segunda-feira, abril 05, 2010


" Que sorte, para os que detêm o poder, que as pessoas não pensam." - Hitler
" Quão rendosa tem sido para nós esta fábula do Cristo!" - Papa Leão X

A razão contra a superstição
O Antigo Testamento refere-se a bárbaros sanguinários e supersticiosos da Idade do Bronze, a mando de déspotas mentirosos que reinventaram a história do seu povo de acordo com a sua agenda política que, desde então, tem sido extremamente eficiente na manipulação das massas ignorantes e crédulas. E o deus que inventaram é a personagem literária mais monstruosa da história. Porque raios essa mentalidade de merda ainda tem que vigorar?!
Porque está escrita num livro sagrado e a palavra de deus é imutável... Isso impede a sociedade de evoluir na direcção certa, cumprindo os seus melhores desideratos. E também escarnece da ciência, da verdade e da inteligência. Quem mata em nome das entidades metafísicas impostas pelas religiões (sobretudo as abraâmicas) está a ser sincero, pois existem abundantes passagens – algumas delas atribuídas até a Cristo - nos seus livros sagrados que incitam às piores violências sectárias. Ademias, esses fundamentalistas furiosos esperam ser recompensados noutra vida. Alguém já ouviu falar de uma guerra em que os dois lados defendessem correntes irreconciliáveis do ateísmo; ou quantos homens-bomba se tinham rebentado no meio de inocente só para publicitar o ateísmo?...

Tradição, autoridade, revelação e fé são os “quatro cavaleiros do apocalipse” que pretendem atrofiar o desenvolvimento intelectual, boicotar o zietgeist (o espírito da época) e fazer ruir o edifício da razão científica.
A religião é apenas a forma mais organizada e difundida de superstição. Comummente os seus seguidores revelam um oportunismo desonesto e covarde, bem patente em afirmações do género " sou católico não praticante". E isso lá existe?! O que significa é, para além de não quererem ser apontados a dedo e até tornados párias, que se estão a cagar para os ritos, a doutrina e a teologia das religiões que dominam nas suas comunidades, mas, caso descubram ao morrer que existe mesmo “o além anunciado”, pretendem defender-se ludibriando algum “juiz eterno das almas” com o simples mostrar das carteirinhas de sócios... Que religião sobreviveria sem inculcar aos fiéis medos intangíveis? Para que surta o efeito “desejado”, o traumático processo/a lavagem cerebral/ a infecção doutrinária deverá começar em tenra idade.
Citando de memória, Richard Dawkins (o mais conhecido biólogo da actualidade e também um campeão na defesa do ateísmo) disse que mesmo que os ateus fossem todos neuróticos e desesperados potenciais suicidas (falta qualquer fundamento estatístico que o confirme), tal não seria prova de que os mitos e superstições em que se baseiam as religiões se tratem de verdades.
George Bernard Shaw foi extremamente pertinente ao declarar que "o facto de um homem religioso poder ser mais feliz do que um ateu não nos diz mais do que um embriagado parecer mais feliz do que um sóbrio."
Complementarmente, Robert Pirsing disse: "Quando uma pessoa sofre de um delírio, isso chama-se insanidade. Quando muitas pessoas sofrem de um delírio, isso chama-se religião."
E porque deveremos procurar consolo em mentiras?, pergunto eu. (O interessante é que até há religiões que prescindem de tentar iludir a primeva angústia de morte, não sustentando promessas vãs de continuidade das nossas consciências para além do estado de cadáveres.) A religião geralmente veda aos crentes o acesso ao estudo e compreensão de um mundo maravilhoso, muito mais rico e intelectualmente estimulante e realizante por via da ciência – o que pode e deve ser uma atitude profundamente espiritual, geradora de respeito consciente pela vida.
Há quem se aferre ao argumento espúrio de que " sem deus e religião, como poderíamos saber o que é certo? Que luz nos guiaria para sermos bons?"
Isso significa que os ateus são todos “asseclas de Lúcifer”, dedicando-se a praticar o mal?! Já reparam na ironia de que os membros da nossa sociedade que mais gostam de posar como baluartes da moral e doutrina cristã, respeitados pilares da organização política e económica, são os que mais anatematizam e perseguem todos os que abraçam um estilo de vida próximo aos principais ensinamentos atribuídos a Jesus Cristo?
Até parece que os textos sagrados das religiões abraâmicas não estão eivados de incitamentos às maiores atrocidades em nome de deus! (ex.: apedrejar até à morte em praça pública as mulheres suspeitas de adultério; passar a fio de espada todos os que não aceitem Jeová como deus único ou Cristo como seu Rei, etc, etc...)
Procurando cobrir o máximo de culturas e modos de vida possíveis (desde grupos étnicos a classes sociais e partidários de um amplo leque de posturas políticas – incluindo ateus e líderes religiosos), por todo o mundo têm sido feito testes (adaptados às realidades locais – que poderá ir de membros de ábditas sociedades tribais a executivos nas metrópoles) sobre moral e ética. Analisando os respectivos resultados, os investigadores constatam uma similaridade nas respostas dos inquiridos, apontando para um sentido moral inato que a evolução assegurou à nossa espécie. ( A este respeito, verifiquem os trabalhos de Marc Hauser. Para aprofundar os vossos conhecimentos sobre as vantagens evolutivas da ética, consultem os estudos de Robert Buckman, Michael Shermer e Robert Hinde.)
" Sem a religião, teríamos na mesma pessoas boas praticando o bem, assim como pessoas ruins fazendo más acções. Mas para que pessoas boas se sintam obrigadas a perpetrar actos horríveis, precisamos de religião." -............................................
A bíblia é, no mínimo, perigosamente esquizofrénica, pois está cheia de aberrantes e deploráveis contradições estilo Dr. Jekyll and Mr. Hyde, às quais Carl Sagan se referiu como sendo uma "desordem moral de múltiplas personalidades."
Uma vez que nem bíblia, nem o corão, nem o tora e o talmude vêm com um actualizado manual de instruções, é confuso saber o que seguir e o que deixar de lado impunemente. Mas, qualquer pessoa decente e com o mínimo de equilíbrio mental e social, deverá saber orientar-se por uma bússola moral (uma herança tanto genética quanto cultural) que lhe permita escolher o que são comportamentos sociais correctos, distanciando-se do que é inaceitável pelos valores adotados pela maioria das pessoas da comunidade global. (Basicamente não causar aos demais os danos que tememos que nos causem a nós; a consciência do impacto das nossas acções deverá manifestar-se de forma cooperante e solidária, assumindo as responsabilidades com as gerações futuras, para que a sociedade evolua com uma estabilidade satisfatória. Como disse o teólogo Leonardo Boff, " queremos uma justiça social que combine com a justiça ecológica")
Então para quê perder tempo e energias nesse dédalo religioso de dúbia moral; nesse pântano de metáforas e alegorias que se prestam a todo o tipo de interpretações facciosas e manipuladoras?!
A sociedade brasileira é um exemplo imelhorável de como a religião e a televisão deixam a mente entanguida! Sob essas influências nefastas, qualquer cérebro fica mirrado que nem uma ameixa seca!
"Para o povão, a religião é verdade;
Para os sábios, é mentira;
E para os governantes, é útil."
Estas palavras de Séneca, ecoando por uns dois milénios, nunca fizeram tanto sentido
PB

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