos que , em 1979, possibilitaram a ascensão até à cúpula
do poder iraquiano e à consequente implantação de um regime totalitarista
sangrento protagonizado por Saddam Hussein. Como este serviu os interesses de
Washington durante muitos anos, teve todo o apoio dos que recentemente o
depuseram. Saddam vendeu-lhes todo o petróleo que a Casa branca desejou, além de se ter tornado um óptimo cliente da indústria de armamento e da
implementação de grandes infra-estruturas em projectos de construção em grande escala...

.

Durante a década de 80 o Iraque de Saddam Hussein envolveu-se numa longa guerra como Irão do Ayathola Komeini. Estas nações ficaram devastadas. A perda de vidas e de recursos materiais foi imensa. Os EUA apoiaram Saddam Hussein (tendo, inclusive, lhe facilitado armas de destruição maciça e informações que os serviços de espionagem militar do Tio Sam obtinham sobre o Irão). Mas o ditador iraquiano estava desesperado por mais dinheiro para vencer a guerra e concluiu que a melhor maneira de o obter seria invadindo o Kweit para poder apropriar-se e negociar o petróleo que esse pequeno país possui. Foi um erro estratégico grave, pois nem os EUA aprovaram essa invasão militar. Liderando uma coligação internacional, os EUA de Bush I derrotaram o exército iraquiano, mas deixaram Saddam no poder.

«Desde 1973, a todo o choque petrolífero tem correspondido ou tem-se seguido uma guerra.» - Stan Goff (2003)


Os estadunmidenses vêm o petróleo como um recurso fundamental para a sua economia e para a
manutenção da sua política imperialista assente num poderoso complexo industrial-militar. O facto da maior parte do petróleo se encontrar noutros países é visto como um mero acidente. De forma semelhante, embora num plano mais espiritual, era assim que os cristãos da Europa medieval viam Jerusalém.

Os EUA detestam os sauditas porque estes têm o petróleo que os primeiros querem e que, no fundo, julgam ter o direito imperialista de se apossarem desse
preciosos recursos porque estão convencidos que são uma civilização superior (assim como a família real saudita acredita que Alá lhes deu o petróleo para dominarem financeiramente o mundo.)


Mas como os EUA ainda não tiveram pretextos suficientes (aos olhos da opinião pública mundial - incluindo grande parte da população do seu país ) para invadirem e controlarem militarmente aquele país (pese embora a presença
militar NA junto dos poços de petróleo do Médio Oriente seja fortíssima), têm sido obrigados a fazer acordos secretos. O mais
importante dos quais foi a jogada dos petrodólares. Também vendem muito armamento aos sauditas (que, um dia, poderá vir a ser utilizado contra as tropas do Tio Sam...) e para eles arranjaram uma clausula (única no mundo)
imposta ao Conselho de Segurança da ONU que isenta a Arábia Saudita de qualquer inspecção às suas unidades de produção (para fins militares e/ou civis) de energia nuclear e consequente combustível e resíduos radioactivos.
Washington não tem poupado esforços para, na cena internacional e nos média NA, proteger os xeiques das acusações de violações dos direitos humanos.

A maioria dos figurões – incluindo os presidentes – que ocuparam a Casa Branca nos últimos 25 anos, estão a trabalhar para os sauditas…

É paradigmático que o primeiro acordo comercial de vulto (celebrado em finais dos anos 50) assinado entre Cuba e a União Soviética (e que, previsivelmente, provocou a corte de ralações diplomáticas e comerciais entre Fidel Castro e o Tio Sam) foi precisamente a troca de açúcar por petróleo.

Na entrada da década de 90, a Somália vivia um conflito armado que tinha transformado esse país num imenso campo de batalha onde imperava o ensandecido caos dos assassinatos perpetrados pelos senhores da guerra - que se tinham multiplicado numa miríade de milícias e clãs rivais, e aprendido a fazer das mortes arbitrárias um negócio “familiar” e um “desporto”. As organizações internacionais somaram um milhão de mortes violentas –a violência das armas aniquilava os somalis também de forma indirecta, empurrando 4 milhões para o abismo da fome. Todos sentiam que a situação era inadmissível, e as NU decidiram abrir um precedente no Direito Internacional, invocando o direito de ingerência na soberania de um Estado, para salvar a sua população de morte certa.

A experiência não correu bem para as NU, mas foi cumprida a principal missão dos Marines: a de proteger os interesses das companhias petrolíferas norte americanas (ex.: Chevron, Amoco, Conoco e Philips) na Somália.


O petróleo é muito mais que um simples combustível. É sabido que as nações
que controlam o petróleo têm também a supremacia sobre a economia global.
Quando em 1972 os EUA (na altura liderados por Richard Nixon) desvincularam o dólar do ouro bem como as suas taxas de câmbio fixas, mudaram radicalmente as regras da economia global. (Esse é ainda hoje um plano bastardo, mas cuja paternidade, não assumida, se atribui principalmente a Henry Kissinger.) As outras
moedas estrangeiras passaram a ter como principal referência a divisa
norte-americana.

Seguidamente (em 1973) o governo NA desvalorizou o dólar, o que foi igualmente fundamental para consolidar a sua influência no economia internacional como o fulcro das políticas neoliberais que actualmente dominam o mundo.

