sábado, fevereiro 13, 2010



Pensem um pouco e chegarão facilmente à conclusão que, na construção do personagem bíblico – o mais monstruoso de toda a nossa história! -a que chamam Jeová, o excesso de poderes que lhe atribuíram invalidou completamente as qualidades e feitos de que as pessoas decentes gostam de acreditar. Se deus é omnipotente, poderia ter criado o homem sem pecado, sem dor e feliz. Mas não o fez. Se é o criador de todas as coisas, Tb é o criador do mal. Se é omnisciente, saberá, a priori, quem se irá salvar e quais irá destruir. Assim, o “livre arbítrio” não existe, e até acções de homens como Hitler e Stalin se justificam seguindo o plano que deus já tinha escrito para eles. Então, para esse deus filho-da-puta não passamos de marionetes cujo sofrimento o diverte, ajudando-o a suportar a eternidade recostado no caralho do universo...(espero que saibam qual a origem da palavra caralho.) E, claro, esse entretenimento celestial inclui as 30 mil crianças – de pele escura – que, em média, morrem diariamente por não terem o suficiente para comer... Esse número atroz pode ser obscenamente multiplicado no que diz respeito aos problemas de acesso básico a água com um mínimo de qualidade, ante a quase indiferença da comunidade internacional e a total ausência da tal “providência divina”.milhares delas são obrigadas a trabalhar nas condições mais insalubres e extenuantes, muitas vezes produzindo artigos de luxo ostentados pelos jovens dos países industrializados; Os homens continuam a matar-se para reivindicar a superioridade dos seus deuses e religiões; nunca houve tantos escravos como hoje e as suas vidas são menos valorizadas do que em qualquer outra época; longe dos mídia, os povos tribais (considerados “minorias étnicas” mesmo na sua própria terra que os colonialistas ocuparam) continuam a ser vítimas de um etnocídio (ou seja, um genocídio físico e cultural)- mesmo quando as armas de fogo são substituídas por uma ditadura económica - , fundamentalmente por terem sistemas de crenças e tons de pele diferentes do que é dominante na sociedade que a Europa impôs ao mundo. Um longo rosário de desgraças que serei muito fácil culpar alguma entidade metafísica, mas das quais somos os únicos responsáveis.
Mas, claro, deus – o não-argumento que serve para tudo sem explicar nada - tem um plano inescrutável onde isso tudo “faça sentido” no final, quando serão acertadas contas; e o seu filho, que estranhamente é ele mesmo, comandará um exército que fará uma orgia de sangue, eliminado da face da Terra todos os que pensam de modo diferente (conotados como servos de Lúcifer – que também é filho de deus, operando sob autorização deste último...), não o aceitando como um rei despótico.
Se deus é omnipotente e, tendo consciência do mal que nos aflige, não intervém, então é malévolo. Se desajaria travar o mal, mas não tem poderes para tanto, então tampouco nos dá razões para que o adoremos.
Intelectualmente, deus é um conceito de merda; ridículamente infantil (no pior sentido da palavra).

É desconcertante como tantas pessoas decentes alinham nesta doutrina ilógica sem se atreverem a pensar com verdadeira inteligência e independência.
PB

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