sábado, junho 27, 2009




O capitalismo tornou-nos tão estúpidos que não reconhecemos o direito à existência a tudo o que falhamos em ordenhar lucros (materiais) a curto prazo.
A maioria das ONG ambientalistas esforça-se por apresentar cálculos matemáticos (mais ou menos mirabolantes) com os quais pretendem quantificar os valores pecuniários de todos os “serviços que a natureza nos presta gratuitamente” (sic). É uma idéia interessante para convencer uma sociedade egoísta, de um individualismo ganancioso, espiritualmente desenraizada, irresponsavelmente rapace. Mas, no fundo, trata-se de um axioma estúpido à medida deste endeusado sistema econômico, com o seu pragmatismo utilitário que tem como cavalo de batalha o industrialismo capitalista. Como se fosse possível ao homem civilizado, com toda a sua tecnologia e símbolos de poder, quantificar a complexa dinâmica dos ecossistemas (que são bem mais do que a mera soma das partes), dissecando-os para os traduzir em dinheiro. Mais ridícula é a idéia de que poderemos substituir parcialmente a natureza, “melhorando-a” às conveniências de uma civilização insustentável.

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