Em pouco tempo os EUA liquidaram as suas dívidas (maioritariamente contraídas com a guerra do Vietname) junto dos credores europeus e asiáticos – que são também os seus principais rivais comerciais, mas que foram subjugados e ultrapassados pelos petrodólares numa altura em que ainda não se tinham refeito do choque petrolífero do início dos anos 70.

Isso tornou o jogo especulativo e extorcionista da gestão das
dívidas externas um pesadelo ainda maior para os países pobres (para tal concorreram as imposições do FMI e do BM, o aumento do preço do petróleo, e a ambição e estupidez de ditadores corruptos do Hemisfério Sul), mas deixou os EUA numa posição muito confortável em relação à sua própria dívida
externa. O império acabaria por ser vítima do excesso de confiança e das suas ambições imperialistas, pois desde 1985 que as várias administrações em Washington deixaram que o défice comercial do seu país crescesse exponencialmente até ultrapassar os 3 triliões de dólares, enquanto que a sua dívida pública ascende aos 6 triliões.

A emissão de divisas pelo Tesouro dos EUA tornou-se um negócio em
si. E muito rentável, tendo em conta que os seus parceiros comerciais lhes
dão garantias de que só negoceiam em dólares. O governo dos EUA tem , assim, o poder de emitir as suas notas verdes à medida das suas necessidades que há sempre quem as compre.

Os EUA deverão absorver até 80% da poupança mundial

Desde os anos 70 que os petrodólares têm sido a divisa obrigatória para as nações dependentes do petróleo pagarem as suas contas energéticas – a taxas mais elevadas do que as que cabem aos EUA. Por mais dólares que imprimam, há sempre clientes que os compram. E nem sequer se têm que preocupar com a sua circulação, pois esses dólares «retornam a casa (via Arábia Saudita et al) para serem investidos em títulos de Tesouro e em imobiliária.» (Stan Goff, 2003)

Washington tinha-se precavido, fazendo um acordo decisivo com a Arábia Saudita. O Departamento do Tesouro e a Reserva Federal de Nova Iorque facultaram à Arábia saudita a aquisição de obrigações do Tesouro e outros instrumentos financeiros nos EUA com a condição de
que essas transacções fossem efectuadas com dólares provenientes da venda do petróleo. Esta manobra financeira conseguiu abortar quaisquer tentativas por parte dos emires de procurarem outros acordos comerciais mais vantajosos que pudessem ser prejudiciais para a economia dos EUA, pois isso significaria deitariam a perder os seus próprios activos investidos em terras do Tio Sam.

Pouco depois, a OPEP subscreveu esse acordo. Assim, os EUA
conseguiram instaurar a ditadura financeira dos petrodólares. Nas palavras do jornalista Alejandro Nadal: «qualquer tentativa por parte dos países
exportadores de petróleo de saírem dessa camisa de forças, é vista pelos
EUA como uma declaração de guerra.» (La Jornada, 2004)
Como parte do acordo, o regime saudita beneficia da protecção militar dos EUA, sendo permeável às ingerências políticas dos "amigos americanos"(cujo
governo apoia a sua plutocracia despótica, fomenta a corrupção e, em grande
medida, assegura que os média norte americanos não se pronunciem sobre os
abusos de poder e as desigualdades sociais/injustiças sociais que se cometem no país do ouro negro).

As guerras contra o Afganistão e contra o Iraque foram também (ou mais do que tudo) um claro aviso (particularmente ao Irão e ao governo saudita, mas também à Síria, ao Egipto e à UE) de que qualquer tentativa de insubmissão a Washington será punida de igual forma.

Entretanto, de forma algo sub-reptícia, têm mobilizado a sua enorme

máquina militar (cujo orçamento triplica o da U E, superando o das outras 15 economias mais fortes) para cercar a Rússia, montando bases em antigas repúblicas da extinta URSS – onde quer que haja petróleo e/ou gás natural, ou onde seja necessário fazer passar oleodutos e gasodutos explorados por corporações estadunidenses. Os russos estão a sentir-se acuados… E têm um longo historial de reagir com violência sempre que tal acontece… As bases para mísseis de longo alcance que os EUA, através da NATO, estão a implantar na Polónia são encaradas pelos russos como uma provocação e uma ameaça insuportável…

«A perda do domínio económico e ideológico e a sua substituição por uma hegemonia exclusivamente militar, é uma situação característica das potências em declínio.» - Immanuel Wallerstein


A II Guerra no Golfo Pérsico pode ser encarada como uma advertência à OPEP, mas também à U E para que esta não tente arruinar-lhes o esquema dos petrodólares com o Euro.

Um dos países vizinhos que melhor compreendeu esse recado e agiu em conformidade com a vontade do senhores do mundo, foi a Líbia.

Apesar de ainda estar incluída na lista de países que Washington (DC) considera como financiadores de actividades terroristas, há muito que Mohammar Kadhafi deixou de ser o mau da fita para os ocidentais, delegando as maiores responsabilidades de governação ao seu filho. Este aceitou os termos das negociações “propostas” pelos governos do Sr. Bush Jr. E do Sr. Blair: em troca do levantamento das sanções contra o seu país e do “apoio tecnológico e militar” (os sauditas conhecem bem o verdadeiro teor destes acordos de cooperação...), Khadafi Jr. entregou às companhias norte-americanas a quase totalidade das licenças de exploração do petróleo líbio, para além de também renunciar ao um programa de armas de destruição maciça que se baseava em tecnologia nuclear com fins militares adquirida (por 100 milhões de dólares) à empresa do paquistanês Dr. Khan.

