quinta-feira, dezembro 25, 2008

II cont.)
Folheando as páginas da história humana, e não encontrando aí qualquer referência à passagem de Jesus pela terra, nós, os estudiosos do assunto, convencer-nos-emos de que ele nada mais é do que um mito bíblico.

Pesquisando os Evangelhos na esperança de encontrar algo de positivo, deparamo-nos mais uma vez com o simbolismo e a mitologia. A história que o envolve desde o nascimento até a morte, é a mesma do surgimento de inúmeros deuses solares ou redentores.

E de se notar o cuidado que tiveram os compiladores dos Evangelhos, para não permitir que Jesus praticasse senão o que estava estabelecido pelas profecias do judaísmo.

Assim, a vida de Jesus nada mais é do que as profecias postas em prática. O cristianismo e os Evangelhos são um modo de reavivamento da chamada do judaísmo, ante a destruição do templo de Jerusalém. É uma transformação do judaísmo, de modo a existir dentro dos muros de Roma, de onde posteriormente, ultrapassou os limites, alcançando boa parte do mundo.

O sofrimento que o judaísmo infligiu ao povo pobre, deveria ser o suficiente para que se acabasse definitivamente. Acreditamos que a ambição de Constantino, é que deu lugar ao alastramento do cristianismo, ou melhor dizendo, do judaísmo sob novas roupagens e novo enredo. Não fosse isso, a falta de cumprimento das pretensas promessas de Abraão de Moisés e do próprio Jesus Cristo, já teria feito com que o judaísmo e o cristianismo fossem varridos da memória do homem. De há muito, o homem estaria convencido da falsidade que é a base da religião.

Idealizaram o cristianismo que, baseado no primarismo da maioria, deu novo alento ao judaísmo, criando assim, o capitalismo e a espoliação internacional. O liberalismo que surgiu graças ao monumental trabalho dos enciclopedistas, é que possibilitou ao homem uma nova perspectiva de vida.

A partir do enciclopedismo, os judeus e o judaísmo deixaram de ser perseguidos por algum tempo, e com isto, quase perdeu sua razão de ser.

Ao surgir Hitler e seu irracional nazismo, encontrou quase a totalidade dos judeus alemães integrada de corpo e alma na pátria alemã. O Führer deu então um novo alento ao judaísmo, ao persegui-lo de modo desumano. Graças à perseguição de que foram vítimas os judeus de toda a Europa, durante a guerra de 1940, surgiu a justificativa internacional para que se criasse o Estado de Israel. Talvez o Estado de Israel, revivendo sua velha megalomania racial, invalide em sangue a tendência natural para a socialização do mundo e universalização do conhecimento. A socialização do mundo, acabaria com a irracional e absurda idéia de ser o judeu um bi-pátrida. Nasça onde nascer, não se integra no meio em que nasce e vive. Daí, a perseguição.

Os judeus ricos de todo o mundo, carreiam para Israel todo o seu dinheiro e com ele, a tecnologia e o conhecimento alugado. Graças a isto, poderá embasar ali os seus mísseis e teleguiados, tudo quanto houver de mais avançado na química, física e eletrônica. Assim, terão meios de garantir a manutenção da sócio-economia estruturada no capitalismo. Esta é uma situação realmente grave, a qual poderá tornar-se dramática no porvir. O poder econômico concentrado em poucas mãos, é uma ameaça contra o homem e sua liberdade.

Apesar de o cristianismo liderar o movimento que faz do homem e do seu destino, o centro das preocupações das altas lideranças sociais, a grande maioria dos homens está marginalizada, porque o poder econômico do mundo acumula-se em poucas mãos. E se permanecemos crendo em tudo quanto criaram os judeus de dois milênios atrás, é sinal que não evoluímos o bastante para justificar o decurso de tanto tempo. Se o progresso científico e a tecnologia avançada, não conseguirem libertar-nos dos mitos, estará patente mais uma vez, o estado pueril em que ainda se encontra o desenvolvimento mental do homem. O homem não será de todo livre, enquanto permanecer preso às convenções religiosas, as quais possuem como único fundamento o mito e a lenda.


Se assim falamos, não é que estejamos sendo movidos por um anti-semitismo ou um anti-clericalismo doentio; de modo algum isto é verdadeiro. O que nos motiva tomar em pauta o assunto, é o desejo de ver um crescente número de pessoas, partilhar conosco do conhecimento da verdade.

