quinta-feira, novembro 25, 2010


Vestida de céu nocturno,
De aljôfares estrelado.
Para abalar as certezas que construí do mundo,
Basta vê-la deitada ao meu lado.

S-----, um maelstrom no Cerrado!
É só o remo de cambará lutando contra a corrente,
Deixando um rasto de turbilhões gémeos,
Girando e se afastando em sentidos contrários.
Sempre se afastam. Sempre. Indetectáveis
À força de Corialis sob o peso da saudade.
Como se aprende o mister dos que permanecem
Agarrados às margens após as cheias?
Lá onde as feridas são lambidas na ausência
Dos desejos que arrancam pedaços
E as pequenas esperanças podem medrar

Quem questionará os sorrisos dos tecelões
Que escolhem viver pendendo sobre o abismo?
- Perscrutando-o, confiaria em si mesmo?...
(...)
Xando

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