quarta-feira, abril 15, 2009
“(...) O que é verdadeiramente pernicioso é a prática de ensinar às crianças que a fé, por si só, é uma virtude. A fé é um mal exactamente porque não justifica e não tolera nenhuma argumentação. Ensinar às crianças que a fé sem questionamentos é uma virtude as predispõe – dados alguns outros ingredientes que não são difíceis de aparecer – a se transformar em armas potencialmente letais para jihads ou cruzadas futuras. Imunizados contra o medo pela promessa do paraíso dos mártires, o fiel autêntico merece um lugar de destaque na história dos armamentos, junto com o arco, o cavalo, o tanque e a bomba de fragmentação. Se as crianças fossem ensinadas a questionar e a pensar sobre as suas crenças impingidas, em vez de ser ensinadas sobre a grande virtude que é a fé sem questionamentos , daria para apostar, com boas chances de ganhar, que não haveria homens-bomba. Os homens-bomba fazem o que fazem porque acreditam mesmo no que lhes ensinaram nas escolas religiosas: que o dever para com Deus supera todas as outras prioridades , e que o martírio a serviço dele será recompensado nos jardins do paraíso. E eles aprendem essa lição não necessariamente com extremistas fanáticos, mas com instrutores religiosos decentes, gentis, normais, que os colocaram em fileiras em suas madraças, baixando e levantando ritmadamente as cabecinhas, enquanto aprendiam cada palavra do livro sagrado, como papagaios malucos. A fé pode ser perigosíssima, e implantá-la deliberadamente no cérebro de uma criança inocente é gravemente errado. “ – Richards Dawkins
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