Temos dito repetidas vezes que tudo aquilo em que se fundamenta o cristanismo, é apenas uma compilação de velhas lendas dos deuses adorados por diversos povos.

Strauss diz que saiu do Velho Testamento, a pretensão de que Jesus encarnar-se-ia em Maria, através do Espírito Santo.

Em números, 24-17, estava previsto que uma estrela guiaria os reis magos.

Cantu lembra que, se juntando os livros do Velho Testamento com os do Novo, teremos 72 livros, o mesmo número de anciãos, teria Moisés escolhido para subir com ele ao Monte Sinai. O Velho Testamento previa que o povo seguiria a Jesus, mesmo sem conhecê-lo. Seriam os peixes retirados da água pelos apóstolos, e os mesmos da pescaria de São Jerônimo. Moisés teria feito da pedra o símbolo da força de Jeová, por isto, Jesus devia dar a Pedro as chaves do céu.

Oséias, 11-1 e Jeremias, 31-15,16, 4, 10, 28, profetizam que o Messias seria chamado por Jeová, do Egito, ligado ao pranto de Raquel pelo assassinato dos filhos. Então arranjaram a terrível matança dos inocentes, a qual consta apenas em dois evangelhos, sendo silenciado o assunto pelos outros dois e pelos relatos enviados a Roma.

Strauss lembra também, que a discussão de Jesus com doutores do templo, assim como a passagem de Ana e Semeão, bem como a circuncisão, estava tudo previsto no Velho Testamento.

Diz ainda que teria ido para Nazaré, apôs o regresso do Egito apenas para que os Evangelhos pudessem atribuir-lhe a alcunha de nazareno. Entretanto, Nazaré não existia, pelo menos naquela época; era uma cidade fantasma, só passando a existir nas páginas dos Evangelhos. Assim Jesus foi nazareno, não por ter nascido em Nazaré, visto que não poderia nascer em dois lugares, como também não poderia nascer em uma cidade que não existia. Ele foi nazareno por ter sido, um comunista essênio. A anunciação e o nascimento de João Batista foram copiados do Talmud.

As tentações de Jesus pelo demônio, no deserto, segundo Emilio Bossi, foram copiadas das Escrituras. Os quarenta dias passados no deserto, são oriundos do cabalismo de Roma, e da crença dos babilônios, os quais atribuíam a esse número força cabalística. Por isso, tal número repete-se várias vezes no decorrer das dissertações bíblicas: o dilúvio descrito na Bíblia, durou quarenta dias; Moisés esteve quarenta anos na corte do Faraó; passou quarenta anos no deserto, e os ninivitas jejuaram quarenta dias.

Ezequiel teria sido conduzido por um espírito de um lugar para outro, através do espaço. Abraão teria sido tentado pelo demônio; os mesmos episódios passaram ao Novo Testamento, tendo Jesus como protagonista. Perguntamos nós: porque tais coisas não mais se repetem? A resposta só pode ser esta: elas jamais aconteceram. Tudo isto não passa de lendas ou sonhos, os quis foram impostos como fatos reais.

O Talmud diz; "Então se abrirão os olhos aos cegos e os ouvidos aos surdos". Jesus teria de dizer: "Então o coxo pulará como o cervo e a língua dos mudos se soltará".

Em Lucas 4-27, Jesus cura Naamã, reproduzindo uma cura efetuada por Eliseu, de um outro leproso. Elias e Eliseu ressuscitaram mortos, por seu lado, Jesus ressuscitaria a Lázaro. Os discípulos de Jesus, não sabendo como curar os endemoniados, recorrem ao Mestre. Passagem semelhante está em Eliseu, cujo servo teria recorrido a ele para curar o filho da sunamita. A multiplicação dos pães e dos peixes, é a repetição de Moisés no deserto, fazendo cair maná e cordonizes. Moisés transformou as águas do rio em sangue e Jesus transforma a água em vinho.

Em Jeremias 7-11 e Isaías 56-7 está escrito que o templo não deve se converter em um covil de ladrões, o que leva os evangelistas a dizerem que Jesus expulsou os mercadores do templo.

A transfiguração de Jesus é a mesma coisa que aconteceu a Moisés, ao subir ao Monte Sinai, quando encontrou com Jeová. Aliás, Moisés havia prometido que viria um profeta semelhante a ele. A traição de Judas, repete o mesmo acontecimento em relação a Crestus.