Sabendo que as economias dos seus países não poderão suster mais guerras pelo petróleo no Médio Oriente, mesmo reafirmando uma postura intimidatória, Bush & Blair tiveram que acertar agulhas , defendendo/encetando uma estratégia conjunta sobre as políticas de energia e de negócios estrangeiros que melhor sirvam os interesses dos que detêm o poder nos seus países. (Como é hábito, dessas reuniões participaram altos representantes das companhias petrolíferas suas compatriotas.) Uma das principais conclusões a que chegaram é que ainda há muito petróleo para explorar em África. O “continente negro”, apesar da instabilidade político-militar crónica irá, pois, ser alvo do intensificar de movimentações político-diplomáticas e militares por parte da aliança predatória mais poderosa do mundo.

Calcula-se que o orçamento militar dos EUA seja entre 380 e 400 mil milhões de dólares (mmd), 60 mmd dos quais são destinados a operações no Golfo.

Mantêm bases militares (com um poder bélico tão sofisticado quanto devastador) por todo o Médio Oriente, sendo que as mais importantes estão sediadas em Riyadh/Riade e no Qatar. O exército NA tem pleno controlo (terrestre, marítimo e aéreo) sobre sobre as maiores jazidas de petróleo.

O clima de guerra fria mantido ente quase todos os Estados do Médio Oriente é, pelo menos desde a década de (19)70 estrategicamente dirigido pelos EUA, que assim puderam vender todo o armamento que quiseram e ao mesmo tempo levar para casa o precioso petróleo, que também é partilhando com Israel - o seu principal aliado político-militar e um dos maiores clientes de armas e de serviços fornecidos pelo Pentágono e pelas empresas militares privadas estadunidenses (que têm ao seu serviço assassinos que serviram nas mais sangrentas ditaduras que Washington ajudou a implantar e manter…) .

Quando , na década de 70, as tropas estadunidenses foram mobilizadas em força para aquela região problemática, os sauditas provavelmente acreditaram que os americanos, mais do que bons clientes, estavam ali para os proteger (dos seus vizinhos, do seu povo descontente e oprimido, e das acusações de autocracia e de corrupção por parte da comunidade internacional) – até forneceram aos árabes o material bélico que eles pediram (ex.: mísseis Stinger, caças F-16, etc…)

É esta situação que causa tantos pruridos e ataques
coléricos (capazes de lhe desfigurar o ar cândido e professoral) a Bin Laden, acusando Rihad de ser cúmplice de Washington e de trair a "causa
islâmica" . (Por alguma razão a
maioria dos terroristas que alegadamente atacaram o WTC a 11 de
Setembro de 2001 eram sauditas…)


Os EUA conhecem bem o calcanhar de Aquiles do seu sistema monetário e
financeiro. Por exemplo, se a OPEP e a China decidissem amanhã efectuar a
totalidade das suas transacções comerciais em euros, a economia NA aluiria
num instante. Os Yankees têm andado assustados com alguns sinais de
rebelião.

Em 2000 o banco central do Iraque converteu grande parte das suas reservas em dólares por euros.
Depois foi o programa das Nações Unidas denominado «Alimentos por Petróleo», que se destinava a aliviar o povo iraquiano das agruras de 11
anos de embargo internacional, que os estava a matar lenta e silenciosamente.
Contra a vontade dos governo dos EUA, em 2002 o Comité de Sanções das NU em conjunto com banqueiros franceses conseguiram que fosse desbloqueada um conta
bancária (no valor de 10 mil milhões de dólares) que o governo de Saddan
Hussein tinha aberto no banco BNP Paribas, com a condição de que fosse
convertida em euros. A operação financeira saldou-se num sucesso para todas
as partes implicadas, até porque a jovem moeda europeia nesse ano cresceu 17%
em relação ao dólar. Por seu turno, a China e a Rússia começaram a fazer
jogo duplo entre o euro e o dólar nos seus negócios de divisas (convém não
esquecer que a China comprou uma parte considerável da dívida pública norte americana)
Os economistas de todo o mundo estavam atentos e perceberam a mensagem. Nesse mesmo ano, a Coreia do Norte (cujo tresloucado ditador se delicia a gozar perigosamente com os governantes de Washington) anunciou que passaria a efectuar todas as suas
transacções comerciais com o estrangeiro tendo como referência o Euro. O
presidente da Venezuela, Hugo Chávez, seguiu-lhe o exemplo, mas como, ao
contrário do que King Jong Il se vangloria, não tem à sua disposição um arsenal nuclear,
viu-se a braços com um golpe de Estado (que, felizmente, não vingou por
vontade popular) patrocinado pelos EUA.

Venezuela (que é membro da OPEP) desanexou-se parcialmente do sistema
de petrodólares, ao efectuar transacções comerciais de troca directa entre o
seu petróleo e outras mercadorias importadas.
A Rússia, a China, o Canadá, a Formosa, a Coreia do Norte e a Malásia
procuraram um lugar ao sol na zona euro, convertendo parte das suas reservas de divisas estrangeiras em euros. No caso da Malásia, este país resolveu
substituir o dólar pelo dinar islâmico, e apela às outras nações
muçulmanas para que façam o mesmo. Isto pode perturbar os mercados
financeiros sobretudo porque os bancos centrais do ocidente têm deixado esvair
para a Ásia as suas reservas de ouro.

