sábado, maio 08, 2010


Que eu saiba (e não pesquisei o suficiente, devo admitir), o Brasil é o único país que tem nome de árvore; uma espécie emuprrada para a beira da extinção devido aos abusos da colonização.
Em 1605 faz a sua estréia na legislação ambiental do Brasil a imposição de quotas de corte de Pau-brasil.
Em 1850, D. Pedro proíbe a exploração florestal em terras “descobertas”.
O parque Nacional da Tijuca (Rio de Janeiro) é a maior mata urbana do mundo. Ao contrário do que muitos pensam, não é uma mata primária, mas sim de reposição/repovoamento. O Brasil ainda era uma colónia portuguesa quando as plantações de café já haviam acabado com a antiga floresta pluvial (Mata Atlântica) que ali existia. Tal desastre ecológico teve como conseqüências imediatas a brutal erosão do solo. Pouco depois afectou gravemente o suprimento de água (proveniente dos morros circundantes) à “cidade maravilhosa” (quando ainda não tinha esse rótulo/epíteto de chamariz turístico). O major Manuel Archer junto com seis escravos foram os responsáveis pela replantação daquelas encostas que hoje a todos encantam.
Muito interessante e inspirador é o caso do geriático casal que atendem pelos nomes de Nóbice e Satica Bulhões. No atoleimado culto da juventude que domina a nossa sociedade, a maioria dos que deles ouve falar, sem saber valorizar o seu trabalho, considerá-los-ão demasiado idosos para empreender uma tarefa tão heróica (do ponto de vista moral mas também pelas exigências físicas inerentes) como a de replantar com espécies autóctones a encosta Leste do Pão de Açucar. Desde 1994 que eles, por altruísmo ecologista e sem sede de notoriedade, já conseguiram colocar na terra e ver crescer mais de 12 mil plântulas que muito acarinham. O projecto tem sido maioritariamente custeando com fundos próprios e doando o seu tempo e esforço.

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