A prisão de Jesus foi descrita de modo igual no Talmud. A fuga dos apóstolos estava prevista por Isaías. Jesus foi crucificado na Páscoa, representando o cordeiro pascal.

Essas comparações patenteiam a existência do cristianismo, muito antes de Filon. Donde se deduz que Jesus foi inventado de acordo com as Escrituras, sem esquecer de anexar as idéias de Filon ao relato de sua pretensa vida. Fócio demonstrou que os Evangelhos foram copiados de Filon. São Clemente e Orígenes, embora fossem padres da Igreja, orientaram-se por Filon e não pelo bispo de Roma.

Estas citações seriam suficientes para se provar que Jesus jamais existiu. É apenas um produto da mente clerical, a qual o compôs baseada em mitos e lendas.


Como tudo o mais que se refere à existência de Jesus na terra também a sua ascendêcia é objeto de controvérsias.

Segundo Mateus e Lucas, Jesus descendo ao mesmo tempo de David e do Espírito Santo. Entretanto como filho do Espírito Santo, não poderá descender de José, consequentemente deixa de ser descendente de David e o Messias esperado pelos judeus. Assim, Jesus ficará sendo apenas Filho de Deus, ou Deus, visto ser uma das três pessoas da trindade divina.

Em ambos os evangelhos acima citados, há referências quanto a data de nascimento de Jesus, mas tais referências são contraditórias o Jesus descrito por Mateus teria onze anos quando nasceu o de Lucas. Mateus diz que José e Maria fugiram apressadamente de Belém, sem passar por Jerusalém, indo direto para o Egito, após a adoração dos Reis Magos. Herodes iria mandar matar as ciancinhas. Todavia, Lucas diz que o casal estivera em Jerusalém e acrescenta a narração da cena de que participaram Ana e Semeão. De modo que um evangelista desmente o outro. Lucas não alude à matança das criancinhas, nem à fuga para o Egito.

Por outro lado, Marcos e João não se reportam à infância de Jesus, passando a narrar os acontecimentos de sua vida, a partir do seu batismo por João Batista.

Mateus que conta o regresso de Jesus, vindo do Egito e indo para Nazaré, deixa-o no esquecimento, voltando a ocupar-se dele somente depois dos seus trinta anos, quando ele procura João Batista. Diz ainda que João já o conhecia e, por isto, não o queria batizar, por ser um espírito superior ao seu.

Lucas narra a discussão de Jesus com os doutores da lei, aos doze anos de idade. Sendo perguntado pela mãe sobre o que estava ali fazendo, teria respondido que se ocupava com os assuntos do pai.

Emilio Bossi referindo-se a esta passagem, estranha a atividade da mãe. Se o filho nascera milagrosamente, e ela não o ignora, só poderia esperar dele uma seqüência de atos milagrosos. Mesmo a sua presença no templo, entre os doutores, não deveria causar preocupação à sua mãe, visto saber ela que o filho não era uma criança qualquer, e sim, um Deus.

Lucas diz que os samaritanos não deram boa acolhida a Jesus, o que muito irritara a João. Contudo, João, o Evangelista, diz que os samaritanos deram-lhe ótima acolhida e inclusive, chamaram-no de salvador do mundo.

Os evangelistas divergem também, quanto ao relato da instituição da eucaristia. Três deles afirmam que Jesus instituiu-a no dia da Páscoa, enquanto isto, João afirma que foi antes. Enquanto os três descrevem como aconteceu, João silencia.

Na última noite, Jesus estava muito triste, como aliás, permaneceria até a morte. Pondo o rosto em terra, orou durante muito tempo. Segundo os evangelistas, ele estava de tal modo triste e conturbado que teria suado sangue, coisa aliás muito estranha, nunca verificada cientificamente.

Enquanto isto, seus companheiros dormiam despreocupadamente, não se incomodando com os sofrimentos do Mestre. Entretanto João não fala sobre esse estado de alma do Mestre. Pelo contrário, diz que Jesus passara a noite conversando, quando se mostrava entusiasta de sua causa e completamente tranqüilo. Lucas, Mateus e Marcos afirmam que o beijo de Judas, denunciara-o aos que vieram prendê-lo. Todavia, João diz que foi o próprio Jesus quem se dirigiu aos soldados dizendo-lhes tranqüilamente: "Sou eu".

