terça-feira, abril 03, 2007

Era uma vez um puto burrinho e inculto de meter dó. Assim o confirmam os seus antigos colegas e professores aqui do Ribatejo. Os outros jovens que com ele conviviam asseveram que não tinha jeito para nada, nem cultivava valores sociais dignos desse nome. E adiantam que ele só conseguía passar nos testes com recurso a carradas de cábulas e até costumava ir bêbado para os treinos de andebol.

Bem, o idiota mimado em questão era um principezinho. Cumprindo o seu “destino”, lá foi para a universidade. Claro que no “país dos doutores” qualquer imbecil pode tirar um curso “superior”, bastando para tal ter um mínimo de memória (apenas para papaguear de forma acrítica as informações impingidas), capacidade de bajulação e algum dinheiro. Deste modo, passam a pertencer a uma casta superior, capazes de ocupar qualquer cargo de chefia e com licença para explorar os “intocáveis”. *

* Esta polémica acerca do canudo do José Sócrates é mesmo típica do “país dos doutores”, onde reina a ignorância pedante. Em primeiro lugar, algumas das mentes mais brilhantes do mundo, assim com renomados políticos, enveredaram por caminhos que não incluíam títulos académicos. Depois, mesmo que o nosso Primeiro Ministro tenha tirado uma licenciatura sem irregularidades (o que é duvidoso…), o treino académico que recebeu nada tem que ver com as suas competências no governo. Por último, mesmo que se viesse a provar que José Sócrates obteve um diploma de forma fraudulenta, até parece que seria a primeira vez que ele mente aos portugueses e de formas que nos afectam muito mais, mas que não geram tanta celeuma. Abram os olhos, carago!!!

O curso que escolheu é dos favoritos para os que almejam o poder. Mas, no seu (medíocre) desempenho académico houve algum indício de que poderia ter uma ascensão meteórica na futura carreira profissional? Não, mas tampouco necessitava de se preocupar em mostrar talento e diligência, pois o seu pai era um reizinho da Merdaleja, com alguma habilidade e muita experiência em negociatas, golpadas, caciquismo e conluios políticos. Ainda por cima, usava as mesmas cores heráldicas do governo que, para “variar”, vivia de costas voltadas para as necessidades reais do povo. Assim, o ditador corrupto das “partes baixas” deste “jardim à beira mar plantado” mexeu os cordelinhos junto dos seus aliados político-corporativos (o que inclui alguns membros da maçonaria) a fim de lançar o seu filho na carreira política, quando ainda tinha a tinta do canudo universitário a cheirar a fresco. E começou bem pelo alto, como assessor de um secretário de Estado qualquer.

O nosso príncipe da Merdaleja (segundo se pode apurar na Internet) nem se preocupava em comparecer a entrevistas (para as quais até estava convocado) de emprego para cargos (ex.: gerente de uma Loja do Cidadão) que qualquer um com as suas habilitações lutaria com unhas e dentes para conseguir.

A não ser que faça jus à sua linhagem, revelando-se um sacana corrupto, hábil em jogos de bastidores e nos mais estratégicos conchavos na escalada da hierarquia do poder central , creio que a sua incompetência profissional não tardará a revelar-se um embaraço demasiado grande como para ser sustentado pelas cunhas do pai. Não há problema. Ainda existem muitas empresas públicas com tachos principescos que estão praticamente imunes aos escrutínio público.

Claro que estes escroques estão-se a cagar para as centenas de milhar de desempregados que este país tem. Até lhes dá um jeitão, pois os tubarões corporativos (aos quais os políticos baixam as calças, recebendo em troca muito dinheiro e cargos de elevado poder para chularem os pobres) querem que as pessoas estejam de tal modo desesperadas que aceitem as mais precárias condições de trabalho.

Assim não admira que haja tanto abandono escolar em Portugal. A maioria, por mais que se esforce, se não tiver chunhas fortes, não vingará por mérito próprio.

Meritocracia, os tomates!! Nem sequer vivemos numa democracia, meus amigos!

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