Logo no início da II Guerra do Golfo Pérsico, os países exportadores de petróleo membros da OPEP não acharam a menor graça a terem perdido 100 mil milhões de dólares devido à desvalorização do dólar. As perdas foram ainda maiores, se considerarmos que 45% das
importações desses países provém da U E. Nunca Washington se viu obrigado a
mobilizar tantos diplomatas e militares para o Médio Oriente, defendendo a
todo o custo a supremacia dos seus petrodólares, o apropriamento e o afluxo do
petróleo. De outra forma, a administração de W. Bush enfrentar-se-ia a uma
recessão económica muito maior do que lhe custa suportar uma guerra e todo a aparato militar que estabelecem
onde quer que haja petróleo em abundância para as suas corporações
explorarem.

Nem a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) nem a China "morrem de amores" pelos EUA, e vice-versa. Não é,
de todo, improvável que a OPEP na próxima década passe a cotar o seu crude
em euros. A E U tem uma economia mais estável que os EUA, nomeadamente no que
se refere às contas externas (os Norte americanos perderam o controle ao seu
galopante défice de contas correntes) e ao volume de negócios no panorama
mundial. Com o alargamento da E U esta tornou-se no mercado mais aliciante para a OPEP.

Nas próximas décadas, a China poderá tornar-se o principal competidor dos
EUA pelo petróleo no Médio Oriente, sendo de salientar que qualquer país
asiático neste momento está em melhor posição de fazer alianças com o
Irão e com o Iraque. Mas as pretensões de hegemonia económica da China não prevalecerão a longo prazo, pois optou por um desenvolvimento não sustentado, ao desprezar as capacidades reais (renováveis) dos recursos naturais; ao estarem excessiva e exponencialmente dependentes de fontes energéticas extremamente poluentes e não renováveis; ao não respeitarem os direitos humanos e quererem manter os salários muito baixos; e por não perceberem que a superprodução atinge o seu pico rapidamente e que, a partir daí, as taxas de lucro entram em queda livre, segue-se o desemprego,a perda de receitas fiscais, etc….



A U E não tem sabido aproveitar esta vulnerabilidade do império americano, temendo o velho adágio metafórico que diz que «se os EUA espirram, o resto do mundo
constipa-se.» Para os economistas do "resto mundo", esta advertência
continua tão horripilante como o "bicho-papão" que vivia nos seus
guarda-fatos quando eram crianças.

O dólar continua a constituir o grosso das reservas financeiras e de pagamento de muitos países – e isso faz com que tenhamos tantos temores e desvelos pela saúde do dólar; ninguém que ver-se forçado a vender ao desbarato as suas reservas no mercado internacional de divisas. Ademais, a desvalorização do dólar (em relação ao euro) prejudica imenso as exportações da U E.

«O Banco de Portugal disponibilizou (relatório de 2001) 433 toneladas, ou seja
70% das suas reservas de ouro para transacções de empréstimo ou troca,
contribuindo, segundo as orientações do FMI, para defenderem o dólar face
ao anterior padrão monetário internacional (a cotação do ouro também não
foge à denominação em dólares!).» (Rui Namorado Rosa, 2004)
Para a U E e a OPEP acabarem com a hegemonia dos petrodólares, seria
indispensável que o Reino Unido e a Noruega (os maiores produtores europeus de crude, no Mar do Norte) aderissem ao euro. (Disso deu conta o director do
Departamento de Análise de Mercado Petrolífero, Javad Yarjani, no discurso
proferido aquando da reunião de Madrid em Abril de 2002.)
A queda do império americano é inevitável e muitos economistas e estadistas
julgam que está para breve. Assim, o eixo Paris-Berlim-Moscovo tem estado
agitado em manobras de bastidores para não deixar os EUA tomarem de assalto a OPEP. (Rui Rosa, 2004)


Deveríamos questionarmo-nos se a U E não quer vencer financeiramente os EUA
para fazer as mesmas asneiras (nomeadamente reger-se por políticas
absolutistas, ou mesmo imperialistas). O melhor seria mesmo procurarmos e investirmos em energias
renováveis e em tecnologias muito menos poluentes - esse é um mercado com
maiores perspectivas de lucros simplesmente porque é já a maior preocupação de sobrevivência para toda a população mundial.


Os EUA Já não olham com tanto desdém o euro (que logo apelidaram de "dólar europeu") Desde que o petróleo continue a jorrar em abundância e desde que mantenham a soberania dos petrodólares, a desvalorização da sua moeda em relação ao euro não os preocupa em demasia. Isso até favorece as suas exportações e dificulta as da U E, que é a sua principal concorrente comercial. Bush & C(I)A Lda. estão confiantes de que quem paga o défice é a classe média (os trabalhadores por conta doutrém) do seu país, não as corporações e os
milionários que mandam na Casa Branca. Se for necessário, corta-se na despesa
pública e sobem-se as taxas de juros, mas reduz-se a contribuição
fiscal dos ricos...

Durante o primeiro mandato de W. Bush, o preço do barril de petróleo passou de 20 para 50 dólares. Pouco tempo depois de Bush ter sido reeleito, o preço desse cobiçado produto alcançou os exorbitantes 70 dólares por barril.

A crise petrolífera vivida em 2004 (o light sweet crude atingiu a cifra recorde de 55 dólares por barril e o Brent subiu 34%) deveu-se a crises político-corporativas na Rússia, na Nigéria, à guerra no Iraque e às demamandas energéticas da China. Em 2004 este país aumentou as suas importações de petróleo superou as 100 milhões de toneladas (em relação ao ano anterior). As empresas petrolíferas chinesas estão a lutar pela exploração do petróleo com tanta ou mais agressividade do que as corporações ocidentais.