Lucas é o único que fala no episódio da ida de Jesus, de Pilatos para Herodes Antipas. Os outros, caem em contradição quanto à hora do julgamento pelo Conselho dos Sacerdotes em presença do povo. João não fala a respeito do depoimento de Cireneu, nem na beberagem que teriam dado a Jesus. Omite-se ainda quanto á discussão dos dois ladrões, crucificados com Jesus, e quanto á inscrição posta sobre a cruz.

De forma que, seu relato é bastante diferente daquilo que os outros contaram. E as divergências continuam ainda no que concerne ao quebramento das pernas, ao embalsamamento, à natureza do sepulcro e ao tempo exato em que ele esteve enterrado. Quanto ao embalsamamento, por exemplo, há muita coisa que não foi dita. Teriam retirado seu cérebro e intestinos como se procede normalmente nesses casos? Se a resposta for positiva, como explicar o fato de Jesus, após a ressurreição, pedir comida? Como se vê, as verdades bíblicas são além de controvertidas, incompreensíveis.

Lucas diz que Jesus referiu-se aos que sofrem de fome sede, enquanto Mateus, diz que ele se referia aos que têm fome e sede de justiça, aos pobres de espírito. Uns afirmam que Jesus tratara os publicanos com desprezo e ódio, outros dizem que ele se mostrou amigável em relação a eles. Para uns, Jesus teria dito que publicassem as boas obras, para outros que nada dissessem a respeito. Uma hora Jesus aconselha o uso da força física e da resistência, mandando até que comprassem espada; outra, ameaça os que pretendem usar a força

Marcos, Mateus e Lucas dizem que Jesus recomendara o sacrifício. Entretanto, não tomou parte em nenhum deles.

Mateus diz que Jesus afirmou não Ter vindo para abolir a lei nem os profetas, enquanto Lucas diz que ele afirmara que isso já estava no passado, já tivera o seu tempo. Os três afirmam ainda que Jesus apenas pregara na Galiléia, tendo ido raramente a Jerusalém, onde era praticamente desconhecido. Todavia, João diz que ele ia constantemente a Jerusalém, onde realizara os principais atos de sua vida. As coisas ficam de modo, que não se sabe quem disse a verdade, ou, melhor dizendo, não sabemos quem mais mentiu. Ora, se Jesus tivesse realmente praticado os principais atos de sua vida em Jerusalém, seria conhecido suficientemente, e então, não teriam que pagar a Judas 30 dinheiros para entregar o Mestre.

João, que teria sido o precursor do Messias, não se fez cristão, não seguiu a Jesus, pregando apenas o judaismo no aspecto próprio. Entretanto, depois de preso, enviou um mensageiro a Jesus, indagando-lhe: "És tu que hás de vir, ou teremos de esperar um outro?", ao que Jesus teria respondido: "Você é o profeta Elias". Talvez houvesse esquecido que o próprio João, antes já declarara isso mesmo. Contam os Evangelhos, que desde a hora sexta até Jesus exalar o último suspiro, a terra cobriu-se de trevas. Contudo, nenhum escritor do época, comenta tal acontecimento.

Marcos, 25-25, diz que Jesus foi sacrificado às 9 horas. João diz que ao meio dia, ele ainda não havia sido condenado à morte, e acrescenta que a esta hora, Pilatos tê-lo-ia apresentado ao povo
exclamando: "Eis aqui o vosso rei"!

Emilio Bossi assinala detalhadamente todas estas contradições, e as que se deram após a pretensa ressurreição, dizendo que nada do que vem nos Evangelhos, deve ser levado a sério. O sobrenatural é o clima em que se encontra a Bíblia, e esta é apenas o resultado da combinação de crenças e superstições religiosas dos judeus, com as de outros povos com os quais conviveram.
A Igreja serviu-se de farta documentação, conforme já mencionamos anteriormente, com Intenção de provar a existência de Cristo. No entanto, a história ignora-o completamente.

Quanto aos autores profanos que pretensamente teriam escrito a seu respeito, foram nesta parte falsificados. Por outro lado, documentos históricos demonstram sua inexistência. As provas históricas merecem nosso crédito, porque pertencem à categoria dos fatos certos e positivos, e constituem testemunhos concretos e válidos de escritores de determinadas escolas.

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