sábado, março 20, 2010


O que erradamente chamamos de “conservação da natureza”, é, no fundo, a preservação do mundo tal como o conhecemos e, em última instância, a sobrevivência da nossa espécie. Este planeta já sobreviveu a pelo menos 5 vagas de extinção em massa. Actualmente vivemos a sexta, cuja principal originalidade é a de ser causada por uma espécie – nós. A capacidade da vida se adaptar e progredir, gerando novos seres, é assombrosa! No que concerne à biocenose, a partir de um pacote de informações genéticas universais, natureza vai ensaiando um número quase infindável de variações. As criaturas daí resultantes, interagindo entre si e com o meio ambiente, procuram ocupar todos os nichos ecológicos disponíveis. Após a nossa extinção, a natureza irá continuar e recuperar (o que não quer dizer necessariamente que o sentido adotado seja o da máxima complexidade dos seres) – mas com uma composição que poderá ser tão diversa que dificilmente a poderíamos reconhecer, se nos fosse possível espreitar para um futuro longínquo.

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