Nos EUA, não é só a indústria e os transportes que dependem do petróleo barato e da soberania dos petrodólares; é todo o «american way of life»; é toda a economia baseada na relação entre o capital industrial e o capital financeiro (especulativo) que está em causa. O petróleo é o sangue de um super organismo decrépito e gangrenado que recusa ser amputado e nem sequer procura a “medicina” das energias alternativas compatíveis por incompatibilidade com o seu sistema económico , industrial e político com vocação imperialista.

Nas entranhas do Iraque encontra-se um décimo das reservas mundiais de
petróleo, apenas superado pela Arábia Saudita . Como afirmou Henry Kissinger « o petróleo é um bem demasiado precioso para ser deixado nas mãos dos árabes». (The Guardian, 29 Nov. De 2001).

Estas são as verdadeiras razões das guerras no Golfo Arábico-pérsico protagonizadas pelos EUA. A caça a Bin laden e aos núcleos da Al Qaeda é um mero pretexto há muito aguardado, e nada tem a ver com o desmantelamento das imaginárias armas de destruição maciça e muito menos com a libertação dos povos oprimidos.

Em 1973 Rumsfeld tornou-se o representante máximo dos EUA na NATO. Um ano depois, durante o conturbado período em que Richard Nixon, devido ao escândalo «Water Gate», foi obrigado a passar o “ceptro” a Gerald Ford, Rumsfeld é tido como o homem que verdadeiramente dirigiu o país, assumindo a chefia do Estado Maior da Casa Branca, para logo se tornar o Secretário de Estado mais jovem da historia daquele país (com uma democracia muito sui generis…).

Donald Rumsfeld (Secretário da Defesa da Administração W.Bush e acérrimo defensor das guerras contra o Iraque) em 1983 deslocou-se a esse país para se reunir pessoalmente com Saddam Hussein. Ao ditador iraquiano vendeu armas biológicas e químicas (as mesmas que foram usadas maciçamente contra os curdos e contra os iranianos ) e até lhe concedeu um empréstimo para as poder adquirir.

Esta é uma prática comum para o governo norte-americano desde a segunda Guerra Mundial e independentemente do partido que ocupa a Casa Branca. A venda de armas a regimes perigosos e a terroristas é uma importante fonte de lucros para o complexo industrial-militar, e os juros que cobram aos empréstimos que concedem aos seus clientes de armas são igualmente lucrativos. O pavor de um ataque biológico aos EUA, após o 11 de Setembro, que se apoderou da sua população, é justificado na medida em que,segundo apuraram comissões de inquérito (para apurar a responsabilidade do governo nos atentados às torres gémeas) baseadas em documentos do Congresso e do Centro para a Prevenção e controlo de Doenças (CDC), os EUA forneceram ao Iraque e a Bin Laden armas biológicas e a capacidade de produzir em larga escala micro organismos patogénicos como a bactéria do antrax e o bacilo da peste bubónica.«+«+«+«+

«+«+«+«+ A queda das torres gémeas teve um efeito psicológico muito maior do que a tragédia das milhares de vidas humanas perdidas nesse ataque terrorista. Em seguida o pânico de um ataque biológico apoderou-se de toda a sociedade norte-americana, bastando para tal o envio de umas poucas cartas contendo antraz.( Muito provavelmente quem perpetrou este atentado terrorista – o primeiro conhecido que recorreu a armas biológicas nos EUA – é alguém ligado ao Pentágono…O principal suspeito é o Dr. James Hatfield,) . "Apenas" morreram três pessoas das dezenas que foram contagiadas. As autoridades sanitárias não dispunham de medicamentos em quantidade suficiente para fazer frente à procura. Foi nessa altura que o governo provou do seu próprio veneno. Tanta pressão (junto da OMC) a Casa Branca tem feito para proteger os "direitos de propriedade intelectual" (TRIPS) da sua indústria farmacêutica (que, entre muitos outros crimes contra a humanidade, tem deixado morrer milhões de seropositivos só para especular os preços – demasiado elevados - dos seus medicamentos anti retrovirais, chantageando os governos dos países mais afectados) que certamente que jamais passou pela cabeça daqueles políticos perversamente gananciosos verem-se confrontados com os problemas que tem fomentado nos países pobres. É que a Bayer vendia cada comprimido contra o antrax/z (medicamento conhecido como Cipro) a 7 dólares, e, graças a Bin Laden, preparava-se para arrecadar lucros astronómicos na América do Norte apenas com esse medicamento que milhões procuravam. Mas, como os EUA não são Moçambique, o governo encurralou a Bayer com a ameaça de que iriam produzir genéricos do Cipro se aquela empresa não baixasse drasticamente o seu preço. A Bayer passou a cobrar 1
dólar por cada unidade do medicamento (não deixando de ter elevados lucros)...

Se estas informações são capazes de provocar indignação a qualquer pessoa decente, imagine-se o que foi obliterado dos documentos facultados aos outros representantes do Conselho de Segurança (das NU) e dos governos dos países aliados dos EUA. É que, durante o período preparatório para a guerra, o governo dos EUA juntamente com as NU intimaram o Iraque a elaborar um declaração com o inventário rigoroso de todas as suas armas e dos processos relativos à sua aquisição. Uma vez concluído, o relatório foi directamente para os serviços de “inteligência” norte-americanos. O documento entregue pelas autoridades iraquianas continha originalmente 12 mil páginas, mas quando os serviços secretos do Tio Sam o puseram a disposição dos seus aliados políticos, a dieta de censura tinha-o emagrecido para 3500 páginas.

