Agora começaram a capturar as onças, colocando-lhes coleiras com dispositivos electrónicos de rastreamento à distância (creio que via satélite). Poderiam – e deveriam – tê-lo feito em qualquer outra região do Pantanal, onde as onças são mais perseguidas, tornando-se animais extremamente sigilosos ao ponto de quase nada se saber sobre eles. Ou então, na ilha de Taiamã, interdita ao turismo.
Creio que o trauma da captura e o desconforto das coleiras é muito pior do que o assédio dos turistas – factor de perturbação mínimo, ao qual a onças demonstram pouco ou nenhum stress. Diariamente as lanchas de turismo se aproximam das onças – não raras vezes em demasia, desrespeitando elementares regras de segurança, devemos admiti-lo. Mas as onças mostram-se tão indiferentes que até adormecem virando as costas para os observadores da natureza. Passam horas nessa indiferença segura. Como reagirão daqui para a frente, pensando que a qualquer momento aqueles estranhos poderão sedá-las, subjuga-las e colocar-lhes coleiras?!... não lhes será difícil vingarem-se nos turistas e até nos pescadores tradicionais...
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