Em sintonia com os mais altos inspectores para as armas das NU, a Própria CIA (Central Intelligence Agency) declarou oficialmente que o Iraque não constituía uma ameaça para o Ocidente, advertindo ainda que «um ataque das forças armadas norte-americanas ao Iraque traduzir-se-á numa maior fonte de ameaça para a segurança nacional»(sic). Mas havia outros intreresses com maiores prioridades do que a segurança dos EUA. Como declarou ao Washington Post (15 Set. 2002) o antigo director da CIA, James Woolsey, em relação à oposição à guerra por parte da maioria dos países que têm assento permanente no Conselho de Segurança das NU, «é muito claro: a França e a Rússia também têm companhias petrolíferas e outros interesses [comerciais] no Iraque. Deveríamos esclarecê-los de que, se nos ajudarem a derrubar Saddam, faremos o nosso melhor para assegurar que o novo governo e as corporações americanas trabalhem com eles» (sic). Mas os governos que não alinharam nessa guerra – contra o Direito Internacional – estão cientes que os yankees tudo farão para afastar do Médio Oriente a concorrência das empresas petrolíferas (que já lá actuam ) francesas, italianas, russas, chinesas, entre outras.

Colin Powell, perante a Comissão de Relações Externas do Senado (6 de Fev. de 2003) não esteve com rodeios sobre quais os reais motivos da guerra: «O sucesso da guerra no Iraque poderia fundamentalmente redesenhar a região de uma forma poderosa e positiva que fortalecerá os interesses dos EUA.»
Num documento intitulado «The Geopolitics of Energy Into the 21st Century» («A Geopolítica da Energia Rumo ao Séc. XXI») pode ler-se: « o petróleo alimenta o poderio militar, os tesouros nacionais e a política internacional. Já não é uma matéria prima, objecto de venda e de compra nos limites tradicionais da balança da oferta e da procura. Pelo contrário, transformou-se em factor essencial do bem-estar, da segurança nacional e do poder internacional.» É elucidativo. Mas o que é que faz este documento tão relevante? É que foi redigido (em 2001) por um grupo de trabalho que integrava membros do Congresso e do Instituto Americano do Petróleo, assim com directores-executivos das maiores corporações petrolíferas, nomeadamente a ExxonMobil, a Shell, a Texaco, a BP e a Arco. E quem é que convocou esses senhores? O próprio Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), onde Henry Kissinger tem lugar cativo na qualidade de membro-fundador e que muitos analistas supõem ter concebido o plano dos petrodólares e do respectivo domínio militar, económico e político dos países com as maiores quotas “produtoras” e exportadoras de petróleo.(Não há nenhum país que produza petróleo, pois este é um combustível fóssil que demora milhões de anos a ser formado; limitam-se a extraí-lo e a vendê-lo.)

Lóbi do petróleo na administração de W. Bush
Começando pelo Presidente, entre as várias empresas que o seu papá e os seus amigos industriais lhe entregaram para ele brincar aos executivos, acabando por levar a maioria delas à falência, estava a companhia petrolíferas Arbustos Oil – que tem a particularidade de ter sido fundada por Bush sénior e, pasmem! , pelo irmão mais velho de Bin Laden!... A Arbustos Oil foi depois rebaptizada como Bush Exploration, e, em 1984, acabou por se fundir à Spectrum. Posteriormente, após a venda da Spectrum à Harken
Corporation, foi-lhe oferecido o cargo de director nesta última empresa.

Bush II ainda nem tinha tido tempo de aquecer a sua poltrona na sala oval e já tinha ordenado a redução (para metade) da verba do orçamento de Estado destinada a apoiar a investigação das energias renováveis.


A Secretário de Estado, Gale Norton, como advogada, representou várias empresas petrolíferas (ex.: Delta Petroleum) bem como a ONGA fajuta de advogados republicanos”ambientalistas” ( a Mountain Stages Legal Foundation), que tem como sócios fundadores a Ford Motor Company e a BP Amoco.

Quando em 1996 se candidatou (com sucesso) ao cargo de senadora do estado de Colorado, uma coligação de indústrias energéticas apoiou-a com 500 mil dólares (e não deram o seu dinheiro por mal empregue).

Como membro do governo Bush, usou ainda os seus conhecimentos casuísticos e a sua influência política para declarar inconstitucional a Lei das Espécie Ameaçadas++++ e deu pareceres legais negativos em relação à Lei Nacional de Protecção Ambiental .

++++ De referir que a Endangered Species Act (que data de 1973) serve de base para toda a legislação ambiental nos EUA.

Bush filho foi o Presidente que menos espécies deixou que fossem incluídas na lista de espécies ameaçadas mais carentes de medidas de protecção (25 nos seus primeiros 3 anos de mandato, e estas foram todas por imposição do tribunal), começando pelos respectivos habitats.

Bennet Raley foi um dos políticos do Senado que mais se insurgiu contra a Lei das Espécie Ameaçadas, e por isso foi nomeado Secretário-adjunto do Interior para as Águas e a Ciência.

Gale Norton já tinha assumido funções semelhantes durante a administração de Ronald reagan.

O Secretário do Comércio, Don Evans, foi presidente e COE da Tom Browm Inc. e director/Presidente do Conselho Administrativo
da TMBR/Sharp Drilling. Foi ainda o responsável pela “fatia de leão” dos fundos de apoio à candidatura de W. Bush (aquando do seu primeiro mandato)

Um dos mais conhecidos lobistas ao serviço das indústrias do petróleo e do carvão, Steven Griles, foi nomeado por Bush II para vice-secretário do Interior.

Há muitos anos que Griles representa, como chefe dos lobistas, várias indústrias de petróleo, do gás e do carvão. Ao transitar oficialmente , continuou areceber um pagamento anual de 284 mil dólares atribuído pela sua anterior empresa de lóbi, a National Environmental Strategies (que representa a National Mining Association, a Energy Corporations of América e a Dominion Resources). Convenhamos que este homem se tem esforçado por merecer os honorários que lhe chegam por debaixo da mesa: contribuiu para enfraquecer a “Clean Water Act” (Lei da Água Limpa) e, bem vistas as coisas, todas as leis de protecção ambiental; conseguiu que fossem baixados os limites de emissões poluentes das fábricas; apoiou a exploração mineira na parte superior das montanhas e atribuiu numerosas conceções de exploração de gás nas emblemáticas Rocky Mountains.

Em meados de 2005, W. Bush anunciou aos seus compatriotas ter compreendido a gravidade para a economia (norte) americana da sua dependência de fontes energéticas situadas no estrangeiro. Pediu ao Congresso que aprovasse um plano (de 2 mil milhões de dólares em 10 anos) destinado ao incremento da exploração de carvão. Como se isso fosse pouco, quer retomar o programa nuclear qu foi suspenso na década de 70 devido ao acidente de Three Mile Island. Sinceramente, este filho-da-puta no poder foi o que pior aconteceu à humanidade desde Hitler e Staline!

À semelhança de gale Norton, Griles tinha ocupado um cargo menor no governo de Reagan, como servo de luxo das indústrias.

O Chefe dos Funcionários da Casa Branca, Andrew Card Jr., pertenceu à General Motors e foi CEO da American Automobile Manufacturers Association (antes de se extinguir, este grupo de pressão/lóbi opôs-se ferozmente às medidas de controlo das emissões dos automóveis, atribuindo-lhes grandemente as responsabilidades pela perda de competitividade com a ind´sutria automóvel japonesa.


Karl Rove, o agraciado estratega-conselheiro de Bush, quando entrou para o governo detinha acções no valor de centenas de milhares de dólares nas empresas BP Amoco, Royal Dutch Shell e Enron. (Esta última, dentro das empresas relacionadas com o petróleo e o gás, foi a que mais contribuiu para a campanha que elegeu Bush em 1999-2000, com um valor de 2,3 milhões de dólares. Mais tarde, abusando dos favorecimentos do governo, osou o seu poder para, através de manipulações de mercado, provocar graves cortes nergéticos na Califórnia)


Subsecretária para os Assuntos Económicos, Kathleen Cooper, ocupou um cargo executivo (como economista) na Exxon-Mobil.


Apurou-se ainda que a maioria dos cem oficiais/militares norte-americanos mais graduados afectos à Administração W.Bush têm obtido rendimentos superiores aos dos seus vencimentos do exército estando vinculados às indústrias
energéticas e extractivas tradicionais.

O grande patrão da indúsrial automóvel dos EUA, Andrew Card, foi também um dos maiores contribuintes tanto para a campanha eleitoral de George Bush como de Bill Clinton (o presidente que, após 25 anos de progressivo incremento das medidas de controlo de emissões do parque automóvel, prescindiu de exigir automóveis menos poluentes e energeticamente mais eficientes, além de ter começado a boicotar o Protocolo de Quioto).

Condoleezza Rice
pertenceu, durante uma década, aos quadros administrativos da Chevron Corporation (que actualmente se chama Chevron Texaco). E tem servido(antes e durante o seu mandato governamental) com tanta excelência essa empresa que a Chevron quis homenageá-la baptizando com o seu nome um petroleiro de 136 mil toneladas. O lisonjeio decompôs-se em embaraço para a Casa Branca. Não que a Administração de George W. Bush se moleste/rale em disfarçar as suas fortes ligações à indústria petrolífera, mas a imprensa começava a fazer perguntas inconvenientes que ligavam a Chevron Texaco à violação dos direitos humanos em vários países, com destaque para a
Nigéria. Além do mais, não seria nada agradável se o petroleiro em questão provocasse uma maré negra e os média explorassem o seu nome com insinuaçõesde mau gosto e metáforas rebuscadas. A Chevron foi aconselhada a rebaptizar o petroleiro, que agora ostenta o nome de Altair Voyager.





Vice Presidente Dick Cheney está ligado à Halliburton
Tem dado que falar (mais um escândalo passageiro e inconsequente) o caso do conglomerado Halliburton. Mesmo violando as deliberações das NU, do Congresso dos EUA e das leis da concorrência (num claro processo de
favoritismo e compadrio), a Haliburton conseguiu (sem passar por concurso
público) um contrato multi-bilionário para ajudar a reconstruir o
Iraque e para explorar o
petróleo que pertence por direito ao povo iraquiano. Esta empresa, antes da
tomada de poder da administração de George W. Bush, tinha como chefe
executivo e como chairman o vice-presidente (dos EUA) Dick Cheney. Quando este homem (que, apar de Donald Rumsfeld, é considerado o verdadeiro cérebro malévolo por detrás do patético presidente Bush»»»»»»»») assumiu funções no governo, foi obrigado por lei a vender as suas acções na Halliburton, no valor de 5 milhões de dólares (tal ocorreu em Maio de 2000). Pois é, mas como prémio de "reforma antecipada"
a sua empresa ofereceu-lhe 20 milhões de dólares . Se oficialmente Dick Cheney está desvinculado dessa empresa, então
porque continuou a receber desta um cheque de mais de 200 mil dólares anuais até ao termino de 2005 (que junta ao seu salário pago pelos contribuintes)? Quase que estes interesses pessoais do Sr.
Cheney davam para explicar a invasão do Iraque... Pouco importa que a
Securities and Exchange Commission (dos EUA) esteja a investigar os casos de
subornos e de sobrefacturamento da Halliburton naquele país ocupado e no
Kuwait. Actos semelhantes foram perpetrados na Nigéria pela empresa TSKJ (que é um dos tentáculos do conglomerado Halliburton e até está sedeada no
offshore da Madeira do Sr. Jardim).
A Halliburton está tão confiante dos seus privilégios comerciais com o
governo que tem o desplante de cobrar quase o dobro pela gasolina importada do que a concorrência e, mesmo assim, não perde os contratos chorudos.
A associação do nome Cheney à Halliburton tem um longo e sórdido historial.
Essa empresa , através de múltiplas subsidiárias, nunca deixou de fazer
negócios com Saddam Hussein, mesmo estando o Iraque sob embargo. Quando as N.U., por razões humanitárias, concordaram em permitir o comércio com aquele país, estabelecendo o programa "petróleo-por-alimentos", logo se tornou
claro que o ditador iraquiano estava a desviar (estima-se que até 10%) esses
fundos para a sua fortuna pessoal, não se coibindo de ostentar riqueza e de
adquirir mais armas, sem que o governo dos EUA fizesse o suficiente para o impedir.
Mais, há fortes suspeitas que algumas empresas norte-americanas lucraram
imenso a vender esses artigos (os luxuosos e os mortíferos) a Saddam.
Dos muitos produtos que o conglomerado Halliburton negoceia, o petróleo é o
mais apetecido, e por ele cometem qualquer acto ilícito. A partir do offshore/ paraíso fiscal das Ilhas Caimão, e independentemente/à revelia da política externa (oficial…) do governo dos EUA, a Halliburton tem mantido contratos comerciais com a Líbia, o Irão, a Birmânia (actual Myanmar) e a Coreia do Norte.

A Halliburton está sob escrutínio de várias comissões de inquérito e até enfrenta vários processos judiciais, acusada de repetidamente ter violado o Regulamento Federal para as Aquisições; pelo sobrefacturamento de petróleo do Kuwait (a fraude inclui episódios rocambolescos de auto-tanques vazios que cobravam pelo combustível inexistente e pelas suas missões fantasmas); por refeições aos soldados, no valor de milhões de dólares eu nunca foram servidas; subornos a oficiais nigerianos e violação dos direitos humanos (incluindo o homicídio de civis desarmados) na Nigéria; negócios com o Irão, etc...

Apesar destes escândalos, Bush deu-lhes um Contrato no valor de biliões de
dólares - sem necessitarem de o licitar em concurso público - para a
reconstrução do Iraque, a ser levada a cabo maioritariamente pela empresa
Kellogg Brown & Root , que está sediada na Europa mas pertencente ao
conglomerado Halliburton




Desde que o início do «Plano Colômbia» que a produção e o comércio de drogas mais do que duplicou. A intensificação da produção de narcóticos tem sido proporcional à intensificação das fumigações com desfolhantes, assim como o aumento da produção de petróleo colombiano é proporcional à presença militar estadunidense.

A Colômbia é um país onde 30 (dos 40) milhões dos seus habitantes vive na penúria. A ONG Transparência Internacional considera a Colômbia como o sétimo país mais corrupto do mundo, tanto no que se refere aos organismo públicos como ao sector privado.

Por ouro lado, a Colômbia aparece em terceiro lugar (a seguir a Israel e ao Egipto) na lista dos países mais apoiados militarmente por Washington.
Falta um dado essencial nesta equação: a Colômbia é o 7º maior fornecedor de petróleo dos EUA, e, fora do Médio Oriente, neste aspecto só perde para a Venezuela (país que, apesar de estar com relações conflituosas com o império, continua a fornecer-lhes o precioso combustível.

As empresa yankees (apoiadas pelo exército e pela NAFTA***) controlam essa exploração e arrecadam 75% dos lucros do petróleo colombiano.(O acordo inicial era de 50% para as corporações petrolíferas yankees e outro tanto para o governo de Bogotá, mas este último perdeu força negocial.)

***O Acordo de Livre Comércio das Américas é o culminar de uma política NA que peretende o monopólio do comércio e dos recursos naturais da América Central e do Sul através do estupro de quaisquer inconveniências político-legais de soberania nacional. O Tio Sam sempre disponibilizou os serviços mafiosos do seu exército para garantir às suas corporações o saque e exploração dos seus “vizinhos de baixo”. A OMC vem, assim, consolidar legalmente o que as armas, o FMI e o BM iniciaram.

PB